Não
sei se você pensa como eu. Mas para mim “dormir
na minha cama”
é um dos pequenos prazeres que a vida me
oferece.
No
decorrer de minha vida já tive oportunidade de experimentar dormir
em várias camas, em passeios esporádicos que fiz.. Mas quando
volto....Ah! que delícia é dormir no “meu
colchão”, na “minha cama”.
Que falta eu senti dela!
Depois
de 5 dias fora de casa, hoje foi o 1º amanhecer no
meu quarto, na
minha cama....Saboreei
ao máximo este momento.
O
despertar foi tranqüilo! Silencioso. Como é bom o silêncio! Não
levantei de imediato. Meu corpo pedia mais repouso, como se quisesse
compensar a ausência de dias atrás. Involuntariamente meus olhos se
fecharam novamente e eu deixei-me ficar ali.... Curtindo aquele
momento só meu.
O
som da colher de pedreiro de Seu Osvaldo, atrás da casa, me trouxe
de volta à realidade.
O
banho foi reconfortante. A água cálida! A espuma perfumada! A
esponja macia! A toalha me envolvendo...
Como
é bom estar em casa e poder desfrutar desses pequenos prazeres sem
me preocupar em incomodar ninguém. Ficar relaxada. Dona de mim. Da
minha privacidade. Do meu sossego....
Gosto
dos pequenos prazeres que a quietude do meu lar oferece no dia a
dia.Poder usufruir do ficar em silêncio, quieta no meu canto apenas
pensando, lendo um bom livro ou colocando no papel minhas idéias.
Posso
parecer egoísta quando repito sempre “minha
casa’, “meu quarto”, “minha cama”, “meu banheiro”....Mas
não é no sentido de posse, e sim no sentido de privacidade
prazerosa que eles me proporcionam.
Sempre
fui assim. Caseira. Gosto muito do “meu
cantinho”,
mas ultimamente esse sentimento de “apreciar
ficar quieta no meu canto” tem
se tornado mais arraigado.
Pode
ser uma questão de idade. E se for, ótimo. Aprecio ter a idade que
tenho.Além de outras vantagens, ela me trouxe a consciência de
pequenos prazeres cotidianos que na juventude que eu não
vislumbrava.
Quando
jovens procuramos prazeres de forma complicada, muitas vezes
inconveniente. Muitos até procuram prazeres escusos. E se perdem.
Eu, felizmente não me perdi ....ainda! Mas agora..... O que eu quero é me afogar, me perder nestes pequenos prazeres do cotidiano....
Eu, felizmente não me perdi ....ainda! Mas agora..... O que eu quero é me afogar, me perder nestes pequenos prazeres do cotidiano....
“A
beleza de nossa vida está no cotidiano, nas coisas ordinárias
Adélia
Prado
29/12/2009
http://el.balbo.zip.net/viagem/
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