Num mundo
como o de hoje com tantas facilidades tecnológicas em que tudo é
atualizado em tablets e afins, anotar receitas com capricho em um
caderninho básico parece um tanto ultrapassado.
Eu
mesma já desisti faz tempo de anotar receitas que acabam ficando
desorganizadas em caixinhas à espera interminável de que um dia
sejam usadas. Afinal, hoje só passa aperto prá fazer uma receita
quem não usa o computador. Temos tudo à mão desde o mais trivial
até a receita mais sofisticada. Sem falar nas receitas que a maioria
das embalagens traz. É só recortar aquela que mais lhe agradar e
fazer uso quando lhe aprouver. Enfim, são tantas as opções hoje
para uma boa receita, que nem precisamos nos dar ao trabalho de
anotar. Perdeu a receita da Ana Maria, do Edu ou da Nestlé?
Rapidinho elas estão lá no site com o passo a passo tudo igualzinho
ao que passou na TV.
Ah, e
ainda tem os sites que oferecem o “caderno de receitas”. Você
elege a sua favorita e armazena lá para consultar quando quiser.
Então,
prá que caderninho? A não ser, claro gente muito bem organizada, o
que não é o meu caso. Separam tudo por categoria e ordem alfábetica
e armazenam em fichários ou mesmo cadernos apropriados.
Mas eu
raramente faço uso de toda essa tecnologia. Tenho já o meu arsenal
de receitas eleitas e aprovadas na minha pequena cozinha
experimental. Está tudo lá no meu bom e velho caderninho de
receitas do tempo da vovó. E sabem quem é a vovó? Claro que sou eu.
Meu caderninho surrado de páginas amareladas e engorduradas já
carcomido pelo tempo mostram o quanto ele já foi folheado.
Tenho
paixão pelo meu velho caderninho que data da minha adolescência,
época em que as mulheres eram educadas para serem boas donas de casa
e passar o legado às filhas.
Desde
muito cedo já começávamos a colecionar receitas a começar pelo
ginásio onde tínhamos aula de “Economia Doméstica” e toda
semana cada aluna devia fazer um prato experimental para toda a
classe provar. Um sufoco só, escutar as críticas da professora que
raramente aprovava o quitute.
E assim o
caderninho foi tomando forma. Receitas da escola, de amigas, familiares,
recortes colados e tantas outras preciosidades.
E foi uma
dessas preciosidades que fui buscar hoje neste “jurássico”
caderninho. Tenho visto tantas outras receitas de rocambole, a net
mesmo apresenta centenas. Mas nunca achei uma receita igual a essa
da minha cozinha experimental. Uma receita que já rodou por aí. É
receita de uma amiga de infância.. Fica D+.
ROCAMBOLE
2 xícaras
de açúcar
2 xícaras
de farinha de trigo
4 ovos
8
colheres de sopa de água
1 colher
(sopa) de fermento royal
Primeiramente
as claras devem ser batidas em neve com o pó royal. Deixe à espera.
Bate-se
as gemas até desmanchar. Põe-se a água e bate até espumar.Coloque
o açúcar e a farinha e continue a bater para formar um creme
homogêneo. Acrescente as claras já batidas e mexa cuidadosamente
para incorporar.
Unte a
forma a óleo, forre com papel manteiga também untado e despeje a
massa. Depois de assada retire o papel sobre um guardanapo úmido,
retire as beiradas e recheie a gosto. Enrole com o auxílio do
quardanapo, e cubra como desejar. Ou não cubra....Saboreie!!!
Bom
apetite!!!