Powered By Blogger

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Fatalidade ou irresponsabilidade?



Nestas duas últimas semanas os noticiários vêm nos bombardeando com trágicas notícias sobre acidentes ditos “fatais”.
Fatalidade tornou-se o termo usado para explicar irresponsabilidade de terceiros que culminam com vítimas fatais.
Fatalidade para o caso da menina Grazielly(3 anos), atropelada e morta no sábado anterior (18/02) por um jet ski desgovernado, enquanto fazia castelos de areia com a mãe, numa Praia em Bertioga.
Uma vida interrompida pela tal “fatalidade”. A alegria da praia que deveria trazer boas lembranças, acabou em tragédia.

Fatalidade também para o caso da adolescente Gabriela de 14 anos, vítima de um “acidente” no parque de diversões Hopi Hari em Vinhedo, próximo a Campinas, no último sábado (24/02).
Quando frequentamos um parque de diversões ou permitimos que nossos familiares experimentem os brinquedos, “supõe-se” que todos estejam dentro das normas que regulamentam seu funcionamento. Acreditamos que saõ seguros e monitorados também por pessoas preparadas e responsáveis. Ou seja,colocamos nossas vidas nas mãos de quem maneja o brinquedo como também a colocamos nas mãos de condutores de ônibus, carros ou aviões .
Acidentes acontecem, mas nos dois casos há muito de imprudência e irresponsabilidade.
E o descaso com a vida alheia é tamanho, que o parque sequer foi interditado para averiguações. Muito menos tomou a iniciativa própria de encerrar as funçoes até que a perícia concluisse as iinvestigações. Apenas isolou-se o briquedo em questão.
Como disse a mãe da jovem, num desabafo: “Minha filha estava sendo enterrada e o parque continuava em funcionamento”
O descaso com a vida está tão acentuado, que tirar vidas está deixando de chocar as pessoas.

O que é fatalidade?

Segundo o dicionário, fatalidade= inesperado, inevitável. Inadiável, …
Fatalidade pode ser considerado o fato das vítimas estarem em lugar errado, na hora errada.
Mas atropelar alguém por não saber conduzir um veículo automotor, uma embarcação qualquer, não pode ser considerado fatalidade.
Inconsequentes os pais, quem forneceu a embarcação, a fiscalização falha e também o condutor.
Inconsequente também quem monitorava o brinquedo no parque, por que já ficou provado pela perícia que o brinquedo não apresentava falha mecânica. A falha pode ter sido do funcionário que não checou se o cinto de segurança do público envolvido naquele momento com o brinquedo estava bem travado.
A fatalidade está em justamente o cinto da Gabriella não estar bem travado. Mas o que não inibe a responsabilidade do funcionário que não cumpriu sua função.
Vidas destruidas. Famílias que se alimentarão das doces lembranças do filhos queridos. Famílias atormentadas pelo remorso . Réus que carregarão um trauma gritante pelo resto da vida.
Vidas estragadas pela deficiência de formação de caráter.
Quanto vale uma vida? Para onde caminha a humanidade?

domingo, 26 de fevereiro de 2012

domingo pós horário de verão


" Horário de verão, amado por uns, odiado por outros, suportado pela maioria."
Bem, enfim ...temos que nos adaptar, não é? E fingir que se acredita nessa tal economia de energia tão falada pelos autores da tal lei. Que tal procurar outras alternativas para economia de energia elétrica? Como por exemplo a energia solar. Nosso povo ainda não está muito familiarizado com essa nova modadlidade. Mas nada que não possa ser mudado com mais informações e incentivos.
Mas isso não compete a mim.
Enquanto isso...

 Nada melhor do que Ana Carolina e sua canção "Dia de Domingo" para iniciar essa bela manhã ensolarada de domingo pós horário de verão.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Texto para reflexão: "O TER e o SER"

"Mais importante do que TER é aprimorar o SER"

Certa vez , uma velhinha bateu à porta de uma casa e pediu um pouco de pão. Conversou muito agradecida com a dona da casa e com as crianças. Quando se afastou, a menina da casa disse à sua mãe: “quando crescer quero ser uma velhinha simpática como esta!” e sua mãe respondeu: “Então comece agora. Ou você acha que ela ficou assim do dia para a noite?”

Quanta verdade neste texto! A vida ganha maturidade se tivermos paciência para esculpi-la. Como o artista que pacientemente esculpe a pedra bruta, nós também precisamos de paciência e persistência para lapidar nossa vida.
 
Refletindo
O que será que fez com que a menina se identificasse tanto com a velhinha a ponto de querer ser como ela?
Ora, pela descrição do texto seria a velhinha uma pessoa que pouco tinha. Aliás, carecia até do alimento.
Na vida encontramos pessoas que pouco ou nada tem e nos passam uma certa aceitação da vida como ela se apresenta. Respiram felicidade. E nos perguntamos: Como se pode ser feliz com uma vida tão difícil? Como mesmo diante das dificuldades, têm um semblante tranquilo , e estão sempre confiantes no amanhã?
São pessoas que procuram aprimorar o “SER”, antes de “TER”. São simpáticas, generosas a ponto de repartir o pouco que tem. No caso da velhinha, ela partilhou com a menina, nas entrelinhas do que conversaram, toda sua experiência e riqueza de vida. Uma troca saudável e que muitas vezes nos passa despercebida.
Muitas casas são pródigas em “TER”, mas falta o primordial. Falta união, compreensão e afeto. Muitas são prisioneiras do egoismo e da vaidade que impera no mundo de hoje. E sabemos que apenas “possuir” bens não enriquece nosso interior. Pelo contrário, se não nos preocuparmos com outros valores espirituais mais importantes acabamos por nos tornar escravos dos bens materiais.
A velhinha que pediu a ajuda de quem muito tinha para ofertar, retribuiu com o muito do “SER” que havia adquirido com a vida dura que levava.
Uma pessoa assim se agiganta aos nossos olhos porque se interessam pela vida como ela se apresenta, não ambicionam mais do que lhes é dado em questão material.A ânsia não é pelo “ter” , e sim, pelo “ser”.
. A menina deve ter olhado muito além da aparência e com certeza viu nela valores que poderiam ser imitados. Apesar de pouco TER”, a velhinha era rica em “SER”.
Quando falo aqui em TER” e SER”, não discrimino nem critico os que têm , porque a vida sempre se apresentou assim. Há aqueles que pelo trabalho honesto e suado conquistaram certos privilégios na vida. E isto é totalmente saudável. Mas há aqueles que não se definem pelo que são e sim pelo status que conquistaram . Ou pelo poder que o dinheiro lhes confere.
Encontramos muito disso em nossos círculos sociais, inclusive religioso. Pessoas que pregam caridade, mas que pouco ou nada tem dessa qualidade.  Não a praticam.Falam do consumismo exagerado mas são os maiores consumistas do planeta.
É triste quando nos deparamos com situações assim em que dentro da bondade que pregam existe sempre um pouco de vaidade.
Falta aprimoração do “SER”.


Ser feliz não é ter uma vida perfeita. Mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância. Usar as perdas para refinar a paciência. Usar as falhas para esculpir a serenidade. Usar a dor para lapidar o prazer. Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.
( Augusto Cury)


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Toque da Alvorada : FÉ


O texto abaixo escrevi-o já há alguns anos, mas ele está sempre atualizado, porque a cada ano que passa a fé que move meu povo e admirável e se manifesta cada vez mais firme e inabalável.  
A procissão da penitência durante a quaresma já é tradição do nosso povo echaporaense. Iniciou-se hoje, 1ª sexta-feira da quaresma e segue até a última sexta- feira antes de Domingo de Ramos. Confiram....

Toque da Alvorada
FÈ...

5 horas da manhã...No alto-falante paroquial, o toque da alvorada. Já nem sei dizer há quanto tempo se usa o mesmo toque. O tradicional “silêncio”.Um costume herdado de um pároco antigo e muito querido.
Alguns minutos apenas. O suficiente para alertar os fiéis que é chegada a hora.
Levantar apressado. Rapidez na higiene matinal. Passos rápidos em direção ao ponto de encontro para a caminhada penitencial. É como se anjos tocassem a trombeta anunciando Jesus e a população acorresse atendendo a seu chamado.
Bonito de se ver. Gesto a se imitar. Passos rápidos... semblante iluminado...olhar determinado.
É, a fé é um sentimento indecifrável. Permanece escondida, parecendo fria, adormecida... De repente se inflama tocando o coração das pessoas de forma ardente e inabalável. Fé que se manifesta nos pequenos gestos desde o sono interrompido pelo toque da alvorada, o caminhar apressado, a oração contrita durante a caminhada, os cânticos sombrios, o semblante contemplativo e atento às palavras do pregador, atenção também à reflexão sobre a Campanha da Fraternidade.
Acontece todas as sextas – feiras da Quaresma. É tradição no nosso município a “PROCISSÂO DA PENITÊNCIA”. Já houve pároco que de início não botou muita credibilidade neste costume. Mas acabou mudando de ideia e se rendeu aos apelos da fé do povo.
Não importa o tempo que faça. Frio, ventania, neblina e até chuva. Lá vai o povo “caminhando com Jesus”. É um período de fortalecimento na fé, um despertar radiante a caminho da redenção.
  Mesmo que esteja chovendo. Não há empecilho. A igreja fica repleta de fiéis, provando que a fé do nosso povo é imbatível.
É como diz Zé Geraldo em sua música “A fé”: “Povo que vive sem fé é um povo abandonado”. O que não é o caso do povo dessa minha terra abençoada.




quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

A magia acabou...

O ano só começa depois do carnaval?”Seria isso uma verdade ou apenas uma falácia?

Este costume de dizer que o ano só começa depois do carnaval é antigo e gera muitas controvérsias.
Para aqueles apaixonados pela folia carnavalesca chega a ser uma verdade incontestável. O fato é que concordam com tais dizeres defendendo a causa em benefício próprio.
Muitos resistem em deixar a avenida. E na quarta feira ainda participam do arrastão carnavalesco. Resistem em aceitar que o sonho acabou, a magia se desfez e é hora de voltar à realidade.
Nada contra o carnaval e sua alegria, muito menos com quem gosta dele. Eu apenas não participo e abomino os abusos e excentricidades. Defendo um carnaval com responsabilidade e decência.
A emoção para alguns é tamanha que derramam lágrimas em plena avenida. E depois, a beleza das escolas de samba, suas alegorias e suas homenagens são muitas de uma criatividade e beleza incríveis.
Enquanto uns descarregam suas energias na avenida, outros aproveitam para recarregar as baterias, aproveitando o tempo de forma agradável
Que não se chegue ao extremo de dizer que nesses dias “não se deve pensar e nem falar em trabalho” . Também não se caia na insensatez de abandonar ou adiar projetos que correm o risco de ficar prejudicados por esse afã carnavalesco.
Dependendo da área profissional , pode-se aproveitar os dias de feriado para planejar melhor suas atividades . Para quem não gosta da folia carnavalesca, nada de ficar reclamando. Melhor aproveitar esses dias de folga das atividades rotineiras de forma mais produtiva.
A folia pela TV chega a ser cansativa, embora muitas dotadas de beleza. Então que tal aproveitar para ver um filme convidar amigos para um bate-papo, reunir a família ou até mesmo, se preferir o isolamento, se concentrar na leitura de um bom livro.
Tudo tem uma medida e é bom evitar fazer desse período um marco para os dias de trabalho para depois não precisar “correr atrás do prejuizo”.
É importante reavaliar a forma como administramos nosso tempo, pois utilizá-lo da melhor forma possível é responsabilidade pessoal.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

O caso Magda Galasso


O que leva um filho a arquitetar a morte da própria mãe?


O caso Magda Aparecida Galasso, jogadora de volei, assassinada pelo próprio filho no último dia 11, trouxe à tona o caso Susana Von Richthofen.
Ambos filhos de classe média alta, bem educados (supôe-se) não manifestavam cotidianamente nenhum indício de viver em conflito sério com os respectivos pais , muito menos sinais de transtornos comportamentais.
Tinham tudo de que precisavam para uma vida de conforto. Ou será que o tinham de material não substituia o afeto que lhes faltava? Em resumo: tinham tudo e não tinham nada.
Todos os inquiridos foram unânimes em dizer: Kleber tinha um bom relacionamento com a mãe, acabara de ganhar um carro. A mãe dava-lhe tudo, desde atenção até os melhores colégios. Mas o afeto da mãe o”pressionava” . Ele não suportava “viver sob pressão” de uma mãe “dominadora”que o orientava a trabalhar porque o trabalho constrói.; a estudar porque estudo era o diferencial para uma vida de melhores oportunidades.
Era ambicioso. Queria a indepêndencia a qualquer custo , ainda que para isso fosse preciso eliminá-la. Era preciso abreviar o caminho para a vida fácil que sonhava. E então, por motivos banais planejou friamente o assassinato da própria mãe. E ainda compareceu ao enterro da mãe portando-se com uma frieza extrema. Tal como Suzana Richthofen, que em 2002 também com a mesma frieza arquitetou o assassinato dos pais.
A psiquiatria tenta explicar tais comportamentos que fogem do padrão normal.
Em entrevista à Jovem Pan, o Psicoterapeuta educacional Leo Fraiman explica que “ a sociedade atual “cultiva” a violência. Há pouca formação de valores em família , que hoje é mais fragmentada. Os pais trabalham muito. Cultivamos o individualismo e a vaidade enquanto todos os estudos sobre felicidade, bem estar e saúde apontam que felicidade é compartilhar, é ser solidário. É preciso fazer uma revisão muito séria no modo como se educa uma criança”
Diz ainda que esse foi mais um caso de surto psicótico. Basta ver o histórico social, escolar, religioso do assassino, para ver uma porção de evidências. O que realmente comprovou a investigação que mostra em Kleber uma vida recheada de mentiras .
A pssiquiatra Ana Beatriz Barbosa, em seu livro “mentes perigosas” diz que : “Psicopatas são frios, manipuladores, cruéis e destituidos de compaixão, culpa ou remorso. Utilizam-se de seu charme e de sua inteligência para impressionar, seduzir e enganar quem atravessa o seu caminho. Estão camuflados de bons amigos, bons filhos, bons pais , pessoas bem sucedidas , e que não costumam levantar suspeitas sobre quem realmente são.” Esclarece que os psicopatas são indivíduos que podem ser encontrados em todos os segmentos da sociedade.
Uma leitura interessante e que procura mostrar ao leitor como reconhecer e se proteger de pessoas frias e peversas, sem sentimento de culpa e que podem estar perto de nós.
Um livro interesante e esclarecedor, mas eu me questiono sempre: como a mãe de Suzana que era psiquiatra, convivendo diariamente com a filha não conseguiu vislumbrar nela nenhum traço de desvio de comportamento que merecesse maior atenção?


Impprudência no mar


Um dos mais belos presentes da mãe natureza em nossa opinião é o oceano ou o mar como muita gente conhece.
Nos últimos dias, vimos o que jamais poderiamos imaginar  acontecer, por causa de uma ” pequena exibição de machismo ” por talvez, uma pura vaidade , um menor matou uma garotinha em uma praia do litoral brasileiro.
O pai do adolescente e dono do jet ski tratou imediatamente de providenciar a fuga – tanto sua como do filho. De acordo com a Capitania dos Portos, é preciso possuir habilitação para pilotar jet skis, tendo passado por aulas práticas e testes psicológicos. Mas as leis, nas águas brasileiras, não são fiscalizadas e tragédias como a de Grazielly se repetem a cada ano.
"Aqui no Brasil é assim.. O menor rouba , fuma maconha, crack, assalta , vota e ainda  mata inocentes pilotando veículos automotores sejam em quaisquer circunstancia.
Até quando , hein ? Até quando a sociedade brasileira continuará orfã das nossas autoridades judiciais e a impunidade continuará reinando em nosso País ?


Heriberto Florêncio Filho


Era a 1ª vez que a pequena Grazielly visitava a praia. Conhecer o litoral era seu sonho.
 Um sonho realizado... uma vida interronmpida brutalmente.
 Todos clamam por justiça! Questionam a atitude dos pais, a falta de limite dos filhos.
Jovens que deveriam representar alegria, inovação, esperança... Acabam trazendo tristeza, destruindo o sonho de muitas famílias, destruindo os próprios sonhos.
 Nada trará de volta a vida da pequena Grazielly... seus pais não serão os mesmos a partir dessa tragédia.
 

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Carnaval, festa pagã ou cristã? Que máscara você usa?



Carnaval, a festa pagã definida pelo calendário cristão

Uma festa onde tudo pode acontecer. Apesar de ser pagã, a data do Carnaval é definida de acordo com o calendário gregoriano, inventado pela Igreja Católica no século XVI. São exatamente sete domingos antes da maior comemoração cristã: a Páscoa. A confusão entre cristianismo e paganismo não é de hoje, mas atualmente existem diversas alternativas para celebrar o Carnaval, uma das maiores festividades nacionais.

No livro “Carnaval brasileiro” (Brasiliense: 1992), da antropóloga Maria Isaura Pereira de Queiroz, muito antes do cristianismo, o Carnaval era chamado de “Entrudo”, em que comemorava a entrada da primavera. Segundo ela, a festa foi incorporada por um tempo às práticas cristãs e passou a ser comemorada a partir do sábado anterior à quarta-feira de Cinzas. O objetivo era comer e festejar tanto quanto fosse possível, pois a Igreja entraria na Quaresma, tempo de penitência, reclusão e silêncio interior.

Das práticas rituais de tribos indígenas que davam boas vindas à primavera e celebravam a fertilidade, o Carnaval surgiu pelo cristianismo durante a propagação da Igreja pela Península Ibérica. Em Portugal, país de origem da data festiva, as comemorações passaram a ter outros significados. Já não eram mais a primavera ou a fertilidade, mas o contraste entre virtude e vício, vida e morte, Quaresma e Entrudo. Máscaras e fantasias eram utilizadas para representar cada personagem.

O Carnaval sempre foi marcado por contrastes, inclusive os sociais. “A rapidez com que a festa foi adotada pelos cristãos demonstrava a existência de um desejo profundo do povo de revirar a situação de dominação existente, substituindo-a por outra”, afirma Maria Isaura.

De lá para cá, o Carnaval sofreu diversas, grandes e profundas transformações sociais. De rural passou a ser urbano. Deixou de ser elitista e passou a incorporar camadas menos favorecidas. Aos poucos, foi perdendo suas características em Portugal e ganhou força no Brasil, sua colônia. A partir de 1930, as escolas de samba se desenvolveram no país e o Carnaval acabou incorporado à cultura nacional, como sendo uma tradicional festa brasileira.

Data comercial

Há muito tempo o Carnaval deixou de ser apenas um momento para as brincadeiras. Maria Isaura afirma que o Carnaval virou símbolo comercial. “A comercialização do Carnaval tornou a festa uma vitrine de vaidades, uma feira em que tudo se vende, são produtos da sociedade de consumo selvagem que domina o Brasil”.

Desde a década de 1970, empresários e agentes hoteleiros que trabalham em cidades turísticas iniciaram um movimento para determinar uma data fixa para a folia carnavalesca, sob a alegação de que a festa móvel traz prejuízos econômicos ao país. “Uma quantidade de interesses econômicos estão ligados à realização viciosa da festa”, afirma a antropóloga.

Apesar de utilizar o calendário cristão, o arcebispo de Londrina, dom Orlando Brandes faz questão de ressaltar que a festa não faz parte do cristianismo. “O Carnaval não é uma festa religiosa, pelo contrário, é uma festa pagã”, destaca.

Ele explica também a importância dada ao Carnaval pela visão comercial. “Os comerciantes querem desvincular o Carnaval da Quaresma porque ele ocorre em fevereiro, que é temporada de verão e as pessoas entram em clima de Quaresma e abandonam as praias. Este vínculo entre fim do Carnaval e início da Quaresma é uma questão histórica”, aponta dom Orlando.

Inversão de normas

A festa carnavalesca permite ultrapassar os limites da conveniência, pois há uma inversão de normas. Ou seja, tudo o que é proibido cotidianamente torna-se liberado. “No Carnaval, é preciso tomar cuidado com Aids, alcoolismo, acidentes, infidelidade conjugal, gravidez indesejada, falência de casamentos e fracassos familiares. Muitas pessoas perdem o bom senso, fazem algazarra, barulho e até agridem”, alerta o arcebispo.

Testemunho de vida é o que os cristãos devem fazer, na opinião de dom Orlando, durante os dias de Carnaval. “É preciso muito cuidado, discernimento e bom senso.” Segundo ele, festejar de uma forma cristã é algo recente. “As pastorais, os movimentos eclesiais, as novas comunidades e as paróquias se mobilizaram para realizar o tipo de carnaval cristão”, observa.

Alegria cristã, retiros, estudos, encontros, adoração são algumas das alternativas sugeridas pelo arcebispo. “Oferecer oportunidades de retiros ou reforçar a adoração reparadora dos pecados cometidos no Carnaval civil. Cada diocese realiza o Carnaval cristão ao seu modo”, sugere. Reservar dias de férias, visitar parentes realizar viagens culturais, aproveitar o tempo para leituras, retiros, adorações, vigílias ou outras experiências espirituais são outras sugestão de dom Orlando.
Fonte: Comunidade Imaculada

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

O batismo de Lucas e seu real significado

Batizar é nascer para a fé e para a vida cristã...

Domingo anterior foi um dia especial. Foi a entrada do Lucas para a grande família de Deus   através do Batismo.
O Batismo é o primeiro dos sete sacramentos da Igreja Católica. Recebendo esse sacramento, a criança nasce para a fé e para a vida cristã.
Bem, começamos com uma manhâ enevoada. Soprava um vento fresco, quase frio. Mas nada que viesse tirar a magia do momento.
As priminhas Gabi e Rafa estavam ansiosas na expectativa do evento, para elas uma novidade, pois acredito que só tenham participado da própria cerimônia batismal.  Estavam um chodó só com o priminho.
Nosso bebê dormiu bem à noite, portanto acordou tranquilo e sorridente.
Ficou lindo na sua branca veste batismal , importante símbolo deste ritual, que indica a pureza do corpo e da alma do batizando. Expressa a pureza, a vida nova que recebemos no batismo e que agora vamos viver. Sinaliza que o batizado “vestiu-se de Cristo”, o que equivale a dizer que ressuscitou com Cristo.
Durante a missa o padre chamou os pais à frente da assembléia celebrativa para que expressassem em palavras “qual o real significado do batismo para eles. Porque consideravam importante batizar seus filhos?”
 Uma saia justa, mas a cordenadora do curso de formação para pais e padrinhos já os havia preparado para essa eventualidade. E todos já tinham a resposta “na ponta da língua”(rssss). Eu hein, nada de gaguejar....
E o Lucas reinava tranquilo e sorridente ao lado das outras crianças que também iriam receber esse sacramento.
 Era todo sorrisos. Parecia que sabia que a festa era sua. Encantou-se com a jovem coordenadora que estava no banco de trás e haja sorrisos...
Também não reclamou da água fria derramada sobre a testa e comportou-se direitinho durante todo ritual. 
Com a água, segundo a tradição cristã, o batizando renasce em Cristo, purifica-se de todo o mal. 
A vela colocada nas mãos dos padrinhos representa a luz da fé, em que os padrinhos assumem a responsabilidade pela educação religiosa da criança.
E assim, batizado com água aspergida sobre a testa e com a invocação da Trindade Santa, confirmou-se o ato batismal. Esperemos que com a orientação dos pais e eventualmente a intervenção dos padrinhos, ele cresça e permaneça na fé cristã.


E, depois da cerimônia vamos todos comemorar! Vejam algumas fotos da cerimônia.
Momento do óleo batismal, que significa a força da graça de Deus contra o mal. atrás os pais orgulhosos do filhote..

Banho de água viva!

Padrinhos orgulhosos. Lucas todo risonho, mas o sapatinho já não está mais no pé. Nunca está...


E depois da festa, soninho recuperado... é hora de fazer farra com os balões!!!

 



quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Uma chuva de flores para você!

ANA,

que passeia esvoaçante pela vida como uma borboleta disseminando o polem do amor, alegria e otimismo. 
Ana, que de um jeito leve e brejeiro vai escrevendo com amor a sua história, vai traçando sua trajetória de menina forte e guerreira
Desprovida de arrogância e vaidade, tem sua vida pautada na simplicidade.
Ana, mulher e menina,esposa, mãe, companheira e amiga...
Alento nas horas tristes, fidelidade em todos os momentos.
Sempre se fazendo presente, deixando um comentário sincero, uma manifestação de carinho e amizade no mais simples texto que escrevo. Um cheirinho de amizade...
Enquanto a vida não favorece a oportunidade de nos conhecermos pessoalmente, que possamos por muito tempo desfrutar da magia e encanto deste mundo virtual.
Ana, que é apaixonda por poesia... A mim não foi dado o dom de escrever versos poéticos.
Mas nesta data tão festiva a homenageio com estas simples palavras.
Palavras singelas, mas que brotam do fundo do coração!
A você, Ana, todo meu carinho e amizade.
Que a vida lhe sorria sempre!
  
Abraços
EDITE

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Férias e ...netos

"O importante não é a duração do encontro, mas a intensidade com que o vivemos..."
Houve uma época em minha vida em que férias perderam o real significado. Podendo usufruir do  tempo a meu bel prazer, os dias corriam monótonos, tranquilos , sem muitas novidades. Já não havia a expectativa do “quando as férias chegarem...”
É óbvio que a visita dos meus filhos foi sempre muito bem vinda e preciosa. Mas o nascimento dos netos veio trazer um novo colorido à minha vida. Era o tempero que faltava para enriquecer nossos momentos de convívio familiar.
Desde então para mim férias adquiriram um novo significado. Férias agora tem a cara deles. Época em que tudo foge à rotina. Correria pela casa, risos, choros, gritinhos estridentes, brinquedos espalhados pela casa, os desenhos personalizados grudados na geladeira, a calçada riscada de giz...Tudo confere uma nova moldura à casa.
A cada ano elas chegam maiores, diferentes, cheias de vida e cheias de novidades. Eu as observo atentamente e consigo perceber nelas um novo traço de personalidade característico da idade ou um traço que antes era pouco perceptível  e que já se encontra melhor delineado.
O contato do 1º abraço é o mais emocionante. Nada substitui as palavras sussurradas ao pé do ouvido:
"Eu estava morrendo de saudades!...”         "Eu também!...
E é nesse momento que nosso relacionamento se engata. E eu relaxo...
Porque, a expectativa  de sua chegada sempre me deixa muito ansiosa. Afinal, moram tão longe e nosso contato durante o ano é apenas virtual.
Procuro sempre preparar pequenas surpresinhas para elas. E fico imaginando sua reação, os olhinhos brilhando, o sorriso aberto, as mãozinhas ágeis verificando o conteúdo... Mas, e se eu não conseguir atender suas expectativas? penso... 
Sim, isto pode acontecer, e claro, vai deixar-me um pouco decepcionada. Eu gostaria de acertar sempre. Mas às vezes isto não acontece. E então resta-me a oportunidade de nova sondagem de gostos e tendências para não errar de novo. Afinal, criança está sempre nos surpreendendo.
Como o Lucas.. . Diante do brinquedo que promete muita interatividade, ele prefere brincar com a caixa, o ou com a etiqueta do brinquedo de pelúcia. O som do papel de presente manuseado por suas mãozinhas ágeis ,mas pouco habilidosas ainda, o estimula mais que o próprio brinquedo...
Lucas é o meu netinho de 9 meses que acaba de chegar. Gabi e Rafa, de 5 e 3 anos respectivamente, estavam ansiosas pela sua chegada. Ainda não o conheciam pessoalmente. Apenas fotos e alguns contatos virtuais os aproximava. Então foi aquela festa  na sua chegada.
A ansiedade também morava dentro de mim. Temia que não me reconhecesse...
O sol sempre voltará a brilhar...
Ah, mas quando ele chegou e me olhou demoradamente com os olhinhos brilhando e aquele sorriso largo, tudo a meu redor deixou de existir e da intensidade daquele momento somente nós dois o sabemos...
É, eu sou assim. Uma avó ansiosa, insegura e carente quanto ao afeto dos netos. Mas então, depois do 1º contato respiro aliviada.
O tempo que permanecem comigo, considero curto. Gostaria de tê-los mais vezes comigo. Mas o que conta não é a duração do encontro. É a intensidade com que o vivemos.
Sinto como se o sol brilhasse intensamente por longos dias e depois se ocultasse atrás de nuvens cinzentas. É assim que fico quando se vão. Deixam um vazio no meu coração. Não sou uma avó chorona. Lágrimas não saltam de meus olhos. Mas meu coração chora por vários dias. Até que a falta deles seja sufocada por nova rotina e eu me convença de que mesmo que demore o sol voltará a brilhar...




 

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Caminhando e... observando...

 "Os pássaros nos inspiram e passam a mensagem de otimismo e disposição para  enfrentar o dia com alegria e preparados para eventuais dificuldades"

Gosto muito do horário da manhã para praticar minhas caminhadas. Sinto-me atraída pela calma quase total da cidade e nessas manhãs de verão o ar perfumado  que infiltra pelas nossas narinas é inebriante.
Pássaros fazem algazarra por entre os galhos das árvores. Quanto mais cedo, a algazarra é maior.
 É como se saudassem a natureza e convidassem  todos a ver a beleza do sol nascente surgindo através dos tons avermelhados distante no horizonte.
Hoje a algazarra estava tão grande que me obriguei a fazer parada debaixo de uma árvore para observar melhor por entre os galhos das árvores. É como se conversassem alegremente avaliando as perspectivas para o transcorrer daquele dia. 
Os pássaros nos inspiram e nos ensinam passando a mensagem de otimismo e  disposição para enfrentar  o dia com alegria e preparados para eventuais dificuldades.
Observando as pessoas, gosto de imaginar o que se esconde por trás de cada uma delas. Algumas passam compenetradas, outras aos grupos conversando alegremente. Alguns vão, outros mais madrugadores já retornam. Alguns cumprimentam alegremente, outros fingem -se de cegos ou faz com eu me sinta invisível.
Gosto de receber "bom dia". Mas gosto mais ainda de dar  meu "bom dia". Receber bom dia me faz sentir notada, viva, tocada e até importante por aqueles que fazem o mesmo trajeto que eu. . Por isso gosto de distribuir meus "bons dias". Porque quero também que as pessoas , assim como eu, sintam-se percebidas , presentes  e notadas por mim.
Tomei a decisão de não esperar pelo "bom dia".Costumo dizê-lo a todos que encontro no meu trajeto,  mesmo correndo o risco de algumas vezes minhas palavras cairem no vazio. 
Frustrações, traumas,ressentimentos,  relacionamentos mal resovidos, tomaram o lugar do entusiasmo no rosto de determinadas pessoas. Algo tão profundo que nem  mesmo a magia envolvente de uma bela  manhã de verão conseguiun dissipar tal névoa.


O texto abaixo, recebi-o por e-mail. Mais um desses textos veiculados via internet , como sempre de autor desconhecido, mas que traz uma mensagem riquíssima :

Um dia peguei um taxi para o aeroporto. Estávamos rodando na faixa certa quando de repente um carro preto saltou do estacionamento na nossa frente.
O taxista pisou no freio, deslizou e escapou do outro carro por um triz!
O motorista do outro carro sacudiu a cabeça e começou a gritar para nós nervosamente. Mas o taxista apenas sorriu e acenou para o cara, fazendo um sinal de positivo. E ele o fez de maneira bastante amigavel.
Indignado lhe perguntei: ‘Porque você fez isto? Este cara quase arruína o seu carro e nos manda para o hospital!’
Foi quando o motorista do taxi me ensinou o que eu agora chamo de :
A Lei do Caminhão de Lixo.”
Ele explicou que muitas pessoas são como caminhões de lixo. Andam por ai carregadas de lixo, cheias de frustrações, cheias de raiva, traumas e de desapontamento. À medida que suas pilhas de lixo crescem, elas precisam de um lugar para descarregar, e às vezes descarregam sobre a gente. Não tome isso pessoalmente. Isto não é problema seu!
Apenas sorria, acene, deseje-lhes bem, e vá em frente. Não pegue o lixo de tais pessoas e nem o espalhe sobre outras pessoas no trabalho, em casa, ou nas ruas. Fique tranquilo… respire e deixe o lixeiro passar . 
O princípio disso é que pessoas felizes não deixam os caminhões de lixo estragarem o seu dia. A vida é muito curta, não leve lixo. Limpe os sentimentos ruins, aborrecimentos do trabalho, picuinhas pessoais, ódio e frustações.
Ame as pessoas que te tratam bem. E trate bem as que não o fazem.
A vida é dez por cento o que você faz dela e noventa por cento a maneira como você a recebe!
Tenha um ótimo final de semana, Livre de lixo!


sábado, 4 de fevereiro de 2012

A saúde como bem comum

"Ter saúde é ter qualidade de vida"

Sem dúvida nenhuma, saúde é um bem precioso.
Durante minha infância toda sempre ouvia minha mãe repetir “estando com saúde, tudo vai bem”
Na minha ignorância infantil eu não conseguia atingir o verdadeiro significado daquela frase. Não tinha a dimensão do real sentido da palavra “saúde”.
Até o dia em que vi minha mãe doente e impossibilitada de nos atender a contento, como sempre fazia.
Só então fui compreender que podemos ter tudo, mas vindo a faltar a saúde a vida perde muito em qualidade.
O conceito de saúde nos dias atuais está bem mais amplo. Ter saúde não significa apenas não ter doenças. É ter também qualidade de vida, porque a ciência já comprovou que comportamentos negativos praticados hoje, futuramente podem gerar problemas de saúde .
Quem se previne, pode se antecipar à instalação da doença.
Haja visto os alertas  sobre as complicações que o fumo pode causar. Assim também  como já ficou comprovado que uma vida sedentária  também pode trazer complicações futuras para a saúde.
As informações sobre os benefícios trazidos pelos ditos alimentos funcionais e a importância da atividade física são informações constantes na mídia em geral.
“A saúde precisa da solidariedade social para garantir um ambiente propício e depende também da comunicação e educação para que todos saibam o que faz bem ou mal para a saúde” ( Rev de Aparecida)
Conscientes sobre o que ajuda ou prejudica  nossa saúde, aumenta nossa responsabilidade tanto individual quanto social.
Individual, porque cada um é responsável pela própria saúde.
Social, porque somos responsáveis pelos nossos dependentes:- crianças ou idosos.
E não deixamos também de ter uma certa dose de responsabilidade  com o que acontece  no Sistema de Saúde pública. Claro que a responsabilidade maior pertence aos  gerenciadores do sistema, no caso o Poder público, governantes  responsáveis diretos pela mesma. Mas todos sabemos a crise vergonhosa em que se encontra a saúde no Brasil.
Basta ouvir os noticiários para se certificar do caos  estendido ao país  todo.
Hoje apenas uma minoria pode contar com bons planos de saúde. A maioria da população faz uso do sistema público de saúde e perdem muito em qualidade de atendimento.
E nós, como cidadãos usuários ou não desse sistema devemos ficar atentos aos abusos e descasos com a vida humana, exercendo o papel de fiscalizadores prontos a denunciar qualquer abuso ou fraude praticados contra a população.
A moral cristã valoriza muito a palavra de Jesus: “Eu vim para que todos tenham vida” ( Jo 10,10).
Por isso a Igreja no Brasil vai abrir neste ano uma grande campanha de reflexão e ação solidária sobre o grande tema da saúde pública , cujo objetivo é :

“Refletir sobre a realidade da saúde no Brasil em vista de
uma vida saudável, suscitando o espírito fraterno e
comunitário das pessoas na atenção aos enfermos e
mobilizar por melhoria no sistema público de saúde.”

(Objetivo Geral de CF-2012).

Um assunto muito importante e de interesse de todos. Merece portanto nossa atenção e participação..04/02/12        07:19:30

http://kantinhodafe.blogspot.com

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Ainda sobre "envelhecer"

Recebi esta simpática cartinha de minha amiga DEise, catequista de Santo Amaro, dando seu parecer sobre "envelhecer".São palavras que demonstram um conhecimento sobre o assunto que merece aqui destaque, pelo seu discernimento e sensibilidade que só tem quem onvive diariamente com o idoso. Logo abaixo, transcrevo minha resposta.

A paz, bom dia Edite!




Os cabelos brancos são uma coroa de glória a quem se encontra no caminho da justiça...(Jr 16,31)
Esse é o ensinamento bíblico, mas vivemos na sociedade da "juventude",mesmo que ela seja artificial, a base de botox, plástica, silicone...
Onde nós crescemos sendo ensinados que a beleza é tudo, que muitos vivem buscando a 'fonte da juventude',quem é que quer envelhecer???
A realidade dos idosos é triste, enquanto fiz atendimentos domiciliares tive experiências marcantes,de descaso e de abandono, não falo só do abandono físico, ainda hoje tenho essa experiência, os filhos ñ tem paciência para cuidar de seus pais...
Quantos filhos hoje vivem 'dependentes' da aposentadoria de seus pais?
Hoje muitos pais tornaram -se reféns de seus filhos, ouvi isto: meu filho  pediu para fazer empréstimo para comprar um aparelho de som, e não está pagando, eu fiz o empréstimo porque se não ajudo, quando eu precisar dele talvez ele não me ajude... (!!!!)
Ou seja, esse empréstimo que é descontado diretamente da aposentadoria, tornou-se mais um sofrimento para os idosos, aí me pergunto: quando foi que os valores se inverteram????
E me respondo estou ficando velha (kkkkkk), ainda sou do tempo como diz meu pai, que os filhos tinham que trabalhar e ajudar seus pais...
Todas essas experiências mudaram minha visão, muitos idosos estão muito melhor nos asilos, lá eles tem pessoas que cuidam deles na hora certa, tem pessoas da mesma idade para conversar, claro que o ideal seria que ficassem no aconchego de seus lares, mas vi e vejo que muitos deles se tornam parte da mobília 'velha' da casa, 'empecilho', 'problema', sinônimo de impedimento para muitas coisas, infelizmente poucos cuidam deles por amor, sem reclamações, penso que é melhor ir e dar o seu melhor na hora da visita, do que te-los 24h em casa ouvindo reclamações, aguentando mau humor, sentindo o quanto se tornou 'um peso' na casa...
Rezo e peço diariamente a Deus que me dê a graça de meus pais não precisarem de meus cuidados, mas que se isso acontecer que eu tenha condições, financeiras, físicas e  emocionais para cuidar deles como merecem.
Convivo diariamente com idosos e amo cuidar deles,tem alguns muito difíceis rsrsrsrs mas gosto demais do que faço, isso me ensina a enxergar as limitações de cada um, e a valorizar ainda mais os meus pais.
 

Bjs querida.
Deise Ferraz St° Amaro SP
Minha resposta para Deise

Olá Deise
 
Embora a Ângela esteja sentindo-se “incomodada” com o tema que  involuntariamente despertou em nós toda essa polêmica sobre “o que é ou não ser velho”, sua carta com palavras  de tão bom discernimento sobre o assunto e a maneira com que as abordou, merecem um retorno.
Tudo que você disse reflete bem a realidade de nossos idosos nos dias de hoje.
Agradeço a Deus por ainda ter condições  físicas , emocionais para cuidar de minha mãe já tão idosa. E além disso  contar com um bom plano de saúde para dar  assistência médica a ela, como também poder suprir a necessidade de uma cuidadora para dar um melhor suporte.
A última opção pode verdadeiramente ser o asilo, no que concordo plenamente com você na condição de que o asilo venha a dar o carinho e cuidados necessários que não se tem em casa.
Chalita diz assim: “Envelhecemos quando lançamos fora o que nos rejuvenesce: o Amor.
O amor é o antídoto que afasta a doença e ameniza a dor. O amor nos dá serenidade porque somos capazes de ver os outros além de nós mesmos”

E é esse amor, Deise que faz com que você veja além das aparências esses velhinhos com quem você convive diariamente.
 Como eu disse, a convivência com os idosos é que nos dá dimensão do que é envelhecer.
Você consegue enxergar por detrás das rugas, das limitações, das ranhetices...
E isso é qualidade de poucos. Com você imagino que eles sentem-se realmente em casa. E não parte da “mobília velha”.
Deus te abençoe por essa sua imensa capacidade de amar sem restrições.
**********       **********     ***********    ***********  **********  *******
Quanto à Ângela, que não se sinta “incomodada”, minha amiga.  Afinal o grupo não é para expormos nossas ideias, discutir assuntos que foram levantados e que despertaram interesse?
O tema longevidade é bem atual e é uma preocupação da ONU e governantes.
 Com o avanço da medicina , a expectativa de vida da população mundial está cada vez maior, fato que serve de alerta aos profissionais da saúde para que se tenha maior atenção com relação à oferta de exercícios físicos para que proporcione a essa população uma melhor qualidade de vida.
Segundo dados da ONU, até 2025 o Brasil será o 6º país do mundo em população idosa. Daí o alerta aos  governantes para que se crie políticas sociais  que preparem a sociedade para essa realidade.
A ONU divide os idosos em três categorias: os  pré idosos (entre 55 e 64 anos), onde me sinto incluída; os idosos jovens (entre 65 e 79 anos); os idosos em idade avançada ( com mais de 75 e 80 anos), sendo que continuará predominar entre os idosos em idade avançada o sexo feminino. Boa notícia, não acham?
Portanto meninas,  vocês ainda não se enquadram em nenhuma dessas categorias. São “jovens, -jovens” de verdade. E depois, não é a idade que confere o título de velho a alguem. Com esse pique todo vocês vão demorar muito a envelhecer. “Porque o corpo pode envelhecer, mas a alma ..ah! Essa não precisa envelhecer com o corpo. Sempre haverá tempo de superar os limites de nossa personalidade e assumir um comportamento mais harmônico e sereno. Este é o propósito dos sábios”(Fábio de Melo)

Abraços a todos
Beijos no coração
Edite