Hoje pela manhã recebi a visita de uma amiga.
Ainda não tínhamos nos encontrado após a minha volta da viagem. Como viajei antes de meu aniversário , ela veio trazer-me uma pequena lembrança e dar-me as boas vindas. Nos comunicamos pouco durante minha ausência porque ela não é muito familiarizada com o celular e nunca se interessou por redes sociais, e-mails etc...
Um gesto delicado de carinho e que faz o retorno ficar ainda mais aconchegante. Uma das coisas boas dessas longas ausência é , além da família que nos espera ansiosa, receber também o abraço carinhoso dos amigos numa demonstração sincera de que realmente sentiram nossa falta.
Nossa amizade existe há mais de uma década, mas nos conhecemos desde que eu era meninota e ela já mocinha formada. Trabalhou na escola onde sempre lecionei, mas nosso contato era pouco e distante.
Mas eu me lembro bem de como nossa amizade começou.
"Um dia uma colega sugeriu-me que a convidasse para participar do quadro de voluntários do serviço social que eu coordenava.
Considerei uma boa ideia. Sabia que possuía algumas habilidades manuais necessárias ao projeto e que morava sozinha.
Já havia passado por algumas perdas de familiares.Tinha apenas um filho que a amparava, mas à distância. Este filho era sua razão de viver. Não descuidava da mãe e ligava todos os dias para saber de sua saúde e suas necessidades.
Embora sempre tivesse amigos fiéis e o constante contato com o filho , faltava algo que a fizesse sentir-se útil e produtiva. E foi assim que a levei para o trabalho voluntário comigo, trabalho este que fizemos por cinco anos e que deixou boas recordações.Era muito querida por todos que ali frequentavam.
Durante esse período nossa relação de amizade foi se aprofundando e ela demonstra uma amizade tão forte e sincera que no início até me constrangia, pois eu não me julgava merecedora de tanta atenção e desvelo.
Durante esse período em que estávamos juntas no voluntariado, ela perdeu o filho. Uma dessas doenças imprevisíveis que aparecem não se sabe como e leva inesperadamente o ente querido. O filho era sua vida, seu tudo, seu arrimo... Pensei que não fosse suportar a dor. Houve desespero sim , ações impensadas. Mudanças sem pré reflexão. Não acostumou no grande centro para onde foi na companhia da irmã. Muito breve voltou. Preferiu o seu cantinho onde tudo já estava pré - estruturado, onde conhecia cada canto que frequentava e cada pessoa a seu redor.
Ela sempre me fala que o filho a incentivava a permanecer no voluntariado comigo, pois ali sentia-se bem, esquecia "suas doenças", seus males. O filho a sentia mais otimista, mais cheia de vida e produtiva.
E hoje ela me trouxe junto com a lembrancinha, este cartão : " Que você permaneça espalhando sementes de amor em nossas vidas. E que estas sementes continuem a florescer felicidade em nossos corações por muitos anos."
Sem falsa modéstia, eu apenas considero-me um ser humano comum, passível de erro, também com meus defeitos, erros e acertos e sinto-me lisonjeada por alguém me ver "espalhando sementes de amor".
Talvez eu sem o perceber tenha passado a
ela otimismo e confiança, levado a ela esperança e vontade de
progredir. Não sei, apenas sei que sinto um tom especial em sua amizade
por mim.
Fernando Piccinnini Jr. no seu livro "Boas Palavras" diz que "existem pessoas que são verdadeiras usinas de energia. As pessoas se transformam ao chegar perto delas, pois passam esperança, alegria, otimismo. Ganham coragem força, vigor e fé para continuar.
São pessoas super especiais que existem para empurrar outras para a frente. Fazem-nas funcionar e desempenhar bem suas funções. É preciso ficar atento.
Ela pode estar passando bem diante de você. Ou, mais importante ainda: Você pode ser essa pessoa que contagia os outros com sua força , mas ainda não descobriu.
Terei eu exercido involuntariamente essa influência positiva em sua vida?
Serei eu essa "usina de energia"????
E, mais uma vez... entre tantas e muitas vezes, mais um texto seu me toca sobremaneira e me faz pensar e refletir. Obrigada pelo espaço.
ResponderExcluirE, como sua amiga, não sou afeita a cellular e nem a redes sociais...
Paz
Pois então Paz, assim eu acabo acreditando que sou mesmo capaz de tocar as pessoas....e eu nem sabia desse meu dom . Agradeço a Deus por ele. Abcs
ExcluirOlá, tudo bem? Eu não conheço Goiânia!!!! Quem sabe um dia, passo nessa cidade que dizem ser linda. Bjs, Fabio www.fabiotv.zip.net
ResponderExcluirMuito tocante seu post!
ResponderExcluirAh, respondi seu comentário lá no blog!
Um abraço,
Eilan
borderline-girl.blogspot.com