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domingo, 25 de março de 2012

O que é ser santo hoje?


Este texto nasceu depois de meu último encontro de catequese., assim também como o tema foi surgindo e crescendo de acordo com as indagações dos catequizandos que se mostraram muito interessados sobre o assunto:

 “Santidade nos dias de hoje”
Discorrendo sobre o dia de São José, (19 de março) após as informações sobre a vida do Santo, pai adotivo de Jesus, patrono dos trabalhadores falamos também sobre o respeito e devoção a ele devidos.
Induzidos a mostrar as virtudes de São José, encontramos:
trabalhador, companheiro, educador, bom pai, aquele que valoriza a família,humilde, caridoso, presente na vida do filho Jesus.
Perguntei então: 
  • Porque São José tinha todas essas virtudes?
  • Porque ele seguia a palavra de Deus, respondeu um
  • Porque ele tinha Deus no coração! Respondeu outra
  • Porque ele era bom...
Podemos imitar São José em suas virtudes?
  • Sim, todas concordaram
Após essa respostas eu pergunto: Então vocês acham que é possível ser santo nos dias de hoje?
  • Uma arriscou e respondeu: Muito difícil...
Houve um momento de hesitação. Tiveram dúvidas. Porque assim como muitos de nós quando pensamos em santidade pensamos sobretudo nos altares e pedestais. Pensamos nos mártires que entregaram em sacrifício suas vidas a Deus, perseguições... Pensamos na vida de pobreza e entrega total a Deus como São Francisco de Assis, Santo Antônio e outros santos da igreja dos quais conhecemos a vida de doação total.
É hora de acordarmos e assumir a santidade proposta pela igreja e pelos evangelhos. É preciso entender que é possível exercer a santidade nos dias de hoje, apesar do mundo conflituoso em que vivemos.
Podemos deixar marcas na vida daqueles que nos rodeiam, nas nossas amizades, na família. Isto é ser santo : é tratar o outro da maneira com que queremos ser tratados , é ser bom e compreensivo dentro da família e comunidade, é querer bem a todos, sem discrinação. É não julgar, acolher também o pecador, o pobre, o indigente. É amar a Deus e ao próximo.
Ser santo é mostrar para os jovens e adolescentes que apesar das facilidades do mundo de hoje , seguir o caminho certo é sempre a melhor opção., pois nós teremos em troca aquilo que escolhemos. O amanhã depende muito de como vivemos hoje.
Já diz a Palavra de Deus que “estreita é a porta que conduz ao Reino de Deus, mas larga é a porta que leva ao caminho da perdição”. Seguir Jesus, portanto, exige renúncia.
Aos poucos as crianças foram concluindo que os santos de “ontém”são aqueles que nos servem de exemplo. São aqueles que viveram imensamente o amor de Deus e que nos serve de referência.
Citando exemplos de pessoas santas nos dias de hoje, lembramos Drª Zida Arns, coordenadora da Pastoral da Criança, falecida recentemente , mas que grande benefício trouxe às crianças e mães com a eficácia do soro caseiro. Uma medida tão simples e de baixo custo que reduziu consideravelmente a mortalidade infantil eno Brasil e no mundo, alem de outras medidas efetivas dentro da Pastoral. 
Falamos também do inesquecível João Paulo II, grande promotor da paz, modelo de santidade. A dedicação de Irmã Dulce, recentemente beatificada.
Concluindo, ficou claro que é perfeitamente possível levar uma vida de santidade hoje. 
Coloque Jesus em todos os momentos de seu dia e o leve a todos os lugares. Santidade não é fuga do mundo, mas transformação da realidade triste em que vivemos
 Quantas pessoas santas, muitas anônimas não vivem hoje neste mundo dando seu exemplo de caridade e vida de amor e doação a Deus e ao próximo.
Vamos seguir o caminho que Deus traçou para nõs, através de sua Palavra. Ele espera que cada um faça o seu melhor.

Jovens, não desperdicem sua juventude. Vivam intensamente sabendo que podem curtir a vida, mas sem serem curtidos por ela. Levem a vida com alegria, mas não deixem a vida vos levar...Tenham certeza  de que vocês podem ser os santos de hoje, os santos de calças jeans, como dizia João Paulo II .

Visto a abrangência do assunto, esse texto também se encontra aqui

quinta-feira, 22 de março de 2012

Sacolas plásticas

Amigas ... Inimigas... Ou mais uma mentira ecológica?


As sacolinhas plásticas estão mesmo sumindo do mercado.
Desde que a notícia se espalhou tem sido motivo de muitos debates e questionamentos.
Afinal, acabar com o uso das famosas e úteis sacolinhas irá mesmo resolver o problema do planeta?
Acontece que o descarte inadequado e abusivo das sacolinhas tem causado serio dano ao meio ambiente devido ao longo período que leva para se decompor.
São derivadas do petróleo, uma substância não renovável e que pode levar séculos para se degradar.. Acabam flutuando nos oceanos, rios e lagos , asfixiam animais, entopem bueiros obstruindo postos de drenagem de chuva, superlotam os aterros dificultando a compactação dos detritos.
Muitos mostram-se resistentes e são contra o abandono a essa prática descartável comum em nossos dias. Sugerem sacolas biodegradáveis e que as mesmas continuem a ser fornecidas pelos supermercados.
Mas o objetivo da campanha é justante fazer o consumidor repensar seus hábitos de consumo e abandonar a cultura do descarte substituindo as sacolinhas plásticas atuais por outras retornáveis e reutilizáveis.
Há o questionamento sobre o preço cobrado pelas sacolas retornáveis, mas cada um é livre para usar a embalagem que mais lhe aprouver e que tiver menor custo, sejam caixas, sacolas de ráfia, tecido , lona, TNT etc.
O fato é que acostumados que estamos com a praticidade das tais sacolinhas, é preciso tempo para substituir esses hábitos arraigados. É muito cômodo sair às compras sem a preocupação de como transportar o produto. As sacolinhas surgem como num passse de mágica.
Muitos acham que aderir à substituição é voltar no tempo. Época em que as mercadorias eram metodicamente embrulhadas e transportadas em caixas de papelão, cestas ou sacolas trazidas de casa.
Não se trata de voltar no tempo. Mas sim de corrigir os prejuizos causados por um erro do passado ao se decidir pelas tais sacolinhas. Na época foi considerado uma maravilhosa descoberta para o comércio pois agilizou a prática do empacotamento e deixou o consumidor mais livre para ir às compras.
Hoje com o auxílio de novas tecnologias, novos estudos e descobertas já se sabe o “rombo “ causado no planeta devido ao uso inadequado desse produto plástico.
Pode ser um “acordar tardio”, mas ainda há tempo. Melhor deixarmos as reclamações de lado , nos conscientizar da necessidade de mudança de hábito e procurar nos adaptar às exigências atuais.
A medida a princípio pode parecer desnecessária, invasiva e desrespeitosa com o consumidor, tendo em vista a quantidade de tantas outras embalagens plásticas que povoam as gôndolas dos supermercados e que são descartadas nos aterros sanitários.
Mas a mudança tem que vir de algum lugar. Vamos mudar nossos hábitos, embora a princípio possa parecer difícil. Esperemos que essa campanha seja o início de muitas outras a favor do planeta para que possamos deixar de herança às futuras gerações um mundo melhor.

"A ideia não é vender sacolas, mas conscientizar a população a usar meios corretos para carregar suas compras".

Ainda a questão das sacolinhas.... E como fica na prática?


O texto acima, mostra o teor da campanha na teoria. Citando
 exemplo de como funciona na prática, narro uma experiência minha.

Estou sempre passando por constrangimentos na hora da compra.
Aqui na minha cidade ainda não foram abolidas as sacolinhas plásticas, o que ocorrerá a partir de abril.
Talvez por isso eu esteja tendo tanta dificuldade em aderir ao novo hábito.
Acontece que sempre que vou à cidade vizinha, onde já vigora a lei, eu nunca me lembro de colocar na bolsa uma sacola reutilizável.
Sei da importância do gesto, mas acostumada com a praticidade antiga, acabo me distraindo e nunca estou preparada para as compras. Depois, também muitas vezes saímos sem intenção de comprar algo. No caminho nos lembramos de alguma necessidade e olha só... podemos ficar impedidas de adquirir algo no momento por ausência de embalagem. Ou se ver forçada a adquirir sacolas oferecidas pelo supermercado e assim acrescentar um gasto a mais na compra.
Isto está sempre acontecendo comigo. Semana passada, saí para ir ao médico. Passando em frente a uma livraria . Entrei apenas para ver se algum exemplar me atraia. Acabei adquirindo tres volumes.
Dirigi-me ao caixa completamente absorta naquilo que havia comprado que não me ocorreu estar desprovida da tal “reutilizável”.
O caixa simplesmente recebeu e colocou os volumes em cima do balcão como se dissesse: “Não tem sacola para carregar? Isso não é da minha conta”
De outra vez, entrei num shopping “tend tudo” e comprei alguns pacotes de balas. Resultado: saí com os pacotes nas mãos.
Pode parecer displicência , mas tenho conversado com outras pessoas que como eu estão encontrando dificuldades em aderir ao novo hábito: “ter sempre na bolsa uma sacola reutilizável para eventuais compras”.
Por outro lado, acho um desrespeito pelo consumidor , o comércio não oferecer nenhuma alternativa num momento embaraçoso deste. Afinal todos sabemos que hábitos arraigados são difíceis de mudar.
São poucas as lojas que nos socorrem oferecendo uma sacola de papel ou TNT.
Nos vários sites de pesquisa que busquei, descobri que a última nota oficial do procon determina que: “os estabelecimentos devem oferecer uma alternativa gratuita para que os consumidores possam finalizar suas compras de forma adequada, devendo essa medida ser adotada pelo tempo necessário à desagregação natural do hábito de consumo”. E mais: não havendo opção gratuita, o supermercado deverá oferecer gratuitamente as sacolas biodegradáveis”.
O consumidor está amparado pela legislação inclusive paraa exigir o oferecimento gratuito das sacolas sejam plásticas ou biodegradaveis.
Sou a favor da iniciativa"vamos tirar o planeta do sufoco”. Mas também sinto na pele a dificuldade em aderir a novos hábitos. Mas temos de começãr de alguma forma. Em alguns lugares o comércio colabora na conscientização oferecendo gratuitamente as reutilizáveis ao consumidor. Uma maneira simpática e respeitosa de abordar o consumidor.
Que bom seria  se todos tivessem a mesma atitude.
 O consumidor precisa ser respeitado. Hábitos adquiridos há pelo menos 3 décadas não mudam assim da noite para o dia.


Vamos ser mais racionais e menos radicais!
adote uma e vamos às compras...


domingo, 18 de março de 2012

Visita às netas!

Netos são como herança...

Hoje eu as visitei... Visita on line, mas muito aguardada.
Desde que se foram das férias ainda não tínhamos nos visto. Apenas falado muito pouco por telefone no dia do embarque.
Estavam felizes com a partida. Ansiosas pela volta à sua casa.
É sempre assim... ansiedade para vir ao Brasil... ansiedade para retornar...
Isso mutas vezes acontece também com os adultos.
Nossa casa é sempre nosso cantinho preferido.
É ali que está nossa intimidade, nossos brinquedos, nossos amigos do dia a dia, nossa escola...
O clima tropical do Brasil ao mesmo tempo que atrai, também faz voltar o desejo de retornar para o clima frio e cheio de nevasca dos países europeus, como é o seu caso.
É assim que acontece com elas. A presença dos avós, tios e primos já não bastava mais. Queriam voltar para seu aconhego... Afinal trinta e poucos dias no Brasil já havia suprido a saudade e a carência afetiva dos familiares. A saudade de casa falou mais alto.
Gabriela quando foi daqui estava prestes a perder o primeiro dentinho de leite.
Já havia decorado o versinho tão comum para essas ocasiões: “andorinha, andorinha leva esse dentinho e traz outro novinho”
Hoje me mostrou orgulhosa a falha na dentição inferior.
Rafaela toda feliz foi correndo buscar o bichinho que ganhou no passeio ao Mac Donald.
No melhor da conversa, deu pane no computador. Fui obrigada a desligar. Que pena!...A conversa foi involuntariamente interrompida... Mas, não faltará ocasião...
Meninas lindas, a vovó as ama e pede a Deus todos os dias que as proteja e que coloque um anjinho em seu caminho para as livrar dos perigos.
Deus as abençoe!


quinta-feira, 15 de março de 2012

Partilhando experiências e ...entusiasmo

"É preciso acreditar em si mesmo, acreditar que com o auxílio divino é possível transformar a realidade. Deixe de lado o negativismo. Deixe de lado o ceticismo  . Abandone a descrença  e seja um entusiasmado com sua vida".
 


Desde o meu primeiro contato com minha turma de Crisma, percebi tratar de pré adolescentes dinãmicos e vivazes
Diferentemente de outras turmas com as quais já trabalhei, estes mostram-se bem participativos e questionadores. Não se intimidam em participar dialogando, interrogando , dando suas opiníões e até contestando certos fatos.
Com certeza, trabalhar com turmas assim, exige um pouco mais do catequista que tem que estar sempre atento e muito bem informado.
Mas, por outro lado isto é positivo. Vem bem ao encontro da proposta da catequese, favorecendo a interatividade e permitindo uma maior facilidade em trazer a Palavra de Deus à vivência do catequizando.
Juntos podemos desenvolver instrumentos onde possamos aprender uns com os outros, onde o catequista apenas conduz o aprendizado. Fica mais fácil sentir a relação entre a realidade e as perspectivas do evangelho.
E assim transcorreu o encontro de ontem, cujo tema era”Dignidade Humana e cidadania”. Muitas perguntas, opiniões diversas, questionamentos, assuntos co relacionados.
Proclamado o texto biblico : “Deus nos coroou de honra e glória. Deu-nos poder sobre as obras de vossas mãos e todo o universo”. Salmo 8: 6e7, a conclusão partiu de uma catequizanda: “Deus nos muitos dons e temos que colocá-los em prática”.
Já havíamos lido e interpretado o conto “ A águia e a galinha”, portanto, os dons referidos eram a capacidade de amar, inteligência, busca por melhores condições de vida, superar dificuldades, etc..
Não podemos ficar acomodados no conforto de nossos quintais. É preciso que alcemos vôo como a águia do conto. Ir em busca de novos horizontes. No mundo de hoje não podemos nos conformar com a simples condição de “galinhas”
E durante a conversa, foram descobrindo entre elas mesmas, pequenas águias já alçando pequenos vôos. Uma delas faz parte do ministério de música, participando da celebração com seu violão. Outras duas são coroinhas, portanto segundo elas sairam da passividade para a participação ativa.
Outras duas nunca participaram da catequese e somente este ano resolveram sair do conforto de seus quintais para conhecer um pouco mais sobre Jesus e seu projeto.
Trazendo para a realidade da comunidade, foi lembrado que o pai da catequizanda que nos recebia também é uma aguia ávida por alturas. Vereador, possui um horário na rádio comunitária local onde denuncia abusos administrativos prestando grande apoio à população de forma geral.
A dona da casa também participou ativamente do encontro e no final lembrou também das “águias catequistas”. Afinal, somos ou não somos àguias, ávidas por levantar vòo e colocar em prática o projeto do Reino de Deus?
Todos nós temos um pouco de águia e um pouco de galinha. Basta descobrir dentro de nós o momento certo de nos manifestarmos de acordo com os fatos e acontecimentos. O que não podemos é ficar eternamente acomodados e temerosos de alcançar as alturas.
O encontro estava tão entusiástico que acabamos saindo um pouco fora do horário. E quando o sr. Antônio, dono da casa, apareceu com um copinho de sorvete para cada uma...ah, a reunião foi-se estendendo. Incomodados que estávamos com aquele calorão, o sorvete só veio acrescentar... Ninguem manifestava o desejo de ir embora.
Eu, particularmente defino o encontro como muito produtivo. E como entusiasmo gera entusiasmo espero que também se entusiasmem comigo …

Leia na postagem  abaixo o conto que motivou esse encontro e reflita sobre a importância das condições águia ou galinha.





A Águia e a Galinha




Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo cativo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de águia. Colocou-o no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas. Embora a águia fosse o rainha de todos os pássaros. Depois de cinco anos, este homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista:
- Esse pássaro aí não é galinha. É uma águia.
- De fato - disse o camponês. É águia. Mas eu a criei como galinha. Ela não é mais uma águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar das asas de quase três metros de extensão.
- Não - retrucou o naturalista. Ela é e será sempre uma águia. Pois tem um coração de águia. Este coração a fará um dia voar às alturas.
- Não, não - insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia.Então decidiram fazer uma prova.
O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse:
- Já que você de fato é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, então abra suas asas e voe!
A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas. O camponês comentou: - Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!
- Não - tornou a insistir o naturalista. Ela é uma águia. E uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã.
No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa. Sussurou-lhe:
- Águia, já que você é uma águia, abra suas asas e voe!
Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando o chão, pulou e foi para junto delas.
O camponês sorriu e voltou à carga:
- Eu lhe havia dito, ela virou galinha!
- Não - respondeu firmemente o naturalista. Ela á águia, possuirá um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma última vez. Amanhã a farei voar.
No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram-na para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha. O sol nascente dourava os picos das montanhas. O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe:
- Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe!A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte. Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou com o típico kau-kau das águias e ergueu-se, soberana, sobre si mesma. E começou a voar, a voar para o alto, a voar cada vez para mais alto. Voou...voou...até confundir-se com o azul do firmamento".

Conto de Frei Leonardo Boff

 
Reflexão
       A idéia dessa história é mostrar que nossa alma é composta de uma dimensão de águia e uma dimensão de galinha que devem ser aceitas e respeitadas por vezes. Medite nestas questões:
  • Em quais situações de sua vida é necessário agir de maneira mais tranqüila, simples, sem expectativas, e ficar contente com isso?
  • Em quais situações você age como uma galinha, mas sabe que tem aí dentro uma águia aprisionada?
  • Quando você vivencia situações de águia, com força, voando alto, fundindo-se com o infinito?
 

domingo, 11 de março de 2012

Venha comigo! Vamos fazer uma caminhada neuróbica


O que é Neuróbica?
Uma extraordinário programa de exercícios para melhorar a capacidade cerebral, baseado nas últimas pesquisas da Neurociência 

"O objetivo da neuróbica é estimular os cinco sentidos por meio de exercícios, fazendo com que você preste mais atenção nas suas ações e então, melhore seu poder de concentração e a sua memória". 
"Não se trata de acrescentar novas atividades à sua rotina, mas de fazer de forma diferente o que é realizado diariamente".
  
 E agora, vamos caminhar....

Podemos começar explorando um novo caminho.A caminhada rotineira de todos os dias torna-se previsível e pouco ou nada exige de seu cérebro. È preciso experimentar o inesperado mobilizando assim a ajuda de vários sentidos.
Numa caminhada ou corrida ao ar livre, visão e audição são os sentidos mais exigidos porque revelam muita coisa ao nosso redor.
Correr ou caminhar numa trilha ou numa estrada apropriada abre a mente para múltiplas experiências sensoriais. Um percurso diferente ativa várias áreas do cérebro para integrar novas paisagens.
Comecemos observando o gorjear dos pássaros que emite em nossos ouvidos uma cantilena barulhenta , mas ao mesmo tempo musical e alegre.
E assim embalados pelo gorjeio dos pássaros, nossos passos ganham terreno.
O ruído de um carro nos obriga a voltar a cabeça.
Ao longe os primeiros raios de sol surgem no horizonte avermelhado. E nosso olhar se perde em contemplação. Ah, se tivesse tivesse comigo minha câmara digital. Seria uma bela foto! Fica programado para a próxima …
Passa o ônibus dos rurais. Logo atrás a carreta com trabalhadores empoleirados na carroceria. Quanta imprudência...
Bem, mas hoje o programa é caminhar até o novo conjunto habitacional há uns 4 Km da cidade.
O sol continua a brilhar por entre as árvores que ladeiam a estrada.
Mas de onde vem esse suave aroma? E o ato de aspirar profundamente acontece imediatamente, enquanto o olhar perscruta ao redor .
Um enorme cão preto surge repentinamente de um dos lados do caminho. Estamos em frente à uma bela chácara e o animal deve pertencer ao proprietário da mesma..
O medo e a insegurança faz com que o ato de parar seja imediato. Será que ele vai correr atrás de mim? E agora, devo  seguir ou retornar? Talvez um pedaço de pau o intimide. Será?
O bom senso fala mais alto e a prudência aconselha a retornar. Nunca se sabe...
Bem, a visita ao conjunto habitacional fica para uma outra ocasião.
O retorno é agradável, mas o programa ao ar livre ainda não terminou. No calçadão frente ao centro de esportes é obrigatória a parada para fazer uns alongamentos. Lá dentro o pessoal da 3ª idade também faz sua caminhada. São 8 voltas em torno do campo num total de 3,5Km.
Muito monótono... Gostei da companhia das senhoras, mas a caminhada em si é muito monótona. Prefiro  caminhar ao ar livre.
Não concordam comigo? Enquanto faço minhas atividades físicas rotineiras aproveito para exercitar o cérebro.
Esta é a proposta da Neuróbica, transformar atividades rotineiras e comuns em algo que ofereça sensações diferentes e inesperadas. Assim acabamos por acionar os circuitos internos que ativam novas áreas do cérebro.
Varie periodicamente sua rotina de exercícios físicos mudando seu trajeto e explorando novas possibilidades.
E, boa caminhada!

  Alguns flashes de minha caminhada matinal

caminhada ao redor do campo
próximo ao conjunto habitacional




quinta-feira, 8 de março de 2012

Mulheres anônimas


Mulheres em destaque


No dia internacional da mulher, nossa presidente Dilma Rousseff ganhou destaque na imprensa mundial entre as cem mulheres mais importantes do mundo.
Paralelamente à Dilma, outras mulheres se destacam nos diversos setores da sociedade. São modelos de comportamento em diversos segmentos em todo o mundo. Além de conquistar direitos, outras mulheres deles se beneficiaram.
E nós, brasileiras, somos orgulhosas e gratas por estarmos assim tão bem representadas na sociedade.
Mas, hoje, quero colocar em destaque outras mulheres. São aquelas que, mesmo no anonimato atuam em favor da vida para uma transformação na sociedade. Mulheres fortes, guerreiras, que ultrapassam barreiras para alcançar seu objetivo, sempre em busca de um mundo melhor, mais humano , longe das diferenças que expõe tantos ao abandono e discriminação .
Graças ao seu constante zelo, seu trabalho árduo e por vezes invisível e desconhecido, leva a muitos a esperança.
Mulheres comprometidas na família, no trabalho, na religião ou numa causa social. 
São pequenas e desconhecidas, mas tornam-se grandes na esperança ,coragem e ardor com que atuam. Grandes nas pequenas conquistas, mesmo desconhecidas do grande público.
São pequenas atuações transformistas, muitas vezes ignoradas , mas de grande valor para a sociedade futura.
A você , mulher, profissional qualificada ou não. Diplomada ou não.
 A você, todo meu reconhecimento e minha gratidão.
A você minha homenagem!
Parabéns mulher...

sexta-feira, 2 de março de 2012

O trabalhador rural



Hoje não é o dia do trabalho e muito menos do trabalhador rural.
Mas durante esta semana , em vista do calor excessivo que já inicia o dia incomodando, tenho iniciado minhas atividades físicas bem mais cedo.
E esse antecipar colocou-me frente a um novo elemento na paisagem. O que me levou a falar sobre essa classe de trabalhadores rurais tão importantes para o progresso do país, mas ao mesmo tempo desvalorizada e muitas vezes explorada.
Aqui na minha realidade desconheço essa prática, mas os noticiários denunciam constantemente o abuso de patrões que movidos por uma ambição desmedida colocam em primeiro lugar seus lucros e mantém seus trabalhadores sob péssimas condiçoes de trabalho.
Enquanto vou andando vou encontrando pequenos grupos aqui e ali, à espera do transporte que os conduzirá ao trabalho.
Pertencem à classe dos bóia frias, ou seja aqueles que não tem trabalho fixo. Sua jornada é incerta e varia conforme o ciclo das safras e necessidade de mão de obra.
 A falta de qualificação para o trabalho faz com que o trabalho braçal seja sua última opção. Uma melhor qualificação poderia colocá-los na condição de assalariados permanentes, um local de trabalho fixo, tratoristas e até, quem sabe, numa condição de arrendatários.
Analfabetos ou semi analfabetos, a última opção  para quem quer viver com dignidade ainda é o trabalho braçal. Mesmo morando na cidade, as oportunidades são poucas para essa classe de trabalhadores. O setor de construção civil, procurado por muitos, também acaba por ficar saturado.
Durante esses anos de luta do setor, uma das conquistas através do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, foi a melhoria do transporte. De caminhão, transporte antigo e sem segurança, conseguiram a mudança para o transporte em ônibus sem super lotação. Conquistaram também a consolidação de 8 horas de trabalho com acrescimo de horas extras, dependendo de cada caso, evitando assim o abuso de patrões sem escrúpulos.
Mas no interior, pequenos proprietários ainda transportam seus trabalhadores empoleirados em carrocerias ou carretas sem bancos fixos e desprovidos de qualquer proteção.
Viajam expostos às intempéries climáticas como também a eventuais obstáculos que possam surgir durante o transporte, por exemplo,obrigando o motorista a uma freada brusca.
É a clandestinidade sempre presente em diversos setores trabalhistas.