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terça-feira, 9 de outubro de 2012

Penso, logo escrevo!



Não escrevo o que quero. Escrevo o que penso, o que sou, o que sinto, o que me incomoda ,me faz feliz ou me entristece. o que para alguns não significa nada, algo sempre me prende a atenção .
Então, penso...logo escrevo!

Este espaço não é jornalístico, ou seja não tem objetivo de informar, mas expor o que penso.
É neste espaço que posso externar meus sentimentos assim como também opiniões minhas ou públicas.
Escrevo para manifestar, alegria ou tristeza , falar de mim, fatos que presencio ou acontecimentos que me causam repulsa ou indignação..
Nem sempre fui assim, confesso. Sempre fui mais retraída e no período ginasial tive minha motivação para escrever bloqueada por um professosr incompreensivo.
Talvez a maturidade tenha contribuido para esse meu desabrochar tardio para a escrita. Então escrevo para soltar as feras presas em minha garganta, soltar as amarras que antes me prendiam.
Quem sabe esta seja uma fase em que eu tenha adquirido um novo olhar para o mundo ou o mundo esteja me proporcionando uma visão mais diabólica e cruel onde a violência aumenta a cada dia, crimes se sucedem ,o trafíco de drogas faz cada vez mais vítimas, o trânsito cada dia mais irresponsável, a escola não cumpre seu papel, a catequese anda cambaleando, pais indiferentes, uma sociedade quase letárgica onde muitos ignoram a realidade violenta de nossos dias.
A banalidade tem tomado conta de tudo aquilo que vemos e ouvimos. São dias difíceis em que a humanidade parece caminhar para o abismo cega , incapaz de reagir. A naturalidade tem tomado conta de nòs, muitas vezes preferimos fazer de conta que não vemos talvez até para se auto proteger..
“A vida é assim”, dizem alguns. “Mas não precisa ser assim”, eu rebato. E comigo garanto que tem uma legião de pessoas que assim também pensam. Mas a sociedade se sente de mãos atadas. Não entendemos o porque de tanta violência. Lamentamos, mas não agimos. Ou melhor, relata-se a notícia mas não vemos medidas de prevenção sendo tomadas por parte das autoridades
Quem acompanhou o noticiário na TV hoje pela manhã pode ver o campo de guerra em que nos encontramos. Hoje em todos os canais só se fala nas mortes sequenciais ocorridas na madrugada de ontem na Baixada Santista e grande São Paulo, região de Embu.
 Desde quarta feira passada já são 22 mortes, de acordo com os noticiários.Assassinatos, extermínios. Policiais estão a cada dia mais inseguros diante das execuções praticadas pelos criminosos que parecem querer exterminar toda a classe... Exterminam -se pessoas como se exterminam insetos. A vida não tem mais valor algum.
As estastísticas mostram: a violência no país aumenta a cada ano. Nos últimos anos a sociedade brasileira entrou no grupo das mais violentas do mundo. O jornal da tarde mostrou hoje em reportagem exclusiva sobre menores que o percentual de internados em unidades de recuperação aumentou em 400% na úlltima década. As casas estão lotadas. Roubos, encrencas, delitos , mas a maior incidência é o envolvimento em tráfico de drogas.
E nós nos perguntamos: Onde estaria a raíz do problema?
Estaria nos governos que não usam as ferramentas corretas para combater essa onda de violência ? 
Ou estaria na sociedade  fria, indiferente e pessimista e já “acostumada” com o que acontece de forma a encarar tudo com naturalidade? Sociedade que a tudo assiste como se esses acontecimentos não tivessem reflexo nela própria?
Não podemos deixar nos tomar pelo pessimismo e muito menos pela indiferença. Enquanto esperamos por ações mais eficazes das autoridades não nos conformemos com esses tristes acontecimentos. Pensemos em transformação, em renovação. Esperança sempre!

“Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos, renovando vossa maneira de pensar e julgar, para que possais distinguir o que é da vontade de Deus, a saber, o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito.”    Romanos 12:2 

4 comentários:

  1. Edite, penso exatamente como você: A vida não precisa ser assim.

    Temos que parar de banalizar a violência.

    A violência não é, nunca foi e jamais será "normal".

    Lembrei-me que em um texto bem antigo você havia comentado sobre esse seu professor que - por sorte nossa, seus leitores - tentou, mas não conseguiu destruir a escritora que mora dentro de você.

    Beijocas e um excelente feriado, viu?!

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    1. Olá Ana. Obrigada pelo carinho. Escrever me faz bem. Gosto de colocar no papel aquilo que penso. "Gritando" através das palavras, desabafando, este foi o meio que encontrei para mostrar minha indignação diante de tanta insanidade. Talvez eu consiga através das palavras despertar alguns de sua letargia.
      Mas, escritora? Eu agradeço pela consideração, mas a "escritora" que admiro é você: corajosa,sincera, impulsiva e às vezes até inconsequente. E eu admiro esse seu modo de ser. Amo seus textos, seus relatos diários em que conta seu dia a dia. As vezes me diverte, outras me emociona. Ana, querida, vc é completa. Bjs no coração.

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  2. Olá,Edite!!

    Uma situação lamentável,minha querida...
    Violência só gera mais violência.
    Beijos!

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    1. Desafios são bons, quando são produtivos,mas muitos desafiam a morte. Gostam de viver na corda bamba...Isto precisa mudar. Comecemos com nossas crianças, educando-as para serem adultos produtivas futuramente e razoavelmente bem inseridos na sociedade.

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