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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Alexandre Garcia comenta o incêndio da boate Santa Maria/ RS


Edição do dia 28/01/2013
28/01/2013 10h26 - Atualizado em 28/01/2013 10h26

Alexandre Garcia: 'Não aprendemos com as tragédias, por isso repetimos as lágrimas'

O comentarista lembra que houve no mínimo quatro casos com as mesmas causas: superlotação, saída bloqueada, decoração inflamável e pirotecnia.

O grande trabalho intenso dos bombeiros foi para abrir saídas nas paredes, mas o que se pergunta é: porque se permite a existência de lugares como esse em todo o Brasil? Onde as pessoas entram e não têm facilidade para sair. Legislação para evitar acidentes com esse existe, mas isso se repete em toda a parte, aliado à imprevidência. Sempre depois prometem-se providências, porque não houve previdência.
 
Não aprendemos com as tragédias, por isso repetimos as lágrimas. Ultimamente houve no mínimo quatro casos idênticos, isto é, com as mesmas causas: superlotação, saída bloqueada, decoração inflamável e pirotecnia.
 
Rhode Island, Estados Unidos, 100 mortes em 2003; Buenos Aires, em 2004, 194 mortes; 2009, na Tailândia, 66 mortes; na Rússia, com 153 mortes. Nem isso nos alertou, e repetimos tudo.
 
Alvará estava vencido e só havia uma porta de saída. Quer dizer, a boate não poderia estar funcionando. Se havia apenas uma porta de saída e a boate estava funcionando, isso mostra que o alvará que havia sido dado foi obtido sem a inspeção obrigatória.
 
Com material inflamável teria a boate a óbvia brigada de incêndio devidamente treinada? Que cautelas óbvias se tomam quando um show em recinto fechado e inflamável, se usam emissores de fogos? Que compromisso têm os donos de boate pela segurança dos que lhe dão o faturamento?
 
Muita gente me abordou querendo mais leis, mais rigorosas. Talvez precisasse uma só lei, uma revolução cultural, com artigo único: “É obrigatório respeitar as leis no Brasil, e as autoridades estão obrigadas a fazer respeitar as leis”.


http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2013/01/alexandre-garcia-nao-aprendemos-com-tragedias-por-isso-repetimos-lagrimas.html

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