A viagem
a Goiânia desta vez foi rápida e cansativa.
Na
impossibilidade de conseguir um vôo a bom preço na busca imediata,
o jeito foi mesmo ir de busão.
Viajando
durante o dia , o percurso ainda torna-se mais longo. Muitos assaltos
tem prejudicado o transporte rodoviário noturno, o que nos fez
preferir fazer a viagem durante o dia.
Por um
lado a vantagem de poder observar a paisagem que aos poucos acabou
por se tornar monótona e cansativa. De vez em quando vislumbrava-se
ao longe a copa altíssima de um flamboyant com seu vermelho intenso
contrastando com a paisagem verde azeitona ou ressequida em alguns
trechos do cerrado.
As horas
escoavam lentamente. Muitas paradas, muita monotonia, muito cansaço.
E já que
não posso controlar o tempo que parece “estar de mal comigo”
como diz a canção, o remédio é procurar aproveitá-lo bem ,
envolvendo-me completamente com ele.
Tirei da
bolsa o livro que havia levado: “TEMPO DE ESPERAS” de Pe. Fábio
de Melo.
Já li
vários livros do autor . Gosto de seu estilo em usar metáforas para
interpretar a vida. De dizer como complicamos a vida , quando a felicidade
está nas coisas simples. Aprecio a profundidade de suas reflexões.
São
palvras suas:
“Custa
a gente aprender, mas nem sempre a felicidade está de braços
dados com a alegria. A alegria sobrevive de motivos externos.
Felicidade não. É mais profunda. Não depende das alegrias para que
seja real. É possível ser feliz mesmo quando não estejamos
alegres.”
Eu
confesso que me demorei um pouco debruçada nessas palavras, pois até
então não conseguia separar alegria de felicidade. No meu entender
as duas deveriam estar sempre juntas. Uma dependia da outra.
Ao
conviver com meu neto nestes três dias compreendi então o
significado dessas palavras. Estava feliz por constatar o bom
desenvolvimento daquela criança nos quesitos saúde, inteligência e
psiqué, mesmo sabendo que o momento não era de alegrias. Foi então
que compreendi, como bem disse o autor que “a felicidade
perdura mesmo na ausência de alegrias, motivando a luta”.
Foram três dias que passaram rápido demais. Nada de passeios a
shopings ou parques , nada de encontro com as amigas. Uma visita
estritamente familiar
Assim é o tempo. Não segue o ritmo de nossos desejos. Vai passando,
cumprindo seu ritual . Deixando para trás lembranças, sonhos,
desejos, realizações ou frustrações. Tudo depende da forma que o
empregamos, da semente que lançamos.
Quanto a mim espero ter lançado uma boa semente e mesmo que o
terreno esteja pedregoso eu possa futuramente colher bons frutos .
Edite, você viajou horas para ficar somente 3 dias em Goiânia???
ResponderExcluirMas, pelo menos, teve a companhia deliciosa de seu netinho que deixou-lhe feliz pelo excelente desenvolvimento dele, né?!
pois é Ana, razões pessoais não permitiram que eu ficasse mais.
ResponderExcluirMas curti bastante aquela fofura que está meu netinho. Vou postar umas fotos dele aq. Vc vai ver q tenho razão na minha corujice