E
deu à luz o seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e
deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na
estalagem.”
(Lucas
2.7).
Não
houve consideração para com eles, para aquele pai que acompanhava a
humilde esposa grávida. Não houve consideração para ambos . A
estalagem estava repleta. Eram muitos os hóspedes. Quem se ocuparia
com uma humilde serva prestes a dar a luz ? Mesmo que a criança que
trazia no ventre fosse o tão esperado Messias, o anunciado.
Atualizando
o nascimento de Jesus, podemos vê-lo ainda hoje para muitos não
desejado, para o qual não existe lugar cativo na sociedade.
Percebemos isso através dos pobres e excluídos , crianças
rejeitadas, vítimas da arrogância e prepotência de nossas
autoridades.
Falo
aqui do descaso com a saúde , a espera interminável nas salas de
espera de hospitais que acabam por trazer consequências
traumatizantes e inaceitáveis nos dias de hoje.
Cenas que
revoltam, nos deixam indignados , perplexos ,mas às quais a
população menos favorecida se vê refém.
A mídia tem
nos presenteado com acontecimentos que ferem a dignidade do ser
humano
Crianças que
ainda nascem em chão de sala de espera de hospitais ,no chão de
banheiro. A interminável espera no aguardo ao atendimento não
intimida os bebês que não escolhem a hora de vir ao mundo.
Hoje
os noticiários nos informaram de um fato assim, ocorrido em um
hospital particular de Campo Grande. O que vem constatar que não só
os hospitais públicos estão doentes , mas o mal já se alastrou.
Esta
é a manchete dos jornais de hoje: Mãe que chegou ao hospital já
sentindo as primeiras dores . Orientada a esperar, após uma hora de
espera ( segundo noticiários), o bebê nasceu ali mesmo com a ajuda
de pacientes que também aguardavam. Não houve tempo ou boa vontade
para sala de repouso ou sala de parto!
É a história
voltando no tempo : “não
havia lugar para eles na hospedaria!'
Nasceu
ali mesmo, a mãe humilhada , sentindo-se exposta num momento íntimo,
momento que deveria ser só seu e do bebê tão esperado.
Nos
dias de grande febre tecnológica, sempre há alguém por perto, de
celular em punho, pronto a gravar desrespeitosamente uma cena tão
particular e sublime : o nascimento de uma vida , mesmo que em
circunstâncias adversas.
Não
basta presenciar! É preciso gravar, publicar ...É grande a fome por
publicidade!
Não
sei até que ponto a justificativa “denunciar" o ocorrido
através de fotos ou gravações é aceitável, porque por outro lado
expõe também mãe e filho em vídeo que em questão de minutos estará
no YouTube correndo o Brasil e o mundo.
No caso em
questão, a mãe já publicou em rede social, desmentindo o ocorrido.
Diz que foi muito bem tratada e que não esperou nem 5 minutos. Pede
que o jornal de campo Grande se retrate.
Uma
tentativa de se proteger e ao filho também? Como de fato ocorreu ?
A
mídia já explorou o ocorrido ao extremo. Verdade ou mal entendido ,
o vídeo já corre solto. Mesmo que seja retirado, o mal já está
feito...
Porque o que
fica é sempre a primeira impressão.
E
o povo também está faminto por sensacionalismo barato !
Poderáconferir a notícia completa aqui:
Poderáconferir a notícia completa aqui:
Gostei da maneira como vc expôs o tema. Época de Natal, celebrando o nascimeno do menino que veio para abolir as injustiças e as exclusões , e ainda vemos tanto descaso com as pessoas .que muitas vezes são tratadas como animais. Mel
ResponderExcluirBom dia Edite.
ResponderExcluirO descaso parece fazer parte do ser humano, a maioria de nós foi condicionado ao egoísmo. Tanto que postei sobre como um pastor Metodista celebra o Natal, influenciando o desapego, houve gente que achou "estranho" ou quase que inaceitável o pastor conduzir os membros a doar presentes e roupas novas. O conceito de caridade material das pessoas é muito deturpado, é dar "os restos" que não precisam mais e acham que estão praticando a caridade.
Eu sou pobre e tenho que encarar o SUS e já disse para minha mãe que se tem uma coisa que aprendi dessa experiência foi gritar! É preciso gritar para ter um atendimento rápido e que nem podemos chamar de razoável.
Muitas pessoas que pagam planos de saúde possuem a mesma queixa, alguns dizem que para fazer um exame até o SUS está mais rápido. rs.
Quanto a esse caso de Campo Grande, com certeza a mãe está falando isso para se preservar e ao filho, porém, se foi filmado, é porque realmente ocorreu na sala de espera e isso vai ficar registrado. Vídeo é algo impossível de desmentir.
Lamentável o ocorrido, embora rotineiro no SUS.
Beijos e linda semana.
Boa tarde Edite,
ResponderExcluirHoje em dia, algumas pessoas fazem qualquer coisa para alimentar suas redes sociais. Não importa se isto inclua humilhar ou ridicularizar alguém...
Bjs!
Todo diretor de hospital deveria compulsoriamente ler em voz alta, uma vez por semana e junto com sua equipe, o que lemos em http://pt.wikipedia.org/wiki/Obras_de_miseric%C3%B3rdia
ResponderExcluirPaz
Sugestão viável, Paz . Mas acredito que se lembrassem do juramento que fizeram com a promessa de defender a vida , já estaria aí incluso as sete obras de misericórdia temporais e espirituais. Pois quem defende verdadeiramente a vida dificilmente vai quebrar qualquer ítem das obras de misericórdia temporais e espirituais. Abcs. Muito boa sua contribuição.
ExcluirInfelizmente, tanta coisa feia e torta é publicada... Muito sensacionalismo , como vc disse, e também notícias que poderiam ser outras... De vida, paz e respeito humano!
ResponderExcluirGostei de refletir agora com você, Edite!
Beijos
Pois é , Anete, notícia boa não dá ibope. Dá arrepios qdo o jornalismo pede em altos brados : Não saia daí, vc não pode perder ... > perder o que? Violência e mais violência . É a degradação do ser humano. Abcs.
ExcluirOi querida amiga Edite, infelizmente é o que acontece né...
ResponderExcluirTenha uma ótima semana, abraços!!
Oi Edite! Que a imprensa anda atrás de sensacionalismo é fato, mas pode ter ocorrido o fato realmente... aqui no RJ, a Unimed tem deixado a desejar, negando atendimento, inclusive, no meio do ano teve a farmacêutica de vinte e poucos anos que morreu de apendicite internada no hospital esperando cirurgia... Mas, quando comecei a ler seu post "não havia lugar para eles na hospedaria", meu pensamento se voltou para um outro aspecto: hoje em dia o fato se repete pois continua não tendo lugar para eles nas hospedarias (nos corações). Todos comem, bebem, trocam presentes e Jesus fica de fora... BJks Tetê
ResponderExcluirPois é Tetê, em tempos de "crise" na saúde que primam pelo péssimo atendimento, se pudéssemos evitar, com certeza não seria a melhor escolha precisar desses serviços médicos e hospitalares. Temos assistido impotentes a tantos absurdos nessa área, que se dependesse de nossa vontade, jamais ficaríamos doentes. Mas , infelizmente , não temos bola de cristal e vamos nos protegendo como podemos.
ResponderExcluirCom certes, vc interpretou muito bem a minha colocação metafórica: realmente , "não havia lugar na hospedaria " e continua não havendo "acolhida " no coração de muitos.Abcs