Hoje,
dia da criança. Dia de festa e muita alegria . As crianças são
lembradas com doces e presentes. Na escola, a semana inteira foi de
comemorações. Válido? Claro que sim. Da mesma forma que se
comemora dia das mães, dia dos pais e outras datas, nada mais justo
que a criança também tenha seu dia a ser lembrado. Mas tem uma
coisa que me incomoda nestas comemorações.
Não
quero parecer reacionária ou saudosista, fazendo comparações com
“dia das crianças do passado” e “dia das crianças
contemporânea”. Os tempos são outros. As crianças de hoje vivem
uma realidade diferente e tem outras exigências. Mas não se
diferem no quesito formação. Sempre foram e sempre serão nossos
futuros cidadãos, crianças hoje, homens amanhã.
Nelas está a
esperança de um futuro melhor. Parece pesado colocar assim tanta
responsabilidade nas costas de seres tão indefesos. Mas acontece que
a responsabilidade é nossa, os adultos , dos quais depende sua
formação.
Crianças
são seres delicados incompletos psico, emocional e educacionalmente falando. E se não formos nós os adultos a incutirmos nelas valores
em que o “ser” suplante o “ter” , que adultos teremos
futuramente a não ser seres egoístas e individualistas ,
competitivos e nada cooperativos?
A
criança de nossos dias é constantemente bombardeada quer dentro do
lar ou fora dele por mensagens publicitárias que vendem a falsa
ideia de que o indivíduo para ser aceito ou ser feliz é preciso
adquirir esse ou aquele bem.
Vivemos
numa época consumista. Estive no comércio da cidade vizinha na
semana passada em plena segunda -feira pela manhã.
Fiquei perplexa
com a quantidade de mães acompanhadas de seus filhos à procura de
algo que os agradasse como presente para o dia da criança. Pessoas
de classe média baixa, início de semana... Confesso que me deixou
um pouco reflexiva sobre que tipo de cidadãos estamos formando para
o futuro.
E
assim é hoje em nossa sociedade. Todos querem ter. Todos querem se
igualar em questão de possuir.
Além
de brinquedo, criança precisa de olhar, de afeto, de acolhimento..
É
preciso cuidado para não trocar o afeto pelo brinquedo. Que tal,
além da corrida ao shopping programar um passeio lúdico com seu
filho onde ele possa partilhar com a família ou amigos emoções
diferentes que resgatem valores como fraternidade , amizade e
respeito?
Pais,
Escolas, igrejas... reflitam recriem...
Andei
pesquisando em alguns sites e descobri umas ideias geniais que já
estão sendo aplicadas em alguns lugares do país. É só clicar no
link abaixo;
e
aqui, veja o projeto “Comemore o dia da criança de um jeito
diferente”
Também
há um vídeo aqui http://www.youtube.com/watch?v=p6Doowk-fv8
sobre
como a criança participar de uma troca de brinquedos. Trocando o seu
brinquedo, ela pratica o desapego e adquire um outro de outra
criança que também se reeduca contra o consumismo exagerado e
aprende a partilhar.
Qdo eu era criança, não existia esse tal Dia da Criança... nem qdo eu fiquei gente grande isso existia... tinha era o Dia de Cosme e Damião qdo crianças ganhavam balas e doces. Simples assim. Qdo fiquei sabendo dessa nova onda no Brasil, o Dia da Criança, e o exagero de brinquedos que a criança recebe, fiquei espantada! Isso vai de mal a pior... como se não bastasse a infelicidade que a criança pobre sente no Natal, agora tem mais essa infelicidade no tal Dia da Criança.
ResponderExcluirPaz
Isso mesmo Paz. Ja ñ bastasse os exageros "comuns" no Natal, inventaram tb essa data da qual quem mais sai ganhando é o comércio que se aproveita da data para explorar o lado consumista já tão comum nos dias atuais. É como eu disse: o afeto sendo substituido pelo brinquedo. Uma inversão total de valores. Felizmente, pelo q apurei ja existem alguns movimentos empenhados em reverter este quadro. Fk na paz.
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