Eu que gosto sempre de poetizar sobre a chuva, desta vez me calei . E até agora estou impactada com o furacão do último sábado que fez uma completa destruição em várias cidades do centro-oeste Paulista .
Muitos não dormiram assustados com o furor da ventania na quase madrugada do último sábado. Moradores impassíveis vendo seus telhados sendo atirados longe , ou galhos quebrando telhas e varando para dentro de casa. Um verdadeiro horror.
.Começou com uma chuva de granizo que durou apenas alguns segundos, mas que já assustou . Em seguida veio o vento com tamanha fúria levando tudo que encontrava pela frente .
Eu sozinha no meu quarto , fiquei ali petrificada invocando a Deus e todos os santos que acalmassem aquela tempestade.
Ah, Senhor , estenda os braços e faça o vento parar !
Foram vinte minutos de horror com ventos de 90 km /h entre raios e trovões que deixavam a todos pasmos e impotentes diante da fúria da natureza .
É uma sensação de impotência e pequenez tão grande , impossível de explicar . É se encolher , rezar , acender velas e tudo mais que sua fé mandar . E esperar que tudo termine bem .
Quando amanheceu, os estragos foram vistos em toda a cidade. Centenas de árvores caídas, fios de eletricidade arrebentados, telhas arrancadas, muros despedaçados, toldos e fachadas destorcidas e tiradas do lugar, ninhos destroçados e filhotes mortos espalhados pelo chão.
Ainda hoje , após 8 dias ainda se vê muitos tentando restaurar . os prejuizos .
Três dias sem água , sem energia elétrica , sem telefone e consequentemente sem internet . Um verdadeiro caos , nunca visto com tamanha intensidade pelos nossos moradores .
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Chuva nem sempre é poesia
Sua doce sinfonia
pode se transformar
em tristeza e agonia
Vento , ventinho ventania
agora já é vendaval
de tanto em círculo girar
acabou virando temporal
Chegando como um furacão
resultando grande destruição
Esta é a resposta
da Mãe natureza
Cansada de tanta ambição
Que tem levado o homem
a destruir nossa riqueza
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E assim terminamos o mês de outubro com um saldo um tanto quanto negativo . Muitos prejuizos materiais , mas sempre com a esperança de que Deus nos proporcionará oportunidades de um novo recomeço . Gratidão porque apesar dos prejuízos materiais nenhuma vida foi perdida ou prejudicada . Com saúde e força de vontade , confiantes seguiremos e em breve esse atropelo ficará apenas na lembrança para enriquecer rodas de conversa.
Acidentes assim , marcam . Mas também ensinam ...
Que venha novembro com novas oportunidades, esperanças renovadas .