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quinta-feira, 12 de abril de 2012

No lugar de sedativo, ácido...

 Trocas fatais....

Acordar bem de manhãzinha, meu primeiro gesto é ver o noticiário Isso já se tornou um hábito diário.
Fico ali vendo o desfilar das notícias, que dificilmente muda. Sempre o mesmo clima de insegurança paira no ar. Dificilmente se depara com alguma notícia otimista que leve a um olhar mais esperançoso para o futuro.
E a insegurança antes concentrada nas ruas já se estendeu para escolas e ultimamente também a hospitais.
Não quero aqui denegrir a imagem de profissionais sérios e competentes que fazem o seu trabalho com amor e responsabilidade. Mas, como em todas as áreas, infelizmente, sempre há os bons e os maus profissionais.
Ultimamente uma onda de negligências praticadas por tecnicas em enfermagem,tem se estendido pelo país.
Alguns casos tem chamado a atenção. Não faz muito tempo tivemos o caso da vaselina injetada na veia de uma criança. Depois o caso do leite materno também injetado por engano diretamente na veia de um bebê prematuro. Ambos os casos foram fatais.
E agora na última segunda feira, outro “pequeno descuido” levou a tecnica em enfermagem a praticar novamente um erro com uma criança de 2 anos.
Após uma queda no quintal de casa, o garoto vindo a ter muitas dores de cabeça, foi levado ao hospital São Camilo, Bairro Floresta em Belo Horizonte.
A médica de plantão solicitou uma tomografia com o objetivo de detectar algum tipo de lesão.
A criança teria que tomar um sedativo em preparação para o exame. E foi aí então que o quadro que já inspirava cuidados acabou se agravando. Melhor dizendo, a “troca” de medicamentos feita pela enfeermeira acabou gerando um segundo problema.
A criança acabou tendo que se submeter a uma cirurgia para instalação de uma câmera que mostrasse os danos causados pelo ácido no seu aparelho digestivo. O “ácido para cauterização”, ministrado no lugar do sedativo queimou-llhe todo o tubo digestivo, da boca até o estômago..
O que teria levado a tecnica a praticar tão grave erro? Seria falta de formação? Cansaço? Problemas particulares que levaram a uma distração momentânea? Carga horária excessiva? Displiscência?
Quem errou? O hospital? A enfermeira? Quem ali deixou exposto o ácido?  O fornecedor? A própria farmácia do hospital ?De quem será?
Seja qual for a justificativa ou a culpa, esse fato só vem mais uma vez alertar para o descaso com que a vida humana está sendo tratada nos dias de hoje.
Errar é humano, podem dizer uns. Mas esse é o tipo de erro que não se admite. Com a vida não se brinca.
Uma vida é sempre uma vida, seja em qual estágio se encontre. E deve ser colocada acima de tudo.
Eu confesso que diante de tantas “fatalidades” acontecidas ultimamente acabo de acrescentar mais um tipo de medo incluido naqueles que já possuo: medo de precisar de atendimento hospitalar...


Um comentário:

  1. Fatos inacreditáveis têm acontecido onde menos se espera...

    É complicado demais...

    Fico imaginado a dor desses pais...

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