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sábado, 12 de janeiro de 2013

Casos da vida real

HISTÒRIAS DE CONSULTÒRIOS

Outro dia estava eu numa sala de espera, já cansada ficar em pé, quando vagou uma pequena brecha num sofá em minha frente. Pelo meu físico eu calculei que caberia ali. Sentei-me e espremida entre dois pacientes comecei a folhear uma revista. A proximidade fez com que a mulher do lado também me acompanhasse no folhear da revista.
Pelo canto dos olhos vi que ela também se interessava pela página em que eu me detera.
Olhei para ela e foi o suficiente para entabularmos uma convesa como se já nos conhecêssemos há anos.
Era a figura de um lindo bebê estampada na página e que lembrava, claro , netos bebês. Através dessa figura a conversa fluiu espontanemente e teria continuado se ela não fosse chamada.
Contou-me de sua família numerosa de 7 filhos e 18 netos e alguns bisnetos, todos muito bem educados e encaminhados profissionalmente. Falava com orgulho de todos eles e da alegria que era quando todos se reuniam para o grande almoço de final de ano. Eu fiquei a imaginar o tamanho dessa “festa” com 50 pessoas ou mais. Quase um casamento!
Eu, claro, não fiquei atrás. Não com tantos detalhes , mas também fiz questão de tecer elogios à minha pequena e saudável cria. Parecíamos duas comadres se emerando cada uma em contar mais vantagens que a outra sobre a sua prole.
Bem, mas como disse ela foi chamada e o lugar foi ocupado por outra senhora. Esta também eu percebi que “acompanhava minha leitura”.
Só que esta me observava com olhar crítico. Quando eu dei uma pausa ela disparou:
Você já ouviu falar em como essas revistas de consultórios são um foco enorme de bactérias?”
Eu estranhei tal observação e pensei: “Quem não sabe”!
Então disse a ela que realmente tinha razão. Não só as revistas, mas estamos constantemente em contato com esses bichinhos traiçoeiros e perigosos. Nossas bolsas são focos de bactérias, assim como celulares, maçanetas de portas, corrimãos, etc e etc...
Neste momento o “DOUTOR BACTÉRIA” baixou em mim e não deixei por menos. Desfilei ali todo meu conhecimento sobre o assunto. Disse inclusive que dificilmente conseguiríamos evitar no nosso dia dia a dia esse contato com bactérias. Não vivemos em uma bolha de vidro. O hábito de lavar as mãos ao chegar em casa, antes de fazer qualquer alimentação ou um vidro de álcool gel na bolsa resolveria o problema.
Pedante eu? Pode parecer, mas ela me obrigou a isso. Afinal, era a distração que eu tinha no momento. Nada tão perigosso assim, desde que não molhando as pontas dos dedos na língua para folhear a revista, como já vi muitos fazerem.
Bem, mas felizmente ela logo se retirou para a frente da TV. De onde eu estava ouvi quando disse à pessoa do lado que ainda teria muito tempo a esperar. Mas que ela não se importava. Tinha todo o tempo do mundo, pois morava sozinha e se ficasse em casa seu tempo seria ocupado em dormir.
Dá prá entender não, o porquê de tanta mordacidade! No final fiquei com pena da senhora tão carente e mal amada. Faltava algo que preenchesse sua vida. Então ocupava seu tempo em cahtear as pessoas. Realmente uma lástima. Uma pessoa assim precisa de ajuda, não de críticas.
Se quisesse ficaria aqui contando histórias e mais histórias de consultórios, mas chega de jogar conversa fora. Fica para outro post...




4 comentários:

  1. Edite, até quando você quer ser "áspera", você é educadinha...

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  2. Gostei do "educadinha'KKKK.... Ah, Ana, vc me faz rir... Conhece aquele ditado " Dar tapas com luvas de pelica"? Vez em quando a situação exige, não é mesmo?

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  3. Ah amiga, quem não tem uma história dessas...hoje mesmo, encontrei uma velha conhecida dos tempos de escola dos nossos filhos, pessoa que não ouso mais chamar de amiga, visto que, a cada vez que nos encontramos, ela teima em tentar fazer comparações entre nossos filhos. Hoje, por exemplo, disse qual seria a vantagem do meu filho estar estudando Jornalismo se o diploma não é mais necessário. Segundo ela, seu filho não se interessou por essa área por esse motivo, no entanto, seus filhos estudam ADM. Sem desmerecer ninguém que realmente goste, esse curso é opção, para quem não tem opção, só que eu não digo isso, apenas lhe disse que em grandes jornais não são aceitos quem não possui o diploma, mas parece que as pessoas acham que jornalismo é só Jornal Nacional! Pronto, desabafei! Daria para escrever um post. Acho que o farei, lá no blog O Que Der na Telha. Bjs!

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    1. Pois marizete, saiba que se ainda tivesse "tempo" eu juro que faria jornalismo. Acho apaixonante. Na outra encarnação... quem sabe...

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