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domingo, 27 de maio de 2012

Devaneios e... inspiração


Palavras se entrelaçam,contam histórias. Falam da vida... falam de mim...

Manhâ de domingo! O frio característico da época atrasa a saída dos lençóis aconchegantes.
Uma chuveirada revigora...
Em menos de duas horas, a temperatura já mudou. Agasalhada como estou, sinto-me incomodada com o calor dentro da igreja. A mudança abrupta de temperatura surpreendeu muita gente.
Na volta para casa faz-se preciso rapidamente livrar-se dos agasalhos.
Enquanto preparo o almoço me programo para o chá da tarde que combinei na casa de uma amiga.
Fiz até um bolo para tornar nosso encontro mais acolhedor.
Não um bolo de festa que não sou boa nessa arte. Mas um bolo simples, bem fofinho, caseiro. Desses com sabor de amizade, sabor de gente feliz. Sem cobertura e sem recheio. Apenas um bolo para saborear com café ou chá na intimidade do lar.
Começou a esfriar de novo. Nuvens plúmbeas tingem o céu. Trovões ribombam estrondosamente. Hora de se agasalhar novamente. O frio aumenta, começa a chover. Os trovões continuam a ressoar ao longe. Relâmpagos riscam o céu.
A tarde com a amiga foi pro espaço.
Impossível sair. Chove a cântaros.
Computador desligado! Impossibilidade de ver TV. Com tantos relâmpagos assim, melhor desligar aparelhos elétricos para evitar acidentes.
A chuva deve estar causando estragos por aí. Parece que o céu se abriu e despejou toda água acumulada há tempos. Um verdadeiro dilúvio!
Na mesa um caderno, uma caneta...
Sento-me. As ideias vão brotando.
As palavras se entrelaçam, contam histórias. Falam da vida...falam de mim...
Lá fora a chuva continua. Tudo parou. Sinto-me sózinha ... isolada de tudo e de todos...
Apenas o som dos pingos da chuva quebram o silêncio com seu ritmo cadenciado.
Chuva que lava a calçada!
Palavras que deslizam no papel e lavam a alma!

Palavra puxa palavra
uma ideia traz outra ideia
e assim se faz um livro
um governo
ou uma revolução

machado de Assis

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Subindo o morro em Senador Canedo


Esta minha viagem a Goiânia teve um gostinho a mais de aventura.
Na última semana em que estive lá ,combinamos eu, a Malu, a Gisa e a Moema de nos encontrarmos.
Gisa mora em Goiânia mesmo, mas Malu e Moema moram em Senador Canedo,
cidade próxima à Goiânia e que devido à sua altitude possui mirantes deslumbrantes.
O Morro Santo Antônio é uma dessas atrações que fica logo na entrada da cidade e proporciona uma visão fantástica de toda Goiânia e Senador Canedo.
Combinamos então que nos encontraríamos em Canedo , casa da Malu.
Eu estava em débito com a Malu e a Gisa. Afinal, das outras vezes elas que se deslocaram de suas casas para que nos encontrássemos. E a Malu mora tão looonge....
Por ser domingo, havia pouco trânsito, o que proporcionou uma viagem tranquila e pitoresca onde foi possível apreciar a bela paisagem ao redor.
O almoço foi alegre e agradável como se fôssemos todos amigos de longa data. Pode se dizer que foi um encontro bem fraternal, harmonioso e rico também em espiritualidade.
Na verdade nosso conhecimento é um pouco recente. Essa é a terceira vez que me encontro com com essas amigas fabulosas.
Apesar das poucas vezes que nos encontramos e a comunicação seja na maioria das vezes virtual, sinto nelas um carinho especial e uma verdadeira amizade.
Tive o prazer de conhecer além da dona Cidelcina mãe da Malu e Bete sua irmã, também a mãe da Moema , dona Valci.
Seu Valdei, não tem como não agradecer tanta dedicação à esposa e a nós também. Todas as vezes que surge uma amiga da Gisa, lá está ele sempre disposto a facilitar nossos encontros. Da última vez ele a levou de moto até o Parque Vaca Brava, local do nosso encontro. Dessa vez ele foi “nosso motorista”. Seu Valdeí, se não existisse, seria preciso inventá-lo...Um maridão e grande paizão pelo que pude perceber. E sempre a colaborar com nossa amizade de “anjos”.
As meninas Carol e Isadora, filhas de Gisa e sua priminha Gabi estavam ansiosas para subir o morro Santo Antônio até o seu pico onde Fica o Cristo Redentor.
Eu jamais imaginaria que eu conseguisse escalar tão grande altitude. Mas não quis ser desmancha prazer. Resolvi entrar no clima de aventura e aceitei o desafio.
Chegar ao topo foi emocionante. Claro que dei algumas desiquilibradas... Normal, né.. Afinal eu era a mais velha do grupo no meio de todas aquelas “jovens” bem condicionadas fisicamente, e logicamente eu perderia o fôlego muito antes delas (rsss)
Claro que Bete e Malu e Gisa deram-me todo apoio na subida. Algumas paradas prá descansar, hidratar, respirar...Mas eu cheguei lá!
A vista é realmente maravilhosa. Uma pena que a estátua do Cristo esteja um pouco depredada. Muita pixação.
Nada sei sobre a administração da cidade, mas como ponto turístico , penso que deveria ser melhor conservado. Afinal o local além de ser um ponto para escalada de pedestres, motoqueiros e ciclistas, também é um ponto religioso onde em eventos festivos o povo se reúne para celebrações eucarísticas.
Bom, desafio vencido chegou a hora de encarar a descida. Mas, como diz o ditado popular “prá baixo todo santo ajuda”... a descida teve sabor de vitória.

"Amigos são o que são pela leveza da desobrigação do encontro".


Vejam as fotos no post seguinte:

Aventura em Goiânia

Malu, d. Valci, Gisa, eu,d. Cidelcina, Moema
No pico do morro

a chegada
a cidade a meus pés


as três "divas" : Gabi,  Iisadora, Carol

domingo, 20 de maio de 2012

Mensagem

 
Ser feliz não é ter uma vida perfeita.
Mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância.
Usar as perdas para refinar a paciência.
Usar as falhas para esculpir a serenidade.
Usar a dor para lapidar o prazer.
Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.

 
Augusto Cury (O vendedor de sonhos)

sábado, 19 de maio de 2012

Envelhecer é difícil


"Convivendo com a fragilidade de minha mãe eu descubro minha própria fragilidade e reflito sobre a efemeridade da vida"


Frequentemente eu retorno ao tema envelhecer.
Mas, convivendo diariamente com uma mãe idosa eu não consigo simplesmente “assistir” passivamente às dificuldades de seu envelhecimento sem me sensibilizar.
A idade avançada de minha mãe desperta em mim mais compaixão do que eu gostaria. As suas dificuldades me colocam diante de minha própria fragilidade. Tocam-me de forma excessiva.
É olhando para minha mãe que descubro a totalidade do meu ser e reflito sobre a efemeridade da vida.
Quando escrevo sobre o tema envelhecer não quero aqui gerar polêmicas, mas apenas expressar meus sentimentos em relação a essa etapa da vida. Sejam vocês leitores jovens , já idosos ou como eu, já fazendo parte das estatísticas como cidadã a caminho da velhice.
Durante a semana anterior, a experiência que tive com minha mãe hospitalizada me marcou profundamente.
A vivência nos mostra que para uma pessoa já com seus 95 anos e confusão mental já instalada, estar em casa na companhia de familiares flui de maneira bem mais confortável e estimulante.
Mas diante da gravidade do caso, o médico recomendou alguns dias de internação.
Saindo do consultório,minha mãe demonstrou não entender nada do que estava acontecendo. Como uma criança dócil foi levada para para o hospital e em seguida para o quarto sempre com nossa presença confortadora .
A simples mudança de rotina, o ficar confinada naquele quarto estranho como ela mesmo se referia, o movimento da enfermagem entrando e saindo do quarto para os procedimentos hospitalares alteraram sua rotina de sono e colaboraram para acentuar o que chamam de delirium agudo.
Então eu me vi diante de uma pessoa que eu não conhecia.
A agressividade tomou o lugar da docilidade. Conversas sem nexo, teimosia e uma desobediência que beirava à infantilidade. Nada a continha.
Tentei de todas as formas evitar que fosse preciso chegar ao extremo de “contê-la” na cama de forma mais agressiva. Mas infelizmente eu não consegui. Ou melhor, não conseguimos.
Vê-la presa ao leito mais irritada e agressiva ainda e sem entender o porque daquela atitude drástica foi muito triste.
O alívio veio com a alta hospitalar ao final do 5º dia.
Foi comovente vê-la chegar em casa e aos poucos ir reconhecendo seu cantinho, sua cama,seus objetos pessoais, a mobília, o bichano...
Abrir a porta e se deparar com seu mundinho a fez revigorar. A tranquilidade voltou. Seus horários foram retomados e a recuperação está tranquila.
A dimensão do seu lar manifestou-se de uma forma intensa e surpreendente trazendo-lhe segurança e conforto.

 Minhas considerações sobre "envelhecer"

Internação hospitalar deprime qualquer um de nós, independente da idade. Mas, para um idoso as complicações podem ser muito mais graves.
Não quero parecer pessimista , nem dizer que necessariamente todos iremos passar por esse estágio de declínio mental ou físico. Conheço vários exemplos de bom envelhecimento.
Mas digo também que nos tempos de hoje muitos são os artifícios a que se recorre para apagar as marcas do tempo, que nada mais são do que apenas formatações e restaurações superficiais do corpo.
Entretanto plásticas psíquicas ainda não existem. A não ser um cuidado especial em se manter ativo com boas leituras ou outras atividades que estimulem mente e corpo.Sem esquecer que tem também o fator “genética” e tantas outras eventualidades que podem nos afetar a saúde.
Envelhecer não é bom nem tampouco ruim. È simplesmente difícil envelhecer.
Envelhecer é uma consequência natural da vida e é preciso que estejamos preparados para esse momento inevitável. Com o envelhecimento não podemos deixar de pensar nas doenças, solidão, dependência física ou psiquica e em certos casos econômica.
A medicina atual tem se esforçado no sentido de fornecer informações sobre a melhor maneira de envelhecer.
Informações estas que realmente são muito úteis , ajudam a ter uma maior consciência do corpo e da mente, assim como ter uma vida mais ativa com cuidados também com  a alimentaçao que deve ser equilibrada e saudável. Conselhos que eu sugiro sejam realmente obedecidos
Façamos o que estiver a nosso alcançe e só teremos a lucrar. Mas isso não impede que a velhice continue a ser uma incógnita!


sábado, 12 de maio de 2012

Ser mãe

" QUe as mães encontrem em Maria SSma. seu modelo de doação e presença amorosa na vida da família"
  Uma singela homenagem

Ser mãe é guardar um sorriso mesmo quando existe dor
É guardar no coração sempre um pouco de ternura, mesmo quando precisa severamente corrigir
É amar! Sorrir! Chorar! Sofrer!
É doar-se... É perdoar sempre
É olhar o mundo e a família
Sempre acreditando num amanhâ melhor
É ter esperança!Esperança que não morre nunca!
Esperança de que um dia todos em seu lar falem a mesma linguagem do Amor
Esperança de que o filho perdido nas ilusões do mundo
Um dia volte restaurado de seus vícios

Mãe é aquela que espera sempre..
Espera que começa durante a gestação
Espera que continua durante toda a vida
Espera que o filho cresça...que se gradue... que se realize profissionalmente...
Que faça um bom casamento, constitua uma bonita família e lhe dê muitos netos
Que volte seguro da escola, da rua, da balada...
A vida da mãe é uma sucessão de esperas
Será que um dia terá fim tantas esperas?
Pois na velhice já cansada e sozinha, quase sempre a espera continua
É a espera que o filho dela não se esqueça
E que dentre suas obrigações arranje também um tempinho para lhe fazer companhia...
E retribua toda uma vida de completa doação!

Feliz dia das mães!!!

Uma pequena historinha:

Ontem pela manhã, durante minha caminhada, em determinada ponto do meu trajeto cruzei com uma criança.
Vestida toda de azul, bem agasalhada trazia nas costas uma mochila. Aparentava 6 ou 7 anos.
Com certeza estava a caminho da escola.
Ela veio devagar pela calçada e virou a esquina.
Inesperadamente voltou-se e olhou em direção ao portão de sua casa.
Então retrocedeu novamente, abriu um largo e belo sorriso ao ver sua mãe “ainda” encostada no portão e continuou seu caminho.
Tive a impressão de que o sorriso significava tranquilidade e segurança ao certificar-se de que sua mãe o acompanhava mesmo que à distância. A presença da mãe no portão o fez sentir-se fortalecido e protegido.
Sua presença não era física, mas seu olhar e seu coração continuavam voltados para o filho.
Fiquei pensando na preocupação da mãe daquela criança ao se ver longe do filho durante aquele breve mas, para ela longo período escolar.
Com certeza muitas recomendações devem ter sido feitas: vá pela calçada...não pare para conversar com estranhos... vá direitinho...cuidado ao atravessar a rua... preste atenção no que a professora diz... e assim por diante. Todas as recomendações comuns a toda mãe que age verdadeiramente como mãe. Porque uma verdadeira mãe cobra...exige... diz não...
Mãe que é mãe protege, cuida, aconselha, orienta... Mas também cobra, exige, diz não!
Está sempre ao lado do filho, mesmo que em pensamento.
E, com certeza ,apesar das obrigações do lar que a esperam, esta mãe estará atenta ao horário da volta. Certamente estará novamente ao portão à espera que o filho volte são e salvo para seu aconchego.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

doce espera no aeroporto...

"Impressionante como nos dias de hoje as pessoas tornaram-se escravas da tecnologia"

Manhã de uma segunda-feira fria , mas ensolarada. Infelizmente não vou poder curtir esse saudável sol da manhã. Acabo de chegar no aeroporto de Campinas que está um tumulto só. Já entro com espírito viajante preparada para a longa espera que me aguarda.
Em Goiânia não aguardei muito. O aeroporto é menor e o check-in aconteceu de forma consideravelmente rápida.
Durante a hora de espera fui atraída pela livraria local. Já trazia comigo “o monge e o executivo” de James C. Hunter o qual comecei a ler na viagem de ida. Mas livros assim filosóficos são interessantes, mas cansativos. Queria algo mais envolvente, cheio de romantismo, aventura e suspense. Algo que me transportasse e me fizesse esquecer as longas horas de espera .
Foi então que um título chamou minha atençao: “Cruzando o caminho do Sol”, de Corban Addison. Nunca li nada do referido autor, mas a sinopse do livro me atraiu.
Em síntese o autor leva o leitor a viajar por três continentes e culturas variadas. Um enredo envolvente mergulha o leitor no submundo do crime organizado e para dentro dos cantos mais escuros do coração humano.
Pensei comigo: “Com este livro vou realmente “viajar”...
Assim que pus o pé no saguão do aeroporto Viracopos, fui logo procurando um cantinho tranquilo para continuar minha leitura já iniciada durante o breve vôo até aqui. De fato, o livro é interessante e envolvente, mas tranquilidade aqui....impossível.
Parece que todos falam ao mesmo tempo. Há uma certa urgência de comunicação. Várias pessoas falando ao celular ao mesmo tempo faz um barulho que incomoda e desconcentra da leitura.
Alíás, depois que inventaram o celular, tudo ficou urgente. Impressionante como nos dias de hoje as pessoas tornaram-se escravas da tecnologia. Quem não está no celular, está no notebook atualizando seus contatos ou escrevendo. Bem , mas pelo menos esses permanecem em silêncio.
Uma voz feminina no serviço de som alterna com uma voz masculina orientando as pessoas para o portão de embarque. Isto também me desconcentra.
A cada chamada, pessoas se locomovem num vai e vem sem cessar. Fico observando as pessoas e imaginando de onde vêm, para onde vão, o que as espera.
Iriam solucionar um negócio importante? Visitar parentes ou algum amigo? A trabalho ou a passeio?
Por trás de cada semblante, com certeza tem uma história, um motivo importante, triste ou alegre que as levou a planejar a viagem.
As horas vão passando. Minha ansiedade da espera vai se dissipando. Observar as pessoas ao mesmo tempo que escrevo serviu como calmante. Agora a ansiedade é para terminar meu texto antes do embarque.
Assim como observo, sinto-me observada também. Alguns me olham disfarçadamente e com curiosidade. Devem estar pensando: “Que será que ela tanto escreve?
Afinal, enquanto tantos usam seu notebook para escrever, eu estou ali, caneta e papel na mão. E isso não é tão comum nos dias de hoje. Mas eu não consigo escrever sem rascunhar num papel...
Que fazer? Afinal acho que ainda não assimilei totalmente a moderna tecnologia....
-”Ultima chamada para Marília com escala em Bauru” Portão G... avisa o serviço de som.
Essa escala em Bauru não estava no programa, penso eu. Mais uma hora de vôo!!!
Mas enfim, logo estarei em casa...

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Carta a meu neto

"A felicidade está na simplicidade desses pequenos e fugazes momentos"
Lucas,
 

parece que foi ontem que você nasceu...
Tão pequenino e indefeso. Pedindo proteção, aconchego...
Infelizmente não pude estar presente no seu nascimento, como havia planejado.
Sempre há algo na vida que foge ao nosso controle.
Agradeço a Deus por sua vinda, sua vida enriquecendo minha vida.
Sua presença radiante, seu olhar vivaz onde me perco e me aqueço.
Seu sorriso que aquece minhas horas frias e cinzentas e  devolve-me a alegria de viver.
Você está crescendo, querido, forte e saudável.
Em nada lembra aquele frágil bebê ao nascer.
Um ano já se passou. Você já balbucia as primeiras palavras. Ensaia os primeiros passos. Leva pequenos tombos, mas se levanta e prossegue. E é assim também na vida.
Pretendo fazer-me presente em sua vida não só fisicamente, mas também afetivamente.
Conte comigo sempre que precisar, mesmo que a distância nos separe.
E sempre que puder estarei aqui para juntos construirmos mais de perto nossa relação de amor.
Para poder vivenciar a cada dia uma nova descoberta, uma nova conquista. Pequena e simples para nós adultos. Mas para você, meu querido, de suma importância.
O tempo passa rápido, meu bebê. E vale aproveitar cada momento na construção de nosso vínculo afetivo.
Porque amor se constrói. E a cada dia, junto com papai e mamãe vamos tecendo nossa relação futura.
Estar com você todos os dias é o meu desejo. Com você reaprendo a viver. Aprendo que a felicidade está na simplicidade desses pequenos e fugazes momentos
Claro que tem os chorinhos, as trocas de fraldas, as manhas na hora de dormir, os nãos que mesmo contra a vontade somos obrigados a dizer.
Mas tem também muita brincadeira, músicas infantis, muito chamego, abraços , sorrisos e suas contagiantes gargalhadas...
 E tudo é aprendizado meu querido. Estamos educando-o. E queremos que seja um adulto responsável, interiorizado de bons valores.
Às vezes me aflige a pergunta: “Que futuro o espera?
Para você desejo sempre o melhor. E pode contar comigo também, além do papai e da mamãe.
Crescer é difícil mesmo. Mas estaremos sempre aqui para protegê-lo, reerguê-lo se preciso for.
Entrego-te nas mãos de Deus. Ele guiará o fio de seu caminho.
E que os anjos o protejam. Ontem, hoje e sempre.
E que o Senhor o guarde na palma de suas mãos.
Feliz aniversário!!!!
04/05/2012        13h49min

quinta-feira, 3 de maio de 2012

"Um pequeno equívoco"

"Indignar-se apenas não basta"
Mais um caso de erro médico aconteceu durante essa semana. O fato ocorreu na última segunda feira, no hospital Infantil Santa Terezinha, Belém do Pará.
Já imaginaram entrar num hospital para um pequeno procedimento cirúrgico de apenas 15 minutos e ser submetido a uma cirurgia de duas horas?
E ainda houve a troca do local do procedimento: foi aberto o ombro direito quando seria simplesmente a retirada de um pino também no punho direito, colocado há trinta dias.Se o sonho era voltar para casa e retornar às suas atividades normais antes interrompidas por apenas trinta dias, agora a recuperação será mais longa. Os cuidados redobrados. O sonho de voltar aos treinos de futebol vai ter que ser adiado um pouco mais. O “pequeno equívoco” vai exigir muito mais do paciente.
Considero esse fato um erro inadmissível e fruto de descaso com a vida humana. É revoltante, e não apenas triste, como definiu a mãe do adolescente. Revoltante não só para a família, mas a população também se sente atingida e insegura. Não tem como não manifestar indignação num caso assim.
Mas indignar-se apenas não basta. É preciso que se faça algo. Que o sistema de saúde seja revisto sem perda de tempo. Nunca sabemos em que mãos estamos colocando nossas vidas e a de nossos familiares. Isto está gerando insegurança na população.
O ser humano é passível de erros, mas na medicina este tipo de erro não se admite. A alegação médico hospitalar é que havia dois pacientes com o mesmo nome e houve troca dos exames de RX.
Mas, e onde fica a organização do hospital, a etiquetação correta, o respeito ao paciente e a ética médica que sugere uma visita ao quarto do doente antes da cirurgia ou um breve contato antes do procedimento cirúrgico?
Afinal não somos animais em fila à espera do abate...
Não considero essa justificativa aceitável. Afinal são tantas “as “Marias”, as “Joanas”, os Joãos” ou os “Ians”... E então...
E como disse a mãe do menino na reportagem, não existe assistência médica ou financeira suficiente para ressarcir o trauma causado na vítima e na família.
O ocorrido precisa ser apurado e não só responsabilizados, mas punidos os autores.