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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Flor amarela , flor tão bela




como não sei o nome
 vou chamá-las apenas
de belas flores amarelas
que descortinam douradas
 com toda sua beleza 
mais parece uma cortina
de brocados bem bordada 
descendo leve pelo muro 
apenas os raios dourados de sol
 penetrando por entre sua densa folhagem

Flor amarela
flor tão bela 
 de perfume sutil 
quase inodoro
que apenas nos encanta 
pela singeleza da cor 
e a simplicidade com que se expõe


Flor amarela 
 Flor tão bela 
 imita a donzela 
 que na sua timidez e simplicidade 
 espera despercebida passar
 mas é quando mais se faz presente.
com sua beleza tão aparente.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Lize: parte II


Lize não tem comparecido aos encontros catequéticos. No último em que compareceu, passei pela casa dela e a chamei.
 Imediatamente ela me atendeu. Sempre dócil, disse que havia esquecido.
Não tem quem a incentive a comparecer. Mas quando comparece se mostra participativa.
Então, nesta semana, resolvi voltar à sua casa e verificar o verdadeiro motivo de suas ausências.
De pé, frente à sua porta, de novo me bate aquela sensação de falta de calor humano, de afeto, acolhimento…
Pela portaentreaberta pude mais uma vez constatar a desolação ali instalada. Umacozinha fria, inerte e solitária. Os objetos ali intactos aguardando uma mão que lhes desse vida. No canto o fogão abandonado, sem o calor dachama acesa. Tudo acentua a “ausência de mãe”. 
Falta o chiado da panela,o pulular do feijão na fervura agitando a tampa do caldeirão, ocorre-corre da mãe afoita entre o fogão e o tanque… e o cheiro do café fresco coado pela manhã. É tão bom despertar e sentir aquele cheirinho familiar e convidativo.
 Lembro-me quando criança, de acordar com o barulho dos copos e talheres na cozinha, indicando a presença da mãe, e aquele cheirinho tão peculiar de café coado. 
Logo depois vinha o leite quente com café que aquecia o estômago e a alma. Dava aquela sensação de
bem estar, de conforto. Lize não deve conhecer esta sensação.Estava tudo muito silencioso e triste. Nem o som de um aparelho de rádio ou televisão. Será que também não têm?. 
Tudo isso me passou pela cabeça rapidamente. Então chamei: uma , duas vezes. Mais alto. E então Lize
veio correndo lá de dentro. Quando me viu seu sorriso se abriu:
-Oi,querida! Vim te ver. Você não tem aparecido…
Timidamente disse que se esquece. Pedi para falar com a avó e ela me acompanhou.
A avó, umasenhora muito simples, dessas que carregam nos traços e no caminhar o peso das dificuldades que já passou.
Mais uma “Maria”que recebeu a incumbência de cuidar não só de sua prole, mas também dos filhos dos filhos.
Maria…. Marias do infinito amor, do coração tão grande como o oceano.
“Maria”,aquela que muito amou e continua perpetuando seu amor na figura das “Mães
– Marias”
que o mundo gerou.
 Maria..simplesmente MARIA… o mundo não a conhece…não sabe de sua força…
Na sua calma e docilidade dona Maria fala:
-Viufilha! Ela saiu lá da casa dela  e veio te avisar do catecismo. Viu
como ela quer o seu bem! Quer te ensinar só coisas boa
s.
Senti tanta docilidade e sinceridade nestas palavras! E fiquei feliz. Porque percebi que Dona Maria na sua simplicidade tem muita sabedoria e trata com docilidade sua neta.
Prometeu-me que iria lembrar Lize do próximo encontro. E cumpriu a promessa.
Na 5ª feira, a tarde estava fria, muito fria. Dessas em que tudo que queremos é ficar em casa agasalhadas, debaixo de um bom cobertor.
 Mas ela apareceu. Estava com outra coleguinha, esta muito bem agasalhada . Mas ela…Fiquei pasma quando a vi…
.De shorts de chita,chinelos de dedo e camiseta. Fiquei atônita, sem ação.
 Afinal, não tenho agasalhos de criança e aquela hora, onde iria arranjar um agasalho para ela? 
Não podia recuar. Já havia uma outra criança na esquina, também muito bem agasalhada, nos esperando.
 E chegou outra e mais outra…
Num impulso tirei meu casaco e enrolei Lize nele.
O encontro foi rápido. Não era possível ficar mais. Lize foi para casa, mas sua imagem ficou comigo. Não consigo tirar Lize da cabeça.
Fico analisando o que estou fazendo por Lize. Agasalhos já foram providenciados para chegar até ela.
Parte material suprida. É suficiente? Acho muito pouco. 
E a carência afetiva?
 Apesar do amor da vó Maria, sinto que é preciso fazer mais, muito mais…
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 Texto escrito em 22/05/10  21:16:31, em um blog antigo que nem me lembrava mais. Casualmente vi o texto no google  e recuperei- o para que fosse republicado . Um dos momentos que não me esqueço e sempre que ver Lize vou me lembrar de sua figura miúda e tímida , carente...

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

LIZE

O texto abaixo é o relato de uma experiência que tive logo no início de minha caminhada como catequista . Lize( nome fictício) hoje já está mocinha . Adolescente claro, deve enfrentar as dificuldades próprias da idade  que por certo serão muito mais sofridas , haja visto todo seu histórico. ÀS vezes vejo-a de longe . Ainda conserva o mesmo sorriso tímido e uma expressão triste no olhar. Já convidei a retornar à catequese, mas na falta de estímulo da família , tudo se torna mais difícil.


Lize

Hoje ao abrir os olhos a 1ª imagem que me veio à cabeça foi da pequena Lize. E essa imagem me acompanhou o dia todo. Lize é uma de minhas catequizandas. Menina morena, cabelos encaracolados, grandes olhos brilhantes e sorriso tímido.
Desde nosso primeiro encontro de catequese, percebi nela um comportamento reservado. Parece não se sentir muito à vontade entre as outras crianças de seu grupo. Talvez seja porque a maioria delas se mostrem seguras, sentem-se bem amadas, alegres e bem resolvidas afetivamente, resultado de uma boa estrutura familiar.
.Já Lize provém de um lar desfeito. Mora sozinha com o pai e mais duas irmãs e um irmão, todos mais velhos que ela. Em conversa fiquei sabendo que há mais uma irmãzinha de 2 aninhos e que mora com a mãe.
Fico pensando o que leva uma mãe a abandonar o lar deixando para trás 4 filhos. Deve ter lá suas razões. Não é minha intenção criticar, ser juiz de ninguém. O que me preocupa aqui é o trauma que essas crianças vão carregar pela vida toda pela ausência materna, numa fase em que a presença da mãe faz toda diferença.

A casa de Lize fica nos fundos da casa da avó. E a responsável por ela na catequese é a tia.
Mas Lize nos recebeu sozinha. Arrumou os lugares para que pudéssemos nos sentar e uma pequena mesinha serviu de altar onde coloquei a vela e a Bíblia. Tudo muito simples e muito pobre. Na falta de assentos, me ajeitei no braço da rota poltrona.
A avó não apareceu e muito menos a tia. Perguntei pelo pai e Lize me disse que já havia retornado do trabalho. É pintor e trabalha na cidade vizinha. Mas deu um jeito de não estar presente. Simplesmente desapareceu. O irmão em certo momento entrou e saiu logo. As 2 irmãs apareceram mais tarde e depois de muita insistência entraram para participar. E assim o encontro transcorreu sob uma luz escura que emitia fachos amarelados.

Lize parecia satisfeita pelo encontro em sua casa. Quando cheguei se mostrava um tanto ansiosa, talvez temendo que os colegas não encontrassem seu endereço. Quando os viu chegando respirou aliviada e pude ouvi-la murmurar:” Ainda bem que eles vieram!”. 

Acredito que se sentiu valorizada por nos encontrarmos ali ,apesar de sua pobreza e do pouco que tinha a oferecer. E no final do encontro, para demonstrar sua hospitalidade, como uma pequena “dona de casa”, Lize nos ofereceu suco com bolachinhas.


O encontro na casa de Lize veio ilustrar na prática um assunto visto anteriormente, que falava sobre desigualdade social e marginalização dos pobres.


Não foi preciso andar muito para ,diante da realidade apresentada, compreender a importância de estendermos mãos fraternas e caminharmos juntos com os que trabalham, mas não ganham o suficiente para viver dignamente. Realmente, nesta família falta literalmente, tudo. Tudo ali grita por socorro. Desde a mobília rota até as pessoas carentes de afeto, aconchego, união, amor...


A mobília é fácil. Pode ser substituída. Mas, e o coração como é que fica?





Faltava tudo, mas a gente nem ligava
O importante não faltava, seu sorriso,
seu olhar

Utopia (Pe. Zezinho)

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Momento ternura

Contar histórias para uma criança desenvolve sua imaginação e favorece seu desenvolvimento intelectual e emocional. Ouvindo as histórias as crianças viajam no mundo da imaginação, aguçam sua curiosidade e estimulam sua criatividade. 
Um maior estímulo acontece quando lemos a história acompanhada das gravuras nos livros onde a criança concretiza em imagens aquilo que já está em sua imaginação.
Além do que é factível que crianças que tem contato com os livros desde muito cedo , tem seu potencial de alfabetização mais acentuado.
Quando os avós , pais ou outros familiares estimulam essa curiosidade natural das crianças, isso só vem a contribuir fortalecendo os laços afetivos entre eles.


E assim foi que Lucas ficou tão entusiasmado com a pequena coleção de livros infantis que dei a ele logo no dia que chegou , que ficamos até tarde lendo e contando histórias . 
Sua ansiedade era tanta que precisou de muita insistência para que entendesse que era hora de ir para cama dormir .
Já era bem tarde e ele queria a todo custo também assistir o DVD que acompanha a coleção.
Enfim ,já caindo de sono concordou , mas no outro dia bem cedinho já veio me tirar da cama dizendo que já era tarde e que me levantasse para vermos as histórias em DVD
E durante os dias em que esteve aqui , nos empoleirávamos em cima da cama ou do sofá e ali ficávamos em uma cumplicidade total absorvidos com o mundo das fantasias . 
É claro que não podia faltar a Maria Eduarda que quando percebia o movimento, vinha de mansinho e se aninhava entre nós …
Momento ternura !


E como não podia faltar , tivemos também o momento da escrita . Ou melhor , das garatujas , primeiros rabiscos com que a criança procura se expressar .
 A maneira com que o adulto recebe e presta atenção a esses primeiros “rabiscos” da criança é muito importante para seu desenvolvimento quer intelectual, emocional e afetivo. Podem não ter significado algum para o adulto , mas fazem parte de seu desenvolvimento e devem ser encorajadas. É através da aceitação desses pequenos sinais de escrita que a criança pode desenvolver segurança naquilo que faz e força na expressividade , afastando a timidez e sentimento de incapacidade.
 
Maria Eduarda , dentro de seus 1 ano e 8 meses ainda está na fase das garatujas desordenadas , mas só o fato de se interessar em manipular um lápis ou uma caneta já significa aprendizado .
Lucas , com 3 anos e 8meses já se encontra em fase mais adiantada , dentro do seu estágio de desenvolvimento . Já dá nome às garatujas e identifica suas imagens .



Na folha vertical desenhou uma baleia e na horizontal desenhou o pasto do sítio do vovô. Pediu-me que colocasse ali os animaizinhos da fazenda.
 Lembrou-se da represa , fez a água já na cor azul e pediu que eu colocasse os patinhos e gansos. Fez graminhas para os boizinhos e "desenhou  milho" para as galinhas. Também lembrou de desenhar ali o papai , a mamãe e o carro do vovô.
Enquanto chovia lá fora , ficamos ali no salão de artesanato perdidos no mundo de expressividade das crianças.
 Eu como observadora , Maria Eduarda e Lucas concentrados em sua importante tarefa de “garatujar”.

Mais um momento ternura !

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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

É carnaval ! Vamos cair nessa folia!

Fevereiro é mês de grande expectativa em face do carnaval que faz a alegria de grande parte da população brasileira.
E para aqueles mais animados , a festança já começou há algumas semanas . Escolas de samba em grande agitação preparando os últimos detalhes para que o brilho na avenida seja memorável.

Mulatas já se preparam para o grande momento de destaque em sua escola de samba.
E atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu” , como diz aquela canção carnavalesca.
E assim caminha fevereiro para a data muito esperada . Alguns porque curtem a folia e não veem a hora de cair na avenida,. Cinco dias de folia , despreocupação e magia..Para muitos , descontração , alegria saudável , prazer …
Enquanto que para outros é o momento do “tudo pode , tudo é permitido” . Esquecem-se das consequências muitas vezes funestas , E o que era alegria acaba literalmente virando cinzas.

Mas tudo depende da intenção de quem participa do momento carnavalesco . Carnaval sempre oscila entre o sagrado e o profano . Esta semana mesmo ,o jornal do SBT mostrou uma reportagem curiosa e que me chamou a atenção.

Padres Rosalvino (73) e padre Renato (37) presidente e vice-presidente do Grêmio Recreativo Cultural , Escola de samba D. Bosco de Itaquera , zona leste de São Paulo desfila pelo Grupo I do carnaval paulistano, colocando a Escola na avenida no dia 16/2”
O grupo existe desde ano 2000.A justificativa é atrair um grupo de jovens que não mostravam interesse pelas obras educativas de seu projeto social. Então a solução foi agir com “uma mão na bíblia e outra no tambor” . Parece que deu certo : houve expansão do projeto e hoje atendem cerca de 5000 pessoas em endereços como Guaianases e Itaquera entre centros de cultura , casa , abrigo e creches..
A Igreja aprova este método do padre salesiano para atrair a juventude ? Não sei dizer , mas tenho minhas dúvidas , embora a intenção seja boa .
Tenho visto movimentos como “carnaval com Cristo” , “alegria com Cristo” em recintos fechados , comunidades católicas . Mas desfile carnavalesco dirigido por padres , para  mim é novidade . 
Bem , mas hoje em dia tudo é possível , em nome de Cristo !!!.
 É a Igreja tentando se modernizar , se adaptar às exigências modernas da nova evangelização.

Bem , mas para quem não curte esse tipo de divertimento , o feriadão está aí para ser muito bem aproveitado em viagens ou mesmo em casa ao lado de familiares e amigos . Também vale ver um bom filme e aproveitar simplesmente para relaxar na companhia de uma boa leitura .
Eu , particularmente aguardo ansiosa o feriadão porque sexta-feira meu netos já estarão “estourando” por aqui . E eu não vejo a hora de poder apertar em meus braços aqueles pequerruchos que amodoro de coração .
 Me perder no sorrisão do Lucas e no olhar penetrante da Maria Eduarda é o que mais quero neste carnaval .
A folia vai ser boa, isso posso garantir !

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

E o sol voltará a brilhar !!!

 


Tem dias que a gente sem quê nem porquê está assim soturno...sorumbático... introspectivo...

O dia tem um ar lúgubre, nada parece ter graça. Nada parece nos atrair. Uma sensação desagradável, uma angústia que aparece de uma hora para outra, sem um motivo aparente ou uma causa específica..

Num momento tudo parece correr bem. De repente bate aquela angústia, aquela insatisfação.


Basta um pequeno acontecimento negativo e descobrimos que dentro de nós algo não vai bem.

Acontecimentos que eram para levantar nossa auto estima, num piscar de olhos passam a não ter mais razão de ser. Inexplicavelmente nos deprimem. E ficamos ali, sorumbáticos, momentaneamente impassíveis, indecisos, procurando respostas.

Um pequeno desconforto físico pode ser o suficiente para nos deprimir. Dores emocionais ou psicológicas, muitas vezes recalcadas, costumam vir à tona culminados com esses momentos de desconforto físico.


É sempre assim. Pensamos que não sabemos o que nos incomoda. Relutamos. Mas no fundo sabemos sim. Podemos não saber identificar exatamente qual : são frustrações, decepções, dificuldades emocionais presas em nosso íntimo, que de repente vem à superfície sem pedir licença.


Sempre achamos que somos uma fortaleza, inatingíveis e intransponíveis. Mas na verdade não passamos de simples castelos de areia, suscetíveis ao vento. O menor acontecimento nos desmorona.

E então descobrimos, ao menor desconforto, que não passamos de eternas crianças carentes em busca de um colo ou de um afago. 
 “Ninguém nunca crescerá tanto que não precisará mais de uma mão amiga a afagar seu coração”, diz Pe. Léo em seu livro Saborear a vida.


Rebater a tristeza, espantar o baixo astral, recorrer a pensamentos positivos, procurar um amigo podem ser possibilidades de soluções. Mas , muitas vezes a debilidade emocional é tamanha, que é justamente nesses momentos que nosso coração vai rebuscar marcas negativas de afetos mal resolvidos, atritos familiares, insucessos...
E a crise depressiva aumenta.


É a vida ensinando que temos nossas potencialidades, mas também limitações

E estes momentos de introspecção precisam ser respeitados por nós mesmos. Recolher-se, ficar a sós consigo mesmo não pode se tornar uma constante. Mas o tempo suficiente para refletir e se convencer de que amanhã o sol voltará a brilhar. É apenas uma fase, um momento de fragilidade...

Como diz a canção de Renato Russo: “mas é claro que o sol vai voltar amanhã, mais uma vez..”


segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

O episódio "Miss Barraco"

 


O episódio ocorrido na noite da última sexta-feira ,dia 30 ,coroação da miss Amazonnas surpreendeu o público e participantes. Num ato de revolta e insatisfação a vice Sheislaine Hayalla arrancou a corroa da vencedora Miss Carol Toledo.
Um gesto não sei dizer se impensado ou premeditado que causou grande constrangimento., pipocou nas redes sociais e foi notícia na mídia internacional.
Natália Guimarães , miss Brasil 2007 e Rayanne Morais, vice mis Brasil 2009, se manifestaram dizendo não ter aprovado a atitude deselegante da moça Sheislane.
Ela provou não estar preparada e totalmente sem estrutura para participar de um concurso." 
"Se houve fraude , que seja apurado , sem necessidade dessa exposição agressiva que fez um evento de glamour se transformar em um grande barraco. Uma atitude deselegante e totalmente desrespeitosa com as outras participantes e com o público".

Francine Pantaleão, Miss São Paulo 2012, também ficou horrorizada com a atitude de Sheislane Hayalla. "Fiquei horrorizada! Foi uma atitude muito triste e essa moça mostrou que não tem postura para estar no concurso. Eu só tinha visto isso em filme", disse Francine. Para a Miss, a vice-Miss Amazonas deveria ser punida. "Tinha que haver uma punição porque ela vai representar seu estado e isso não deveria acontecer."


Mas , que punição! Miss Sheislane está se deleitando com a fama . Virou celebridade da noite para o dia . Parece estar lidando muito bem com as “brincadeiras de mau gosto” a seu respeito.
Enquanto Caroline Toledo, a vencedora do concurso, permanece discreta assimilando o posto de Miss que lhe foi conferido , Sheislane se popularizou . 


Virou lanche X-lane , o mais novo lanche nas lanchonetes , aplicativo de celular e “memes” nas redes sociais . E diz que se diverte com toda essa brincadeira sarcástica. Humor negro !
 Na última sexta feira esteve no programa “Encontro” de Fátima Bernardes onde continua se justificando dizendo que não se arrepende . Que fez o que foi justo . E que seu gesto não foi de raiva , mas de protesto. E que faria de novo”
O elenco do programa , dirigido pela apresentadora Fátima Bernardes conduziu o assunto de forma leve e descontraída , mas ficou claro que algumas opiniões divergem das considerações da moça . Encerrando a entrevista num clima bem humorado , Veras homenageou a vice miss amazonas com a faixa de MISS TRESSADA”, que bem humorada não teve outra alternativa a não ser  entrar na brincadeira e vestir a faixa .

Eu considero que Sheislane continua ignorando as regras de bom tom que devem permear um concurso de Miss. Afinal , ser Miss vai muito mais além de uma coroa . Quesitos como postura , comportamento , simpatia também estão em jogo. Embora no momento o “barraco” tenha facilitado sua exposição na mídia , pode ser que futuramente esse “pequeno senão” seja obstáculo para algo maior e promissor
Mas, afinal, cada um é livre para escolher seu caminho para a fama!
Mesmo que seja fama de “barraqueira”!


sábado, 7 de fevereiro de 2015

Certezas e incertezas


Ela parou e pensou: “Há quanto tempo trilhava aquele caminho?”
Um caminho de dúvidas, anseios, lágrimas...incertezas.
Ou melhor, depois de trilhar há muito tempo a mesma estrada, agora o caminho tornou-se cheio de certezas...
Certeza de que é o caminho errado. De que nada vai mudar...
Certeza de sua fragilidade
Certeza de sua impotência...
Certeza de que continuará prisioneira do destino, fruto de sua própria escolha.
Ah! Quisera mudar esse caminho... Encontrar novos rumos. Sentir a beleza da vida... O sol despontando não só no horizonte. Mas também dentro de si.
Ela até que já tentou...mas retrocedeu. Teve medo.
As incertezas do futuro à sua frente a assustaram. Sentiu-se desprotegida...
Hoje sabe que as incertezas do futuro sucumbiram diante da certeza de que seu presente é que é assustador.
Hoje também bateu a certeza de que aqui é que está desprotegida.
E agora também tem a certeza de que sua vida continuará uma mentira. Um jogo de faz de conta:
Faz de conta que está feliz
Faz de conta que está contente
Faz de conta que é auto suficiente
Faz de conta que é forte
Faz de conta que é capaz
Faz de conta que está viva
Mas por dentro está morta....
escrito por EDITE
13/11/2011

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Resenha do filme :Só resta a esperança

ou "uma questão de honra"

 

Um filme emocionante , triste e ao mesmo tempo lindo .
Sabe quando se diz que “Foi tão lindo que chorei “ … pois sim , um filme capaz de levar às lágrimas até os mais durões e controlados como eu...
Um filme inesquecível. Desde que assisti pela primeira vez , as cenas e o enredo não me saíram da cabeça . Marcante mesmo, pois assim que o encontrei no YouTube , cenas marcantes imediatamente me vieram à memória .

Já fazia bem uns dez ou 15 anos que havia assistido pela primeira vez. Havia esquecido-me do nome , mas a saga da família de Elmer Jackson , eu  nunca me esqueci.
Um filme , dito que baseado em fatos reais . História que se passa na década de 40 e filme lançado no Brasil por volta de 1987

Uma  família pobre , mas feliz . Elmer pai de 4 crianças . 
Quatro crianças , quatro destinos que a vida se encarregou de traçar após a morte da mãe 
diante do túmulo da mãe


Elmer, um pai disposto a educar sob seu paternal olhar amoroso, seus 4 filhos agora órfãos de mãe.
Trabalhador incansável , apenas precisando se estruturar , encontrar a melhor saída para junto com seus filhos continuar a vida , evitando -lhes traumas maiores .
  E foi assim que Elmer , em busca de ajuda, procura o serviço social de sua cidade.
 Então começam todos os problemas . O estado , representado pela assistente social , achou “por bem"  tirar as crianças de Elmer. Julgava-o sem condições financeiras para cuidar das crianças.
 E um dia , após chegar do trabalho encontrou a casa vazia. Todos tinham sido levados . Foram  em vão os esforços de Elmer para reaver as crianças .
 Segundo o Estado ele não tinha condições financeiras para educar os 4 filhos.as crianças não ficariam bem num ambiente ausente da figura feminina da mãe. . Melhor seria que ficassem sob a responsabilidade do Estado até que ele se mostrasse à altura de recebê-los .
E assim , Elmer se lança de corpo e alma ao trabalho. , sempre tendo em vista um dia reaver as crianças , que ele  nem mesmo sabia onde estavam.
E as crianças , peregrinando de asilo em asilo , internadas em casa de debiloides e até em manicômios. Um Horror , acompanhar o peregrinar das crianças.

Todos é claro , com o tempo foram ficando com sequelas físicas e psicológicas adquiridas por mau tratos. Seja físicos ou por pressão psico-emocionais. . Apagaram da mente a imagem do pai. Julgavam-se esquecidos , abandonados . 
O menorzinho , nem sequer lembrava que tinha um pai e irmãos . Quando foi separado dos irmãos tinha talvez uns três aninhos.
Após 3 longos anos de sofrimento para todos, Emerson se encontra em condições de resgatar  as crianças. Casou-se novamente , tem uma mulher que lhe apoia e construiu com sua habilidade de carpinteiro uma casa grande (exigência do Estado ) para acolher seus filhos.
 Finalmente é possivel reaver as crianças   que já haviam perdido a esperança , fé e confiança nas pessoas,  . Não reconheceram o pai . O sofrimento apagou da memória deles a imagem paterna . Traziam vícios de comportamento , rebeldia , frustrações . Era difícil acreditar que finalmente encontravam alguém que realmente os amavam... 
O resgate do filho mais velho é de levar às lágrimas . O único que apesar das sequelas , guardava na memória a imagem de um pai amoroso e protetor que nunca o abandonaria . Sentia-se vítima do sistema . E quando falou com o pai , após longos anos de ausência sofrida … ah, não dá prá segurar . As lágrimas brotam...

Avaliando todos os fatos do filme , haja visto, década de 40 , eu fico a pensar nas nossas crianças . Ainda em dias de hoje , pleno século XXI, quantas crianças não são separadas dos pais por "n" motivos que o Estado em sua soberania acha justo retirá-las do ambiente familiar. ..
Há que se ter muito discernimento , avaliar muito bem cada caso para não cair em erro gravíssimo.
Pobreza e a ausência de uma casa grande e confortável não é motivo para que se retire uma criança do convívio de seus familiares. Sempre haverá na família alguém disposto a ajudar na formação das crianças em questão.
Infelizmente , Elmer caiu na avaliação equivocada e mal embasada de uma assistente social intransigente e sem sensibilidade alguma . E mesmo hoje, apesar da proteção da criança pelo ECA , não podemos dizer que fatos assim equivocados não aconteçam , colocando em risco a segurança das crianças que crescerão com mais traumas do que se partilhassem do convívio amoroso da família mesmo que na pobreza.
 Havendo Amor , supera-se com mais facilidade os problemas!


 Assista ao filme por DVD ou acesse o link abaixo em seu computador ou tablet :
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