Páginas

sexta-feira, 19 de junho de 2020

Aniversariando : O TEMPO NÃO PARA





O tempo passa , gira  sem parar . Não há como detê-lo . E as unidades somam-se às dezenas . 
Ontem 7.0  ! Hoje já  7.2. 

E os anos vão se somando implacavelmente . As rugas vão surgindo  e deixando suas marcas .O corpo vai se adequando ao novo tempo , nova idade que se impõe . 

 Não há o que lamentar . . "Já fui novo , sim" , diz Ney Matogrosso em sua canção "LEMA" onde retrata tão bem, num gostoso gingado, as certezas que a vida traz . 

"envelhecer certamente com a mente sã
me renovando a cada manhã "

É sempre celebrar a alegria de fazer anos de esperança , mesmo em tempos tão difíceis como os de agora
 .
"É colocar  vida em seus anos e não anos em sua vida" .

 Assim define padre Fábio de Melo referindo-se ao envelhecer com qualidade .
E assim transcorreu meu aniversário  neste tempo de inseguranças e dúvidas marcadas pela presença desse vírus terrível que tem arrebatado tantas vidas, entristecido tantas famílias .

Não celebrei apenas mais um aniversário , mas celebrei a vida ainda tão latente em mim , mas nunca tão ameaçada . 

Neste contexto de pandemia só nos resta a reflexão , o desejo de atravessar essa tempestade  com coragem e responsabilidade exercendo o respeito mútuo e a solidadriedade .

 E para o próximo ano que eu possa estar pujante de vida celebrando com amigos o prazer da vitória , da tempestade acalmada, de mais um desafio vencido .


LEMA
Não vou lamentar
a mudança que o tempo traz, não
o que já ficou para trás
e o tempo a passar sem parar jamais
já fui novo, sim
de novo, não
ser novo pra mim é algo velho
quero crescer
quero viver o que é novo, sim
o que eu quero assim
é ser velho.

Envelhecer
certamente com a mente sã
me renovando
dia a dia, a cada manhã

Tendo prazer
me mantendo com o corpo são
eis o meu lema
meu emblema, eis o meu refrão

Mas não vou dar fim
jamais ao menino em mim
e nem dar de, não mais me maravilhar
diante do mar e do céu da vida
e ser todo ser, e reviver
a cada clamor de amor e sexo
perto de ser um Deus
e certo de ser mortal
de ser animal
e ser homem

Tendo prazer
me mantendo com o corpo são
eis o meu lema
meu emblema, eis o meu refrão

Eis o meu lema
meu emblema, eis minha oração
Eis o meu lema
meu emblema, eis minha oração

domingo, 7 de junho de 2020

CRÔNICA DE JUNHO

pétalas expostas cumprindo sua missão de embelezar , atapetando as calçadas


E junho chegou trazendo muita chuva seguida de frio intenso, prenúncio de inverno.
Desde o dia primeiro que a chuva persiste monótona e fria .
As madrugadas tem sido muito frias , fazendo com que o sair da cama pela manhã seja lento e moroso .

Se já acordávamos perdidos e pensando nas atividades a acrescentar para que o dia não parecesse tão maçante em vista da quarentena pelo covid19, levantar com chuva e frio tornou-se então uma tarefa mais penosa ainda .

Ficar em casa , mas poder tomar sol na varanda , exercitar-se no quintal , correr com o cão dando voltas ao redor da casa passou a fazer parte da rotina de muitos neste período de pandemia .
Mas com esta incansável chuvinha somos forçados a restringir nossas ocupações dentro de casa mesmo .

Uma pequena aragem por entre as pancadas de chuva ,consigo ver daqui de casa a copa de ipês rosados antes tão belos e altaneiros agora com suas flores murchas pendentes como a chorar lágrimas de abandono .

Cinza e triste lá fora . A paisagem parece que não se enquadra ao visualizar o choro dos ipês .

Tudo se torna monótono e nostálgigo . Saudade dos dias mais amenos , do cálido sol batendo nos ombros , da caminhada sentindo a brisa da manhã bater no rosto …

Muitos não estão preparados para os rigores do inverno que já mostra sua cara.
A chuva cai, o frio ora aumenta , ora diminui .

 Mas é por pouco tempo . A chuva cai implacavelmente sem se preocupar com quem não tem abrigo, com quem não tem cobertor … com quem está à sua mercê...

Ela cumpre sua missão . Veio para molhar , trazer alegria na renovação da natureza ou trazer tristeza como quando acontece os alagamentos e desabriga mais pessoas .

A chuva cai sem cessar . O frio aumenta . . .

A metereologia prevê mais chuva e muito mais frio …

Os tapetes floridos nas calçadas contrastam com o tempo cinzento 

os moradores de rua tentam driblar o mau tempo...




quinta-feira, 4 de junho de 2020

AMENIDADES...




E a chuva continua!





Olho para a chuva que não quer parar...


 Como lágrimas abundantes , o céu chora ! Não sei de alegria pelos filhos restaurados ou de dor pelos filhos que estão a se perder !
O fato é que diante dessa chuva intermitente tudo parece melancólico e apático. 

Não nos deixemos envolver pela aparência do tempo . Se temos que restringir nossas atividades ao recinto doméstico , vamos aproveitá-lo de forma produtiva e alegre . 
Aproveite para ler um bom livro , saborear aquele chazinho da tarde ao lado da família , comer aquela pipoquinha ao lado dos pequenos enquanto veem TV juntos .

Aqueles que não podem se dar esse luxo , tenham calma , não lamentem pela chuva . Afinal somos filhos privilegiados . Não vivemos a tragédia das chuvas como tantos outros .
Dirijam-se ao trabalho com cuidado , respeitem os pedestres ! Não saiam por aí afobados e mal educados espalhando "banhos de lama " a quem cruzar seu caminho.

Em tempos de pandemia , proteja-se : o uso da máscara  protege não só você como a todo aquele que estiver no mesmo recinto . . 
Aproveite que pode sair apesar da chuvinha que incomoda e agradeça por ainda contar com esse privilégio.

Chegue molhado , mas chegue com calma e alegria no coração !
Decida ser uma bênção para todos que encontrar hoje !
Bom dia !Bom trabalho !
Com chuva ou sem chuva , seja seu dia abençoado !


E se não saiu para o trabalho, volte logo para casa . Afinal houve uma flexibilidade na quarentena mas isto não significa que se precise ficar passeando pelo comércio .
 Siga as orientações de isolamento previstas pelo serviço de saúde e evite aglomerações . Atenção para o uso de máscara . Ele protege não só você como também aquele que está no mesmo recinto . Depois do alerta da pandemia , a máscara passou a fazer parte de nosso dia . É mais um ítem obrigatório de nosso vestuário .

 Pode combinar com tudo : com sua roupa , seu calçado , sua bolsa , seus cabelos ou seus olhos . Mais sóbria ou mais incrementada . Cada um tem seu gosto pessoal .
 O mais importante é que ela também combine com sua saúde . Por isso nada de máscara no queixo apenas como "enfeite " Ela deve cobrir toddo seu nariz e sua boca .
 Ah , e importantíssimo : não tire a máscara para falar ( absurdos que se ve por aí ).
E lembre-se : a máscara é pessoal e intransferível.
Digo isso porque , por incrível que possa parecer , já presenciei uma sutil troca de máscara em porta de banco .
Saiba que cada um de nós é co-responsável no controle da disseminação do vírus.
 Em casa sempre terá alguém a te esperar confiante que volte "limpo" como saiu sem o perigo do conntágio dentro do prório lar .




E sabe aquele dia nada favorável e que você sai de casa apenas por necessidade ?
Pois bem , apesar da chuva e do frio, além da recomendação aos idosos de permanecer em casa, tem momentos que não da pra fugir daquela "saidinha" rápida .

Bem , a intenção era voltar logo . Mas além do incômodo prá estacionar tive que enfrentar fila na farmácia e aguardar no saguão do banco a minha vez de entrar .
 Com a flexibilização da quarentena , o povo cansado de ficar em casa está feito passarinho solto da gaiola . Mesmo com chuva e frio , muitos arrumaram alguma coisa prá ir fazer na rua . 

Não estão muito preocupados com as recomendações de proteção , o que é lamentável,  pois os números de casos de covid19 só aumentam , bem como o número de mortes .

Num momento de pandemia como o que estamos vivendo , todos somos responsáveis,  mas tem sempre aqueles que se julgam inatingíveis e não pensam na sua co - responsabilidade .

Bem , mas comentários à parte , finalmente pude retornar ao aconchego do meu lar .

A alegria pela tarefa cumprida somou-se à alegria de encontrar me esperando um cafezinho fumegante acompanhdo de um crocante  bolinho de chuva , feito carinhosamente pela minha amiga Li 

Bolinho de chuva faz parte da lembrança da minha infância .  Tardes alegres e barulhentas na cozinha  saboreando os bolinhos de chuva feitos por nossas mães . 
Hoje as avós tentam passar essa tradição para os netos , mas já presenciei relutância em aceitação . Há outras guloseimas que consideram mais apetitosas .

Bolinho de chuva , guloseima que acolhe  e vai muito mais alem de que seus ingredientes   e uma friturinha . O que tem valor é o calor que emana do gesto  , da alegria  da reunião entre pais e irmãos . E lá fora a chuva a cair....

Lembro de minha mãe na cozinha a preparar a receita enquanto conversava com a comadre "botando a conversa em dia " Esses eram outros tempos onde não havia hora marcada para a visita da vizinha ou o parente  que aparecia de surpresa. . E a conversasa  rolava solta nas tardes, fossem elas  de chuva ou de sol .


 Porque "bolinho de chuva " é alegria e acolhimento em qualquer dia e hora.



Então vamos lá aprender a fazer um delicioso bolinho de chuva . Não me lembro de minha mãe  fazer sob orientação de nenhuma receita . Era tudo no "olhometro" mesmo. .
A Net dá muitas receitas de bolinho de chuva frito ou assado . Aqui em casa só fazemos frito . E a receita é mais ou menos como se descreve abaixo . 
 Cuidado no açúcar , senão o bolinho pode enxarcar . 
O óleo também deve estar numa temperatura certa : Se estiver muito quente o bolinho pode ficar cru por dentro e tostado por fora. Se estiver um pouco frio também enxarca a fritura .

E bom apetite !



BOLINHO DE CHUVA



Ingredientes

1 xícara de chá de farinha de trigo;
¼ de xícara de chá de açúcar;
1 colher de chá de fermento químico em pó;
1/3 de xícara de chá de leite
ovo;
 óleo vegetal para fritar 

canela  e açúcar para polvilhar 

Misture os ingredientes e vá fritando às colheradas .

********************************