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sábado, 8 de junho de 2013

Uma visita inesperada



Aquela manhã de sábado poderia ter transcorrido como todos os outros dias anteriores. Mas a chegada de Junior veio quebrar a monotonia dos dias..
Júnior chegou inesperadamente, sem qualquer aviso. Já não o via há alguns anos e sua chegada foi uma agradável surpresa.
A lembrança que tinha dele era de um adolescente alto e esguio, aficionado ao rock e viciado em computador. Quase não o reconheço. Mas, apesar de ter adotado um “visual roqueiro”, os inconfundíveis olhos grandes generosamente circundados por longos cílios me fez reconhecê-lo. Não de imediato. Mas, poucos segundos foram suficientes para eu ter a certeza de que estava diante de meu sobrinho.
Ficamos horas na cozinha envolvidos num longo e bom papo. Lembrou-me aquele programa da Tv Record: “Receita prá dois” com o Edu Guedes.(mas sem o Edu,claro).E também com a diferença de que ele não pode almoçar comigo, porque a avó “coruja” o esperava. Também, tanto tempo sem nos ver, era natural que disputássemos a sua companhia!
Mas, enfim, nossa conversa rolou solta. E me surpreendeu a maneira como ele se revelou espontâneo, seguro e apto a discorrer sobre qualquer assunto.
É um”expert” em informática e se define autodidata na área. Depois de anos de experiência na busca por se autoafirmar, hoje possui um bom emprego , com um futuro promissor.
Como ele mesmo disse, tudo tem sua hora. Como todo adolescente teve sua fase de instabilidade e acabou por interromper os estudos na transição para a faculdade.
Mas, interromper os estudos não significa ficar na ociosidade. Correu em busca de seus sonhos e interesses. Errou, acertou e acabou se encontrando. Hoje sua meta é concretizar o sonho antigo de cursar uma faculdade de informática. Afinal, com a concorrência do mercado de trabalho, o diferencial ainda é o diploma. Adquiri-lo é fundamental.
Nesta busca por firmar território, obstáculos tiveram que ser superados. Montanhas tiveram que ser escaladas. Atritos com a família não puderam ser evitados. Ficou uma pequena “rusga” com o pai.
O mundo muitas vezes se revela uma verdadeira selva, onde muitas vezes a sobrevivência exige uma postura mais dominante , acabando por gerar conflitos.
Não diga “nunca”, eu lhe disse. O tempo é nosso maior aliado e se encarregará de colocar as coisas no lugar.
Adultos são assim. Capazes de grandes conquistas profissionais, mas no campo da afetividade se revelam “pequenos” demais para sair do seu egoismo e orgulho ferido e resolver as questões do coração.
Preferem muitas vezes a tristeza como companhia, do que se dispor a passar momentos agradáveis junto a quem lhes é importante.
Esta é a maior conquista. A conquista das boas relações, quer familiares ou relações sociais de amizade e companheirismo.
Difícil é ser como as crianças, de coração puro e generoso, que seguindo seu instinto natural perdoam e esquecem com facilidade.
Deveríamos aprender com elas essa bonita lição.

2 comentários:

  1. Obrigada, Edite. Eu estava esperando por um relato assim como a segunda parte do seu texto... mas não que eu desconsidere a primeira.
    Paz

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  2. Edite, esse comentário que deixei aqui se refere ao seu post "Eu tinha tudo e não sabia" Vou deixar o mesmo comentário lá, OK?
    Paz

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