“Não
escrevo o que quero. Escrevo o que penso, o que sou, o que sinto, o
que me incomoda ,me faz feliz ou me entristece. o que para alguns não significa nada, algo sempre me prende a
atenção .
Então, penso...logo escrevo!
Este
espaço não é jornalístico, ou seja não tem objetivo de informar,
mas expor o que penso.
É neste
espaço que posso externar meus sentimentos assim como também
opiniões minhas ou públicas.
Escrevo
para manifestar, alegria ou tristeza , falar de mim, fatos que
presencio ou acontecimentos que me causam repulsa ou indignação..
Nem
sempre fui assim, confesso. Sempre fui mais retraída e no período
ginasial tive minha motivação para escrever bloqueada por um
professosr incompreensivo.
Talvez a
maturidade tenha contribuido para esse meu desabrochar tardio para a
escrita. Então escrevo para soltar as feras presas em minha
garganta, soltar as amarras que antes me prendiam.
Quem
sabe esta seja uma fase em que eu tenha adquirido um novo olhar para
o mundo ou o mundo esteja me proporcionando uma visão mais
diabólica e cruel onde a violência aumenta a cada dia, crimes
se sucedem ,o trafíco de drogas faz cada vez mais vítimas, o
trânsito cada dia mais irresponsável, a escola não cumpre seu
papel, a catequese anda cambaleando, pais indiferentes, uma sociedade
quase letárgica onde muitos ignoram a realidade violenta de nossos
dias.
A
banalidade tem tomado conta de tudo aquilo que vemos e ouvimos. São
dias difíceis em que a humanidade parece caminhar para o abismo cega
, incapaz de reagir. A naturalidade tem tomado conta de nòs, muitas
vezes preferimos fazer de conta que não vemos talvez até para se
auto proteger..
“A vida
é assim”, dizem alguns. “Mas não precisa ser assim”, eu rebato. E comigo garanto que tem uma legião de pessoas que assim também
pensam. Mas a sociedade se sente de mãos atadas. Não entendemos o
porque de tanta violência. Lamentamos, mas não agimos. Ou melhor,
relata-se a notícia mas não vemos medidas de prevenção sendo
tomadas por parte das autoridades
Quem
acompanhou o noticiário na TV hoje pela manhã pode ver o campo de
guerra em que nos encontramos. Hoje em todos os canais só se fala
nas mortes sequenciais ocorridas na madrugada de ontem na Baixada
Santista e grande São Paulo, região de Embu.
Desde quarta feira
passada já são 22 mortes, de acordo com os
noticiários.Assassinatos, extermínios. Policiais estão a cada dia
mais inseguros diante das execuções praticadas pelos criminosos
que parecem querer exterminar toda a classe... Exterminam -se pessoas
como se exterminam insetos. A vida não tem mais valor algum.
As
estastísticas mostram: a violência no país aumenta a cada ano. Nos
últimos anos a sociedade brasileira entrou no grupo das mais
violentas do mundo. O jornal da tarde mostrou hoje em reportagem
exclusiva sobre menores que o percentual de internados em
unidades de recuperação aumentou em 400% na úlltima década. As
casas estão lotadas. Roubos, encrencas, delitos , mas a maior
incidência é o envolvimento em tráfico de drogas.
E nós
nos perguntamos: Onde estaria a raíz do problema?
Estaria
nos governos que não usam as ferramentas corretas para combater essa
onda de violência ?
Ou estaria na sociedade fria, indiferente e
pessimista e já “acostumada” com o que acontece de forma a
encarar tudo com naturalidade? Sociedade que a tudo assiste como se
esses acontecimentos não tivessem reflexo nela própria?
Não
podemos deixar nos tomar pelo pessimismo e muito menos pela
indiferença. Enquanto esperamos por ações mais eficazes das
autoridades não nos conformemos com esses tristes acontecimentos.
Pensemos em transformação, em renovação. Esperança sempre!
“Não vos conformeis com
este mundo, mas transformai-vos, renovando vossa maneira de pensar e
julgar, para que possais distinguir o que é da vontade de Deus, a
saber, o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito.”
Romanos
12:2
Edite, penso exatamente como você: A vida não precisa ser assim.
ResponderExcluirTemos que parar de banalizar a violência.
A violência não é, nunca foi e jamais será "normal".
Lembrei-me que em um texto bem antigo você havia comentado sobre esse seu professor que - por sorte nossa, seus leitores - tentou, mas não conseguiu destruir a escritora que mora dentro de você.
Beijocas e um excelente feriado, viu?!
Olá Ana. Obrigada pelo carinho. Escrever me faz bem. Gosto de colocar no papel aquilo que penso. "Gritando" através das palavras, desabafando, este foi o meio que encontrei para mostrar minha indignação diante de tanta insanidade. Talvez eu consiga através das palavras despertar alguns de sua letargia.
ExcluirMas, escritora? Eu agradeço pela consideração, mas a "escritora" que admiro é você: corajosa,sincera, impulsiva e às vezes até inconsequente. E eu admiro esse seu modo de ser. Amo seus textos, seus relatos diários em que conta seu dia a dia. As vezes me diverte, outras me emociona. Ana, querida, vc é completa. Bjs no coração.
Olá,Edite!!
ResponderExcluirUma situação lamentável,minha querida...
Violência só gera mais violência.
Beijos!
Desafios são bons, quando são produtivos,mas muitos desafiam a morte. Gostam de viver na corda bamba...Isto precisa mudar. Comecemos com nossas crianças, educando-as para serem adultos produtivas futuramente e razoavelmente bem inseridos na sociedade.
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