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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

O grito das Filipinas


Onde está a comida?'Aqui não há nada para nós. Não temos casa, dinheiro, documentos", conta, desesperada, Carol Mampas, de 48 anos, com o filho de três anos com febre no colo.

"Por favor, digam às autoridades que nos ajudem. Onde está a comida? Onde está a água? Onde estão os soldados para retirar os corpos?", questiona a mulher, que passou a noite ao lado de milhares de sobreviventes no pequeno aeroporto de Tacoblan com a esperança de embarcar em um 
  voo.



Ajudem-nos, ajudem-nos. Onde está o presidente Aquino? Precisamos de água, estamos com muita sede”


sobrevivente procura pertences entre os destroços



Essas foram as primeiras notícias de que tomei conhecimento hoje logo pela manhã ao despertar.

Um quadro desolador. Não encontro palavras para definir o desespero das pessoas vítimas do super tufão Haiyan que causou grave destruição nas Ilhas Filipinas há 6 dias atrás.

Falta tudo! Agua, energia, alimentos, itens sanitários, abrigos... 
 Enfim, é um novo recomeço, mas sem esperança frente a inseguranças, incertezas  e medo do futuro.

Não consigo pensar, não sei o que fazer. Por enquanto o que posso fazer é sobreviver por hoje, mas não sei o que vai acontecer comigo amanhã” diz uma sobrevivente com o olhar perdido.
Ela está grávida de 8 meses e perdeu onze membros de sua família inclusive sua filhinha de dois anos.

Diante dessa luta desesperada pela sobrevivência, esta busca desesperada por um trago de água, dos atropelos por um pacote de biscoito, do perigo iminente das doenças, da incerteza do amanhã, eu me calo., eu assumo a minha fragilidade, minha pequenez e  minha impotência. 
Abomino as minhas tolas vaidades, minha condição de “criança mimada” e meus “luxos" infindáveis, muitos superfluos...

Estou tão longe , mas a dor de meus irmãos distantes é minha também.
Como ajudá-los?
Honestamente eu considero impossível. A mesma logística que impede o socorro de chegar às regiões periféricas da ilha , também impede de chegar lá o meu socorro...Fico apenas no desejo incontrolável de consolar, ajudar nesse momento difícil em que a desesperança, o medo, a dor ...se faz  tão presente.

Só me resta unir meu coração aos de todos sobreviventes pedindo a Deus por eles. 
Que encontrem na dor o combustível para a vida. 
Que  a vontade de viver e o desejo de superação ultrapasse os dias difíceis. Que não morra a esperança de dias melhores e que a cada dia a ajuda que tem vindo de todos os lados possa minorar tanto sofrimento e mesmo que distante a ressurreição acontecerá.


Acesse vídeos sobre o tufão Haiyan aqui





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7 comentários:

  1. Impressionante isso que vemos por lá! Triste demais! Que consigam ter as mínimas condições e tenham força pra suportar! Tragédia! beijos,chica

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  2. "Abomino as minhas tolas vaidades." --Edite, no texto acima

    Um dia pra gente ser humilde... amanhã outro dia também... um dia de cada vez.
    Paz

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    1. Você poderá ler o link abaixo e verá o que eu quis dizerhttp://kantinhodaedite.blogspot.com.br/2012/06/quando-vida-e-um-luxo.html

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  3. Isso aí Paz, um dia de cada vez . Todos os dias peço: "Que as pessoas que se aproximarem de mim sintam a Tua presença".
    Mas somos vaidosos por natureza. Temos tanto e bem poucas vezes lembramos de agradecer. E vendo tanto sofrimento, tanta incerteza com o futuro lembrei-me que sou tão "rica."...

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  4. Edite,que nossas orações cheguem aos filipinos nesse momento desesperador de suas vidas! Nos unamos em prece! Lindo apêlo em seu texto! bjs,

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  5. Obrigada pelo carinho, Anne. obrigada pela solidariedade. Eu não consigo ficar alheia a essas catástrofes.Escrevendo sobre elas eu me desabafo..

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