Páginas

sábado, 31 de agosto de 2013

Gente que faz. a diferença



Um pouco atrasada no tempo, eu hoje vou relatar aqui uma história apresentada na última 3ª feira, 20 de agosto no programa “Encontro” de Fátima Bernardes.
Considerei importante relatar aqui esse belo gesto de Jorge, porque são atitudes assim que nos inspiram e nos levam a acreditar num amanhã melhor, acreditar que um caminho pode ser reconstruido com simples gestos , que a solidão pode ser sim amenizada, que o abandono pode ser revertido e a alegria voltar a fazer morada nos corações.

    


A história de Jorge


Jorge é mineiro de Ituitaba . É dessas pessoas que trazem no semblante a expressão da simplicidade emoldurada no sorriso alegre e brincalhão.
Carteiro por profissão, Jorge no seu jeito simples , despojado e sensibilidade apurada , percebeu que as correspondências entregues em um asilo da redondeza eram poucas e não supriam necessidades de carinho atenção que certamente muitos daqueles bons velhinhos necessitavam.

Quantos não deviam viver no abandono e solidão, coração entristecido esperando por uma carta que não chegou? pensou ele.

O instinto de "bom samaritano' facilmente emergiu. E Jorge teve uma brilhante ideia para diminuir a solidão daqueles velhinhos esquecidos pelos familiares.

O tempo era escasso. Como visitar com maior frequência aquele asillo?

Impossível realizar tal façanha durante as entregas de correspondência.

Como num passe de mágica, a solução veio. Porque não escrever ele mesmo as cartas que seus amigos esperavam?

Ideia posta em prática, hoje Jorge já perdeu a conta das cartas que escreveu, 
assim como também sabe da alegria e gratidão que brota daqueles corações que hoje já não se sentem tão esquecidos
Jorge é versátil. Onde arruma tanto assunto? Perguntaram-lhe. E todo brincalhão ele até encena algumas de suas peraltices de criança que narra em suas cartas e que fazem seus leitores retornar no tempo , recordando momentos do convívio em família quando ainda eram úteis e produtivos.

A vida é um livro aberto. A vida é o melhor material para quem gosta de escrever.

E assim Jorge também narra fatos da vida cotidiana. Como é voluntário em um hospital onde visita crianças, dali também colhe muito material.

Dos desenhos que leva para as crianças colorir, da conversa que tem com as mães ou acompanhantes das crianças transcreve todas, e juntamente com os desenhos envia-os a seus amigos do asilo.

Segundo a dirigente do asilo, as cartas de Jorge são esperadas com ansiedade , uma confirmação de que  estes são pequenos gestos realmente transformadores, capazes de iluminar e aquecer o coração de quem se julgava esquecido.

"Fui criado assim" diz o carteiro  com  seu jeito simples e cativante.
Este é Jorge, o mineirinho de Ituitaba que multiplica gestos e ações e nos inspira na crença do poder transformador de que nós seres humanos somos capazes desde que não nos nos fechemos em nosso egoismo .

Jorge é gente que faz....

******************************************************************

Pequenas ações transformam vidas, reconstroem caminhos, fortalecem relações, fazem brotar a esperança....








Poderá também gostar de visitar os links abaixo:






segunda-feira, 26 de agosto de 2013

ADMIRANDO O SOL NASCENTE




Hoje pela manhã ao sair para minhas atividades físicas diárias, deparei-me com esse cenário.
 Um sol nascente indeciso  e temeroso  se escondia atrás de nuvens escuras.
 Assim como acontece conosco que a cada amanhecer muitas vezes trazemos conosco emoções diferentes.


O  amanhecer nem sempre nos sorri. Muitas vezes apresenta-se como hoje nublado e cinzento.
 Mas sabemos que  mesmo atrás das nuvens  o sol está lá. e breve voltará a brilhar, trazendo esperança, cores  e alegria.



É bonito vê-lo surgir assim, espalhando seus raios dourados entre as folhagens. Como  tímida e indecisa surge a esperança dentro de nós e aos poucos toma conta de nosso ser.

Vem surgindo assim devagarinho, um alaranjado se espalhando pelo céu,

aos poucos tomando conta das ruas , se espalhando sem medo como o amor se espalha em nossas vidas...



 ... e clareia nossa estrada.


"Acorde! venha ver o sol nascer. A vida está sorrindo prá você! O sonho não acabou...."


Poderá gostar de  :




domingo, 25 de agosto de 2013

A guerra contra os cabelos brancos

Cabelos brancos: assumi-los ou continuar refém das tinturas?

Cabelos brancos! Como eu gostaria de não tê-los, assim como minha mãe que já anciã quase não os tem. Genética? Pode ser, mas infelizmente eu não herdei dela essa qualidade.
E então minha guerra contra esses fios indesejáveis já está me cansando.
Quando aparecem os primeiros fios brancos nossa primeira reação é de arrancá-los, como se assim procedendo eles acabassem por desaparecer totalmente.
Ledo engano, com o tempo eles se multiplicam e não há mais razão para arrancá-los. Não conseguimos vencê-los! O jeito é lançar mão das tinturas, hoje com fórmulas tão modernas que deixam nosso visual “quase” natural.
E vamos nos adaptando a várias nuances de tintura até chegar ao quase loiro, porque branco que é branco nuvem de algodão, não tem disfarce. Se pintar muito escuro fica artificial. Se pintar mais claro, não cobre. Então, existe até aquele jargão que diz que “ na maturidade toda mulher é loira”
Bem , eu não estou loira “ainda” , mas estou sentindo necessidade de mudança.
Não para loiro , é claro, que esse tom não combina comigo. Estou pensando em mudar radical assumindo totalmente meus cabelos brancos.
Mas tem uma torcida organizada que só falta me linchar quando exponho esse meu desejo.
Mulher brasileira é assim: criou-se uma cultura de juventude tão arraigada que quando mencionamos o desejo de mostrar a idade que temos, parece que estamos agredindo a sociedade.
E porque mostrar-se mais jovem do sou? A idade está aí, os sinais do tempo podem não ser tão profundos, mas estão lá. Acho desproposital chegar aos 80 anos com cabelo cor de 20 anos. Ridículo, na minha opinião.

Porque essa cultura machista que preconiza que homem grisalho fica charmoso e arranca suspiros da mulherada? Repararam no novo visual do Gianecchini? E do Otaviano Costa?     
E Richard Gere? E assim tantos outros famosos que ao olhar do público feminino estão a cada dia mais cheios de charme.
Ao contrário, para a sociedade, mulher grisalha assume um ar de relaxada, descuidada e até mal amada., o que não deixa de ser uma meia verdade.
Conforme defende a consultora de moda Glória Kalil, cabelos brancos só caem bem se vierem acompanhados de um bom corte e também com os cuidados necessários. Não basta apenas parar de tingir. Cabelos brancos também exigem cuidados.
Mas o que se quer é deixar de ser escrava das tinturas e a liberdade de poder exibir por aí os cabelos ao natural, sem ser rotulada de “senhorinha” ou “velhinha simpática”

Desde que Meryl Streep, em “O DIABO VESTE PRADA” apareceu na telona desfilando seus cabelos totalmente brancos, nós mulheres ganhamos esse álibi para deixar de lado o disfarce do cabelo branco.

No filme, a personagem de Meryl Streep é chic e poderosa, uma empresária muito bem resolvida. Os cabelos brancos completam o seu perfil de arrogância e prepotência.
O que quero dizer é que não precisamos ser nenhuma Meryl Streep para desfilarmos por aí nossos fios virgens. É uma questão de atitude, de podermos nos sentir mulheres realizadas e plenas cada uma dentro de seu habitat natural. E podermos olhar no espelho e nos gostar do jeito que somos, sem preconceitos e sem nos sentirmos agressoras simplesmente porque nos mostramos sem disfarce .
Eu tinha definido que aos 60 anos tomaria a atitude radical de assumir meus fios brancos sem medos e neuras. Agora já não sei mais se assumirei aos 70 ou aos 80.
Afinal, quando é que a velhice começa?

Quero um dia poder dizer com a certeza de que estou realmente reproduzindo aquilo que aparento:

“Respeite meus cabelos brancos!”






sexta-feira, 23 de agosto de 2013

IPÊ AMARELO, Símbolo de prosperidade, força e resistência

Ipê amarelo! Árvore símbolo nacional.

Contrastando com a paisagem rústica e seca de agosto floresce o ipê amarelo, com suas corolas douradas feito bolas de ouro.



Um espetáculo maravilhoso que merece ser observado com calma e reverência.
Resplandecente à luz do por-do-sol, em meados de agosto , o tesouro do cerrado e agora também de diversos centros urbanos.


 
Quanto mais frio e seco for o inverno, maior será a intensidade da florada do ipê amarelo. As árvores florescem agora para que as sementes produzidas fiquem prontas para germinar assim que começa o período de chuvas. 


majestoso!

mamangava visitando a flor do ipê amarelo em busca de néctar e, ao fazer isso, faz o transporte involuntário de pólen para outras flores. É assim que funciona: a planta oferece néctar e, em troca, a mamangava transporta o pólen.


 "É a natureza trazendo lições de vida. Florescendo no auge da seca, a natureza de certa forma mostra um caminho a cada um de nós. Assim como os ipês vão buscar na profundeza do solo a energia suficiente para florescer majestosamente, busquemos 8também no mais profundo de nosso ser o vigor necessário para superar os períodos de “secas” de nossas vidas e assim podermos também florescer e trazer brilho e alegria que enriquecerão a paisagem da vida".


Poderá gostar de;

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Buscando inspiração na simplicidade



A manhã estava fria, muito fria. O vento gelado que soprava do leste contribuía para aquela sensação de frio muito além do que marcavam os termômetros.
Eu arrependi-me de ter saído de casa naquela manhã. A não ser em caso de extrema necessidade, o aconselhável era ficar recolhida em casa, protegida de frio e do vento gelado.

Mas ela estava lá... como em todos os dias. Faça sol ou faça chuva, frio ou calor, não há um dia em que ao dobrar a esquina pela manhã eu não a aviste.
Apesar de estar muito bem agasalhada neste dia, eu não julguei conveniente que estivesse ali naquele momento absorvendo toda aquela friagem. Talvez fosse prejudicial à sua saúde, creio que já naturalmente fragilizada pela idade.
Varrer a frente da casa não poderia ficar para um hora em que o tempo melhor favorecesse?

Mas quem sou eu , uma pobre e tola criança mimada a questionar essa senhorinha tão bem disposta e de bem com a vida?
Todos os dias eu fico ali ,muitas vezes parada, a observá-la. Trajada com seu avental, vassoura em uma mão e o balde na outra. Devagar, vai varrendo, vai varrendo pacientemente e recolhendo o lixo.. E não se contenta em varrer apenas a sua calçada não. Já a vi atravessar a rua e varrer a calçada do outro lado da rua, onde mora o filho.
Hoje eu a vi empurrando, com dificuldade, um carrinho de mão( carriola) pronta a recolher uns entulhos amontoados na beira de sua calçada.
Observando essa cena todos os dias eu percebo o segredo dessa boa senhorinha. Ela sabe, na sua experiência de anos, que viver é bem mais do que o simples respirar.
Viver é se fazer participante mesmo que nas pequenas coisas. Ela sabe que quanto mais motivada e envolvida estiver com suas pequenas e simples tarefas domésticas, mais sua energia se multiplicará. “Sabe também que o melhor remédio para combater o estresse não nasce da quantidade do esforço, mas da má qualidade dele” ( Fernando Piccinini Jr.).

Vejo nela uma fonte de inspiração. Observando-a eu sinto nascer em mim um desejo de buscar sempre produtividade. Ela me ensina que mesmo nas coisas simples , cada gesto nosso pode estar gerando atitudes positivas.Passa-me a ideia de que é dessas pessoas que enxergam muito além delas mesmas e sabem colocar vida em sua idade.

Se você não tem oportunidade de fazer grandes coisas, faça pequenas coisas de forma grandiosa”


domingo, 18 de agosto de 2013

Pão-de-ló básico

E meu velho e bom caderninho de receita continua sendo de grande ajuda.
 No final desta semana, lembrei-me de uma receita de pão-de-ló dos tempos de escola ainda. 
Pão-de-ló é uma massa básica que aceita qualquer tipo de recheio assim como também serve de base para rocamboles ou bolo de rolo, como alguns chamam. 
 É rápida, prática, fácil e econômica .E  fica fofinha e deliciosa.
Eu sempre tenho um pouco de receio de investir em  receitas de pão-de-ló, porque em algumas vezes já as perdi. Não sei o que acontece, o bolo cresce, depois murcha e fica borrachudo.
 Muitos dizem que pode ser a temperatura do forno. É uma massa delicada. A temperatura do forno precisa estar bem dosada.  Mas hoje, a sorte estava a meu favor, e o bolo ficou assim . Fofinho e bem crescidinho.
Preferi a receita com água fria, porque acho mais fácil  dar certo. Quando uso leite fervendo ou água fervente, então aí é que tudo desanda.

 
O pão de ló é considerado um dos principais doces portugueses, por sua permanência e popularidade. Há referências ao pão-de-ló em textos do século XVI. Pode ser consumido puro ou ainda é a base para rocamboles, alguns pavês e tortas. Use a imaginação...

Encontrei referências sobre a origem e aceitação do pão-de-ló no link abaixo. Se você é tão curiosa quanto eu e quer além de fazer um delicioso bolo,e também  aumentar seus conhecimentos em culinária, é só clicar no link abaixo:


 Pão- de -ló de água fria

Ingredientes
  • 3 xícaras de açúcar refinado União.
  • 3 xícaras de farinha de trigo especial
  • 4 gemas.
  • 4 claras em neve.
  • 1 copo (americano) de água.
  • 1 colher (de sopa) de fermento em pó químico
Modo de preparo
  1. Na batedeira, bater as gemas com a água até dobrar de volume. Colocar o açúcar e tornar a bater bem.
  2. Colocar aos poucos a farinha de trigo e o fermento. Fora da batedeira acrescente as claras em neve e misture levemente.
Coloque a massa em assadeira retangular (27×39 cm) untada com óleo e pulverizada com farinha de trigo por aproximadamente 30 minutos.


Se você quiser, pode incrementar a receita colocando um recheio a seu gosto, assim como também  sua cobertura preferida. 
Eu deixei  meu pão-de-ló bem caseiro mesmo, porque é assim que gostam aqui em casa. 
Mas, use sua criatividade e... bom apetite



poderá gostar de:



sexta-feira, 16 de agosto de 2013

O ESTIGMA DO MÊS DE AGOSTO


Manhã fria de quarta -feira de agosto. Nublada e cinzenta. Nuvens pesadas anunciam chuva.
Bom prá ficar um pouco mais na cama aproveitando o quentinho do cobertor macio... dia de “gazetear” a academia.   Hidroginástica? ??    Hoje, nem pensar!
Mas hoje não posso me dar a esse luxo. Melhor me apressar, caso contrário vou me atrasar. O compromisso é com hora marcada.
Abro a porta e uma brisa gelada bate-me no rosto. Um arrepio percorre todo meu corpo, meu coração bate acelerado no compasso das folhas tocadas pelo vento.
Instintivamente   ajeito o cachecol ao redor do pescoço, trazendo-o até as orelhas. 
Brrr... que frio!
O chuvisqueiro rápido é indício de que vem mais frio por aí!
Enquanto dirijo na estrada pouco movimentada, observo a paisagem de agosto com suas características próprias, monótona e ressecada.
Agosto, mês que prima pela falta de chuva e baixa umidade do ar, é o mês em que as queimadas acontecem com maior frequência. Apesar das leis proibitivas, dos alertas da Defesa civil, as queimadas acontecem na agricultura, época em que o homem do campo faz “a limpa” do terreno.
A visão na orla da estrada é desoladora. Cinzas, resquícios de queimadas. Grande prejuízo para o meio ambiente como também para a saúde da população , pois o ar torna-se bem mais seco e irrespirável, trazendo problemas para o aparelho respiratório.
Cresci ouvindo falar da aura negativa e supersticiosa que cerca o mês de agosto.
Mas hoje, não sei se felizmente ou infelizmente, essa conversa de que “agosto, mês do desgosto,” agosto, mês do azar” ou mês do cachorro louco" estão um pouco esquecidas. As pessoas estão bem mais informadas hoje e tudo ficou na crendice popular.
Felizmente, porque as pessoas passaram a ter consciência de que o mal atraído para si não depende deste ou daquele mês, e sim de suas ações. 
 Crianças também podem ficar mais seguras e confiantes no trato com seus cachorrinhos. Porque, em outros tempos, nós crianças acreditávamos e durante o mês agourento, tínhamos todo cuidado ao nos depararmos com um cão. 
 Depois, hoje , há as vacinas que protegem tanto os cães quanto a população.
Infelizmente, porque nossas crianças já desconhecem tanto de nosso folclore!!!...
Aniversariar no mês de agosto, conheço muitos. E não se pode evitar. São datas alegres e felizes e festejadas como convém ao aniversariante. 
Mas casar no mês de agosto, eu confesso que ainda não tomei conhecimento desse acontecimento. Pode até ser que exista, mas em casos extremos.
Afinal, quem quer arriscar a sair da igreja em meio aquela ventarola indisciplinada, bulindo com os cabelos e vestes das damas?
E depois, pelo sim e pelo não, quem se arrisca a casar no mês do azar? Ou  mês do desgosto?
Melhor esperar pela primavera, que já vem arrebentando por aí...


poderá também gostar de:




quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Família: onde tudo começa...

SEMANA NACIONAL DA FAMÍLIA

No domingo anterior, “dia dos Pais” teve início também a “Semana Nacional da Família”, com o tema”FAMILIA, formadora de valores cristãos”

Nesta semana as paróquias animadas pela Pastoral da Família estão incumbidas de preparar programações envolvendo as famílias , favorecendo a integração familiar e ressaltando os valores e virtudes da mesma.

A igreja acredita na família como instituição transformadora na sociedade. Sabe da importância de famílias bem estruturadas para uma sociedade bem equilibrada. Parte do princípio de que tudo passa pela família. É ela a 1ª escola onde se inicia a educação para o valor da vida, aprende-se as primeiras virtudes e consolidam-se valores.

O futuro da humanidade passa pela família” disse o Papa João Paulo II. “É necessário que as famílias de nosso tempo tomem novamente altura. É necessário que sigam a Cristo”.

O mundo de hoje, com suas exigências advindas da modernidade acaba fazendo com que os pais passem muito tempo fora de casa, ocupados no trabalho. O que resulta em pouco tempo para os filhos. Mas, esta situação pode ser revertida, se esse pouco tempo for aproveitado de forma construtiva. Proporcionar momentos de convívio onde se exercita o amor, o carinho e se valoriza o companheirismo, pode ser uma tentativa.

Pessoas são sempre pessoas. Não importa os avanços tecnológicos, a velocidade das informações. Pessoas são passíveis de aprendizado. Em qualquer época. Em qualquer situação. Os valores são sempre os mesmos. O que muda é a maneira de pensar de cada um.

Estabelecer na família um clima de confiança e honestidade. Saber ouvir, dialogar. Conquistar a confiança, perguntando sempre, sem se impor. Ajudar o filho a construir um espírito crítico ajuda-o a não substituir a orientação dos pais,sabendo discernir mais  mais o que aprende atendendo aos apelos da mídia que também exerce grande influência na educação dos filhos de hoje.

Cultivar a presença de Deus na família ajuda o filho a construir uma linguagem religiosa, que o levará gradativamente ao amadurecimento da fé.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Gratidão



pessoas especiais

Hoje a Li antes de ir embora deixou este bolo pronto. Não é um bolo especial. Uma receita simples e que eu até preferi sem cobertura, porque é assim que gostam aqui em casa: um bolo bem caseiro para o café da manhã ou o lanche da tarde.
Enquanto eu cortava o bolo em pedaços, admirava a maciez dele e o cuidado com que foi feito.

Porque a Li é assim: em tudo que faz coloca o melhor de si. O bolo pode não ter nada de especial, mas a pessoa que o fez , no meu entender é muito especial.
Porquê? você pode perguntar.
O que tem a ver um simples bolo com a tal “pessoa especial?
Acontece que o bolo é apenas um exemplo da dedicação de Li.
Ela vai muito mais além. Posso contar com ela em qualquer situação. E disso já tive prova. Dispensou-me cuidados tais quando em um momento difícil precisei, que fiquei mal acostumada.
Recuperei-me, claro, mas seus cuidados foram fundamentais na minha recuperação.
Ela é desse tipo de pessoa que realmente importa-se com os outros, prá não dizer egoisticamente, comigo.
É diarista aqui em casa já há alguns anos. Gosta do que faz e o mais importante, faz com amor. Em tantos anos de trabalho, sempre está sorridente de bem com a vida. Problemas? Quem não os tem, mas ela  tem uma habilidade enorme em separar vida doméstica da vida profissional.
Quando viajo, posso contar com ela em tudo que possa tornar minhas férias mais tranquilas. Ah, e me liga dizendo que está com saudades e que a casa está muito vazia sem mim.
E quando aviso a data de minha chegada, vocês nem imaginam o carinho com que prepara tudo só prá me receber. Eu brinco com ela que só falta o tapete vermelho e a banda musical ...rsss
A casa está perfumadíssima, minha cama com lençóis limpos e perfumados . O banheiro nos “trinques”, as plantas bem cuidadas... Tudo uma lisura!
Nesta minha última viagem quando cheguei tinha uma mesa preparada com uma deliciosa torta de frango, bolo de laranja que ela sabe que eu gosto e...
Quando abro a geladeira... surpresa!!! um lindo e delicioso pudim também me aguardava para a sobremesa.... Ah, e deixou também preparado uma carne para o almoço do dia seguinte.
Essa Li.. .é inigualável...e insubstituível.
É ou não é uma delícia chegar em casa com todo esse aparato?

Assim são as pessoas especiais. Acreditam ser únicas e tem orgulho em ser quem são. Elas sabem que o amor é o que faz a diferença na vida . E assim se comportam, fazendo a diferença...
Sabem que para chegar à maciez das pétalas da rosa, antes precisam passar pelos espinhos...
Mais do que diarista, ela tornou-se uma grande amiga.
Li, você é realmente especial. Para você toda minha gratidão.



Poderá gostar de:

domingo, 11 de agosto de 2013

Receita para combater o frio: Minestrone

Neste final de semana o frio voltou a incomodar por aqui na região oeste do estado.
 Hoje pela manhã estava tão frio que por melhor agasalhada que estivesse não conseguia me aquecer. 
E  a temperatura continua baixando com o cair da tarde.
 E então, para o jantara sugestão hoje é  um apetitoso e suculento caldo quente.
 Já disse aqui que sou adepta da praticidade na cozinha. Nada de receitas complicadas e que demoram horas para ficar prontas.
E neste inverno então, se você for criativa, é só abrir a geladeira e avaliar o que tem ali para um delicioso SOPÃO. Que tal ir abrindo aquelas vasilhas que lá estão com sobras de alimentos e que provavelmente irão para o lixo?
 Eu não gosto de desperdiçar alimentos. Além do prejuízo no bolso, não consigo jogar alimento fora quando há tanta gente recolhendo sobras de lixões para se alimentar. Prefiro guardá-los. Muitas vezes até congelo . Sempre há alguém com quem se pode partilhar.
Pois então,  pensando assim eu abro a geladeira e lá tenho: sobras de carcaça de frango, que dá um delicioso caldo, alguns pedaços de mandioca cozida, batatinha , cenoura e brócolis além de feijão cozido.
Pronto, já tenho os ingredientes para meu  MINESTRONE.  Só falta o macarrão para completar o prato.

Eu confesso aqui minha ignorância culinária. Eu não sabia que meu sopão básico , que eu conheço desde pequena tinha esse nome estranho.
Foi pesquisando na net que descobri esse nome para o sopão que sempre fiz e que tantos fazem por aí, inclusive esse tradicional sopão que costumam distribuir nas periferias ou para moradores de rua.
Porque o " MINESTRONE" tem essa facilidade de se poder aproveitar sobras de ingredientes além daqueles comprados para a receita. E tem-se a vantagem de de fazê-lo com os legumes da época.

MINESTRONE é uma sopa clássica italiana , porém mesmo na Itália sofre variações nos ingredientes, de região para região.
Dizem que teve sua origem nos lares pobres da Itália, onde era consumida como prato principal por ser substanciosa e barata.  Introduzida em nossa culinária, dependendo dos ingredientes, alguns a chamam de "picadinho de bacana". Isto porque em vez de carcaça, pode-se adicionar filé mignon, cogumelos, ervilhas e etc... Bem , cada um coloca seu ingrediente preferido e que couber no bolso.

 "Minestrone, picadinho de bacana ou sopão", o fato é que é muito substanciosa , vai  aquecer seu estômago e te deixar sem fome .
Eu adaptei o meu sopão, digo "minestrone" aos  ingredientes que  estavam à mão.  Ficou uma delícia e o que é melhor: sem  bagunça na cozinha e tudo num passe de mágica:

Vamos à minha receita:
Ingredientes

¼ xícara (chá) de azeite de oliva
3 carcaças de frango cozidas
Um dente de alho
Um litro de água quente
uma xícara (chá)de cebola picada
Uma xícara (chá) de cenoura cozida e picada

Uma xícara (chá) de brócolis  picado

Uma xícara (chá) de tomate sem pele e sem sementes picado
Uma xícara (chá) de mandioca cozida e picada
Uma xícara (chá) de feijão cozido
Uma xícara de(chá) de macarrão picadinho
Modo de preparo

Aqueça o azeite em uma panela  Junte o dente de alho, o caldo de carne de carcaça  já com sal
 Junte a água quente, a cebola, a cenoura, o brócolis, o milho verde, o tomate, a mandioca.
Misture e deixe ferver por 5 minutos. Por fim, junte o macarrão, acerte o sal se necessário. Ferva mais um pouco até o macarrão ficar "al dente" e acrescente por último o feijão já cozido, (se quiser ) .
 Misture e sirva com pão fresco ou torradas, a seu gosto.. 

Esta é a minha receita improvisada. Improvise também a sua. Use os legumes que tiver à mão, feijão branco ou feijão vermelho, carne bovina ou carne de frango, mandioca ou mandioquinha salsa, macarrão picadinho, gravatinha ou cabelo e anjo.... Use sua criatividade e  aqueça-se neste inverno com esta delícia..

E bom apetite!

Poderá gostar de:






mensagem aos pais

Queridos pais

Neste domingo especial quero prestar-vos uma homenagem.
E nesta homenagem incluo além dos pais biológicos, também todos aqueles que por um ato de amor extremo, tomou sob sua responsabilidade a educação, cuidado e formação de um filho que amorosamente Deus lhe concedeu.

Porque “ser pai” não é apenas cumprir um papel social ou familiar. É assumir a paternidade com Amor e responsabilidade, não se importando se o filho é gerado de si, biologicamente ou gerado em consequência dos percalços da vida.
É estar presente na educação para a vida em todos os sentidos, incluindo a vida cristã.

Preparar um filho para a vida sempre foi tarefa difícil. Nos dias de hoje, com o avanço dos meios de comunicação, a tecnologia em geral, está a cada dia mais difícil desempenhar a tarefa de um verdadeiro pai que educa com autoridade e respeito.

Nunca uma autoridade baseada no autoritarismo. Mas uma autoridade dosada no amor ,carinho e respeito que mostrará os rumos de uma educação para a vida.

Não se esqueçam queridos pais, que “ser pai” é muito mais que ter filhos. É assumir a coragem de educar seus filhos para saberem construir o próprio caminho respaldados não só pelos seus ensinamentos, mas principalmente pelo seu exemplo.

Ser pai é repassar valores que os tornem cidadãos respeitáveis e cientes de sua responsabilidade social e cristã.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Podando as plantas...podando as intempéries da vida

O frio intenso dos dias anteriores deixou algumas plantinhas assim.  Este exemplar de comigo-ninguém- pode  , por ser uma planta muito sensível e estar ao relento, foi uma das mais prejudicadas. Mesmo plantas que estavam ao abrigo do frio, em áreas cobertas, como samambaias e outras folhagens, também
 foram atingidas. Algumas muito sensíveis, não houve possibilidade de recuperação. Queimaram totalmente como se tivessem sido incineradas.






Outras ficaram amareladas e feias, o que provavelmente atrasará sua produtividade.



Diante disso, nada mais sensato do que fazer "uma poda" retirando as folhas  ou galhos prejudicados  para facilitar a sua recuperação.
Não sou uma expert no assunto, mas usando de meus parcos conhecimentos lancei-me a essa delicada tarefa com o objetivo de fortalecê-las na nova brotação.

 Enquanto estava ali envolvida, não pude deixar de fazer uma relação entre plantas e pessoas. De certa maneira , nós seres humanos somos semelhantes às plantas.  Precisamos ser bem cuidadas e também não podemos ficar muito tempo expostos às "intempéries da vida"

Falo aqui das "intempéries emocionais" que sem aviso prévio aos poucos vão inundando nossa alma, como um furacão varrendo nossas alegrias e sonhos ou como a geada queimando nossa esperança.
Quando nos damos conta podemos estar vivendo num mar de insegurança , frustrações e ressentimentos. Deixamos a alegria ir embora, passamos a questionar a vida e nossas relações. Muitos tornam-se tristes e amargos, ficam presos a fatos do passado. Estão tão fechados em seus problemas e frustrações que acabam por se tornar incapazes de refletir que muito dessa falta de paz  pode ser consequência de atos ou decisões tomadas sem critério. De nada adianta ficar fomentando esses sentimentos negativos.
 É hora da "poda"
Para isso é preciso olhar bem fundo dentro de nossa alma. E isso muitas vezes é difícil, recusamos a "ver " realmente o que há de errado em nosso coração, em nossas atitudes, nossa maneira de pensar.
 Ficamos ali " endurecidos", amargurando a própria frustração . Como diz um velho ditado popular, "não queremos  dar o braço a torcer".
 A poda desses sentimentos negativos dói, machuca. Mas é preciso abandonar essa velha bagagem, retirar de nossas vidas sentimentos , atos e pensamentos negativos que nos impedem de dar bons frutos.
 Assim a vida se tornará mais leve e mais agradável de se viver.


"Não temas as intempéries da Vida. Deus se utiliza dos ventos contrários para nos conduzir ao porto seguro"

Poderá gostar de :  





quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Republicando..."Bordando a vida"

O texto abaixo foi publicado no ano passado. Hoje ele me veio à mente novamente. É que "vozinha" nesta última semana desfez o "último nó" que a prendia aqui na terra. 
 Em pé diante de seu esquife eu não pude deixar de lembrar desse nosso encontro em que ela me recebeu com uma alegria tão pura e verdadeira. Um largo sorriso no rosto já marcado pelo tempo.  
Nunca me esqueço da maneira como entusiasmada mostrava-me os seus bordados e falava deles com tanto amor e cuidado.O mesmo cuidado que dispensava no trato às amizades  e familiares. Seu mais rico bordado? os netos , os filhos ...os familiares em geral...aos quais sempre procurou "desembaraçar os nós" que  porventura se faziam em seus caminhos.
Adeus, vozinha. Seu corpo já não mais pertence a este mundo. Mas  ficaram boas lembranças,  ensinamentos apenas dignos de um grande livro aberto: seu coração!
A lembrança de sua presença amiga estará sempre no meio de nós! 

 

Homenagem póstuma

a arte de bordar se mistura com a arte de viver


Há algum tempo atrás escrevi um texto que iniciava assim: Sempre admirei a arte do bordado. Minha habilidade nesta arte não é das mais apuradas, mas o suficiente para me perder na magia que envolve todo seu significado” 

Bem, mas o que eu quero dizer é como e porquê este texto me veio à mente ontem após uma visita a uma amiga idosa já com seus 90 anos completos.

Não é de praxe visitá-la. Mas sempre que nos encontrávamos a alegria e receptividade era recíproca. E eu já estava a me indagar o que estaria acontecendo para que ela saísse de circulação por tanto tempo.

Vózinha passa pelo processo normal da limitação pela idade, este agravado nos últimos tempos. Seus passos já estão mais lentos e não obedecem totalmente a seus comandos. O pouco caminhar é para ela um esforço acima de suas forças.

Mas seu sorriso, sua alegria e otimismo e sua mente ainda lúcida não tem limites.

Olhar embaçado? Nem pensar...esse passa longe. O olhar da vózinha revela alegria de viver e tem um “brilho especial”.

Passa os dias envolvida com seus bordados , os quais faz faz com muito carinho e dedicação.

O entusiasmo com que mostrou-me algumas peças tão perfeitas, dignas da melhor confecção revelaram -me uma exímia e caprichosa bordadeira. Pontos minuciosos, executados com paciência e muito cuidado para não se desviar do complicado gráfico tracejado. Os bordados da vovó são verdadeiras preciosidades.

Ao falar-me da família, mostrar-me orgulhosa a foto dos netos, contar da surpresa no último aniversário, foi então que me veio a analogia:

Enquanto borda o tecido, vózinha também borda a vida” O mesmo carinho, o mesmo cuidado no ponto a ponto, vózinha tem também com as relações afetivas familiares.

Bordado perfeito? Sim! Mas quantas vezes ela não teve que parar, observar o gráfico, desembaraçar nós pacientemente, e até ver marcas deixadas pelo constante desmanchar. Assim como as dificuldades na vida deixam marcas. Mas o importante é recomeçar sempre. Rever o caminho .

Pode-se dizer que a arte de bordar imita a arte de viver. Bordar o tecido é bordar dentro de nós”, diz Fábio de Melo em seu livro “Mulheres de aço e de ferro”.No entrelaçamento dos fios e linhas os entrelaçamentos próprios da vida cotidiana”

Enquanto borda ela afugenta a solidão, trabalha seus medos, sua ansiedades , supera dificuldades.

E assim, segue ponto a ponto. Como na vida. Passo a passo. Desfazendo nós, retornando no caminho. Desfazendo erros.

Marcas podem ficar. Mas o importante é o valor que se dá a cada ponto. Ou a cada passo.Sempre procurando caminhar com equilíbrio e bom senso.

E assim, em cada ponto dado, em cada emaranhado de linhas, ora seguindo adiante, ora desembaraçando nós, vózinha segue bordando a vida. Bordando e delineando a própria história.